Jean-Claude Bernardet: professor, crítico, ator, escritor, cineasta e “bastardo”

Em homenagem póstuma, último número da Revista Matrizes resgata entrevista de docente da ECA e importante pensador do cinema brasileiro

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Para homenagear Jean-Claude Bernardet, docente do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão (CTR) e importante pensador do cinema nacional, que nos deixou em 12 de julho de 2025, a última edição da revista MATRIZes apresenta uma entrevista do autor. Segundo o comitê editorial do periódico, Bernardet era dotado de uma “personalidade tão multifacetada quanto a de seu mestre Paulo Emílio Sales Gomes” e deixou “uma marca importante na cultura nacional ao atuar como crítico, ator, roteirista, cineasta, tradutor, escritor, professor e pesquisador.”

Concedido em dezembro de 2019 a Fábio Rogério, cineasta e pesquisador na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o depoimento está disponível pela primeira vez para leitura, depois de parcialmente publicado no podcast Conversas de Cinema, em 2024. Na entrevista, Bernardet fala sobre passagens de sua vida e de sua relação com o cinema brasileiro. Confira um trecho a seguir

 

MATRIZes: Por que Brasil em tempo de cinema é dedicado a Antônio das Mortes (Antônio das Mortes é um personagem interpretado por Maurício do Valle nos filmes Deus e o Diabo na terra do sol e O Dragão da maldade contra o santo guerreiro, ambos dirigidos por Glauber Rocha)?

Jean-Claude Bernardet: Ele  é  dedicado  a  Antônio  das  Mortes  com  as  primeiras  palavras,  ou  pelo  menos  com  a  segunda: “este  ensaio  quase  autobiográfico  é  dedicado  a  Antônio das Mortes”. Isso porque, por um lado, eu me identifiquei muito com Antônio das Mortes, com o fato de ele ser vacilante, de estar de um lado e também  do  outro,  etc.  Eu  me  sinto  assim  também,  não  tanto  politicamente,  mas  devido às duas culturas que me formaram, às duas nacionalidades, e pelo fato de eu ter tido uma infância na França inesquecível, muito marcada pela guerra. Aí as pessoas dizem: “ah, mas você está aqui há 70 anos, você é brasileiro”. Não,  não  é  assim,  não  é  pela  quantidade  de  anos.  Eu  não  completei  o  ensino  secundário, quer dizer, completei o curso, mas não tenho diploma porque sou péssimo em matéria de diplomas. E aí fui reprovado em Filosofia. A Filosofia era uma disciplina na qual eu até ia bem; eu gostava dessa disciplina, mas ficava paralisado diante da prova, de forma que tirei uma nota péssima. Houve uma repescagem, três meses depois, após as férias. E aí eu fiz o seguinte: resolvi realmente estudar muito, muito, muito, muito. Estudei (Jean-Paul) Sartre através de um autor, discípulo do Sartre, reconhecido por ele, que escreveu um livro de divulgação do pensamento dele. 

 

“Claro que eu não ia entender O Ser e o Nada. Estudei Sartre, depois fui para a repescagem; de novo, não obtive nota suficiente, porque Sartre nem estava no programa, e acho que eles não gostavam muito dele,  não  é? Então decidi que tudo  bem, não ia continuar nesse sentido. Em todo caso, nesse livro de divulgação de Sartre, o autor Francis Jeansonm expõe o conceito de 'bastardo' na obra de Sartre. Eu me identifiquei absolutamente com esse conceito: o indivíduo que não se identifica com nada, que está em vários lugares ao mesmo tempo e não tem uma genealogia muito clara.”

 

Capa do livro Brasil em tempo de cinema, de Jean-Claude Bernardet. O fundo é vermelho e mostra a silhueta de uma pessoa usando chapéu, criada com efeito de pontos em preto. O título está em amarelo no centro, e o subtítulo Ensaio sobre o cinema brasileiro de 1958 a 1966 aparece em branco logo abaixo. O nome do autor está no topo e, na parte inferior, está o logotipo da editora Companhia das Letras.
Imagem: reprodução/ Cia. das Letras.

