No monólogo Chuva de Piaba, atriz e cantora Priscila Magela fala sobre a profunda influência em sua trajetória daquele que é o mais brasileiro dos rios

​Com 2.863 km de extensão, o rio São Francisco estende-se desde Minas Gerais, na Serra da Canastra, onde nasce, até o Oceano Atlântico, onde deságua, na divisa dos estados de Alagoas e de Sergipe. O "Velho Chico" percorre 505 municípios brasileiros, em seis estados (Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe), além do Distrito Federal, integrando as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país.

O maior rio 100% brasileiro e a atriz e cantora Priscila Magella, estudante do curso de Formação de Atores da Escola de Arte Dramática (EAD), são protagonistas do monólogo Chuva de Piaba, que estreia no dia 4 de novembro, às 20h, no Prédio das Artes Cênicas. Nascida às margens do Rio São Francisco, na cidade de Pirapora, em Minas Gerais, Priscila escreve, dirige e atua no monólogo. A peça fica em cartaz na ECA pelas próximas três semanas, sempre às sextas, sábados e domingos. 

Chuva de Piaba convida para um mergulho não só nas águas externas do rio São Francisco, mas nas “águas internas” que existem em cada pessoa. Confira a sinopse da apresentação:

Num retorno de ser menina, em uma dramaturgia autoral entre o biográfico e o imaginário, narra seu encontro com o amado, que logo se torna inseparável: o Rio. Para isso fabula um rio gente, além das fabulas de toda a gente que rodeia a relação. A paixão pela encantaria do Rio São Francisco, o velho Opará, pelo espaço geográfico, pela tecnologia ancestral, ensinada nas minúcias do dia a dia pelas mulheres da família; transforma-se em cena, corpo, imagem, canto. No espaço-tempo da ação, entre canoas e carrancas, “a menina-que-já é mulher” busca em suas raízes profundas revelar suas paixões pra fazer apaixonar, que os olhos possam brilhar e que todes se saibam água. 

Chuva de Piaba tem entrada gratuita. A bilheteria abre uma hora antes do início do espetáculo para retirada dos ingressos.