Eu me identifiquei muito com isso. Ou seja, o trabalho que fiz para a repescagem não deu resultado enquanto repescagem, mas aprendi muita coisa, e esse conceito acabou sendo — não posso dizer um conceito formador, porque eu tinha uns 19 anos naquela época, imagino — mas um conceito que contribuiu para criar a imagem que tenho de mim e a imagem que tento passar publicamente.

 

MATRIZes: O que te atrai no cinema brasileiro contemporâneo hoje?
JCB: Um dos fatores que devo levar em conta é o fato de eu ter uma doença grave na vista e enxergar a tela desfocada, embaçada. Às vezes tenho que perguntar à pessoa ao meu lado. Como aconteceu ontem, por exemplo: eu estava ao lado do Amilton (Pinheiro) e me confundi entre duas atrizes, que eu achava que eram diferentes, mas não tinha muita certeza. De forma que é muito prejudicada a minha percepção. Além do mais, depois dos 80, 81, eu comecei a ficar também com problemas de audição. Agora estou sem aparelhos, mas no cinema e no teatro às vezes tenho muita dificuldade em captar o diálogo. Portanto, seria  falso  dizer  que  tenho  uma  opinião  muito  formada.  De  qualquer  forma,  eu tenho uma certa tendência a ser muito crítico em relação aos chamados filmes autorais, que, a meu ver, nem sempre são competentes e são extremamente complacentes. Isso me incomoda muito. Agora, se você me perguntar qual filme mais me marcou ultimamente, posso citar Azougue Nazaré (de Tiago Melo), Bacurau (de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles), talvez outro, mas o que mais me marcou mesmo é um curta-metragem intitulado Filme dos Outros (de Lincoln Péricles), feito em parte com material de cartões de celulares roubados, produzido por um cineasta do Capão Redondo, bairro periférico de São Paulo, que, em uma época, foi considerado o mais violento da cidade e depois foi,  mais  ou  menos,  apaziguado,  tranquilizado  pelo  PCC,  que  realmente  que  domina nessa região de São Paulo, em muitas regiões, aliás, né? Esse filme, pela sua  produção  e  dispositivo,  é  realmente  transgressor,  pois  parte  de  uma  ação  repudiada pela sociedade em geral — o roubo de um objeto, no caso, um celular — e transforma esse ato em matéria-prima de um gesto estético, o que considero uma inovação no nosso meio cultural. Existem muitos filmes de periferia; muitos deles eu gosto, mas digamos que são documentários ou entrevistas, com situações interessantes. No caso do filme de Lincoln, houve um gesto estético que  se  diferencia  de  tudo  que  se  faz.  Tanto  que  esse  filme  do  Lincoln  circula  muito, foi parar até à Alemanha, se não me engano. O filme, ele não. Lincoln tem uma coisa bem interessante: de certa forma, dialoga com o meu pensamento que está exposto desde os anos 60, inclusive no Brasil em tempo de cinema, segundo o qual a representação do povo é elaborada pela classe média. Não sei se eu tinha tanta clareza, não sei se tenho agora, mas o livro explodiu de certa forma e foi tão rejeitado por causa desse centro de pensamento, mesmo que o conceito de classe média não tenha sido muito explicitado por mim. Inclusive, eu não sabia como fazer isso; a falta de conhecimento não era apenas um problema de desinformação, mas também uma ausência de bibliografia. Quer dizer, a sociologia brasileira não se interessava pela intelectualidade, pelos artistas etc. Quer dizer, o Sergio Miceli, talvez, já estivesse começando a publicar esses livros, mas eu li os livros dele que foram muito importantes, eu li depois. Mas há  um  filme  que  marca,  a  meu  ver,  bastante  essas  limitações  que  tivemos  em  relação a livros de sociologia sobre a classe média, que é o filme do (Arnaldo) Jabor, A  opinião  pública,  que  é  um  filme  sobre  a  classe  média,  a  classe  média  mais  ou  menos  baixa,  não  totalmente,  mas  mais  ou  menos  baixa,  e  que  usa  a  tese dos colarinhos brancos do (C. Wright) Mills, um sociólogo americano que já  havia  publicado  vários  livros.  E  eu  não  li  esse  livro;  eu  sabia  da  existência  dos  colarinhos  brancos,  mas  não  os  utilizei  e  acabei  me  defrontando  sozinho  com o conceito. De qualquer forma, fui muito criticado na época, muito, muito, muito criticado. Inclusive uma pessoa me disse: “o seu conceito de classe média não tem nenhum fundamento, não tem embasamento teórico, não tem nada”. Mas  acontece  que  funcionou.  Funcionou  até  hoje.  Num  texto  sobre  Bacurau, escrito por alguém da Unicamp, Fernão Ramos, ele retoma Brasil em tempo de  cinema  como  sendo  uma  certa  matriz  de  pensamento.  E  é  por  meio  dessa matriz que ele se relaciona com um aspecto do filme de Kleber Mendonça. Com Lincoln acontece o seguinte: Lincoln rejeita a imagem do povo elaborada pela classe média. Eu vou publicar uma entrevista com ele; já tivemos muitas conversas sobre essa questão. O olhar que ele tem sobre a periferia e a quebrada não é o olhar da classe média, e a classe média não enxerga a quebrada. Só vê a si mesma. Eu acho muito interessante, e meu contato com ele é bom; estou realmente levando em consideração esse pensamento. Uma outra pessoa de quem estou relativamente próximo é Francis Vogner (dos Reis). Publicamos agora um texto em coautoria. Não sei se é nesse texto ou em uma correspondência bastante intensa, talvez em um e-mail que ele me enviou; em todo caso, primeiro é preciso apresentar um pouco o Francis. Ele é de Diadema, região industrial de São Paulo, e chegou ao cinema brasileiro pela via da pornochanchada. Não me lembro exatamente quando ele nasceu, por volta de 1980. Quando ele era uma criança um pouco mais amadurecida e já na adolescência, o período da pornochanchada no circuito de cinema já havia passado; no entanto, canais de televisão apresentavam pornochanchada tipo às onze horas da noite, 23h, 23h30, e ele e colegas assistiam a esses filmes porque era a possibilidade que tinham de ver mulheres nuas ou quase nuas. Essa foi a abordagem do cinema brasileiro para Francis, e isso molda uma percepção totalmente diferente da nossa. Para ele, o cinema era isso. Você entende? Quer dizer, os ambientes, a gestualidade, a maneira de falar, tudo isso fazia parte do universo dele. Só depois ele chega a Glauber (Rocha) e ao Cinema Novo etc., só depois, com certa surpresa, porque não era o cinema brasileiro dele. E aí ele começa a estudar Paulo Emílio (Sales Gomes),  Ismael  Xavier,  a  mim  etc.  Ele  tem  uma  reflexão  muito  interessante  sobre A marvada carne (de André Klotzel). A marvada carne é um filme que se quer popular, baseado em histórias populares do interior de São Paulo, mas o que ele vê é um cinema popular com mediação da classe média. Ele usa essa palavra: mediação. Enquanto a pornochanchada é um filme popular sem mediação, A marvada carne não consegue se livrar dessa mediação, resultando no fato de que não é popular. É uma reflexão que eu acho interessantíssima e bastante inovadora na concepção, nas reflexões ou na história do cinema brasileiro, algo que ninguém havia trazido antes, né? Então, estou me identificando mais com essa ala de pessoas. Lincoln, em particular, porque ele é a resposta ao que escrevi em Brasil em tempo de cinema. Entre os filmes mais marcantes para mim dos últimos anos, realmente está Filme dos outros (de Lincoln Péricles).

 

MATRIZes: Você…
JCB: Peraí, eu vou acrescentar, então, alguma coisa em relação a Brasil em tempo  de  cinema.  Realmente,  para  mim,  Lincoln  (Péricles)  é  uma  resposta,  meio século depois, mas é uma resposta. Agora, há outra resposta igualmente fundamental para mim, que é a resposta do (Eduardo) Coutinho. Num seminário que houve em torno de mim, Coutinho falou que havia muitas ideias perturbadoras no meu trabalho, mas eu entrei para o cinema e havia outras coisas que ele achava muito dogmáticas etc. E é verdade, eu fiz nos anos 60, ah, coisas assim, talvez ainda nos anos 70, às vezes bastante dogmáticas, mas em um momento ele afirmou: “Cabra marcado para morrer, o segundo, eu fiz para ele”. Eu. Entende? Eu estava na sala e fiquei assim: “pahhh”. Mas interessante, não sei se ele fez para mim ou não; em todo caso, quando ele se qualifica no filme como intelectual, a União Nacional dos Estudantes indo para lá, de certa maneira ele responde a isso, quer dizer, pelo menos ele leva em consideração ideias que estão expressas em Brasil em tempo de cinema. Então, as duas respostas muito fortes foram essas duas. E Coutinho falou isso não há muito tempo, enfim, sei lá, uns cinco anos desde que vi esse seminário. E foi muito importante para mim, inclusive pelo seguinte: quem era amigo do Coutinho era minha mulher (Lucila Ribeiro Bernardet). Coutinho, para mim, sempre foi uma pessoa mais distante. No  entanto, aconteceu  de  Coutinho  me  telefonar  por  causa  de  um  texto,  uma  vez ou outra, mas nós nunca tivemos um contato mais familiar. Nunca sentei num boteco com ele, nunca tomei cachaça nem cerveja com ele. No entanto, entre ele e eu há um diálogo muito intenso, e esse diálogo se dá pelas nossas obras. Eu acho que ele tem muita intuição, uma série de coisas que eu escrevi. Uma coisa que marcou muito é que, quando publiquei o pequeno ensaio sobre Cabra marcado para morrer, comecei com uma citação de Elizabeth Teixeira e terminei com uma citação de Walter Benjamin. Walter Benjamin não está citado no filme, mas eu senti toda a questão da teoria da história, das ruínas da história; tudo isso eu senti vendo o filme, vi muitas vezes esse filme. E aí ele me disse: “olha, fiquei muito surpreso com a citação de Walter Benjamin, porque durante o filme eu estava lendo Walter Benjamin. E você percebeu”. Só no fim da vida houve uma aproximação; viajamos juntos etc. Mas isso, para mim, é muito importante: ter uma aproximação da obra, não porque eu conheço o cineasta que me contou: “ah, eu vou fazer esse filme, olha esse filme, ah, montei assim”. Não, mas pela obra. Esse é um motivo, inclusive, no Rio, quando eu estava morando lá e trabalhando  no  (Jornal)  Opinião:  eu  não  frequentei  os  botecos,  os  bares  etc. Eu não frequentei. Há um bar onde esses cineastas se reuniam, que era o Antonio’s. E um dia Gustavo Dahl me pediu para ir com ele ao Antonio’s. Eu era muito amigo do Gustavo: “não, Gustavo, eu não frequento esses lugares etc.”. Aí  ele  me  disse:  “não,  venha  hoje,  porque  o  Paulo  Francis  está  lá;  eu  gostaria  de te apresentar, ele quer te conhecer, então, vamos lá”. Aí fui encontrar Paulo Francis no Antonio’s, e foi a única vez em que pisei lá. E isso me dava uma maior liberdade,  você  entende?

 

“Não  que  eu  teria  deixado  de  escrever  o  que  escrevi,  mas eu não tinha que dizer: ‘ó, fulano é meu amigo, como posso escrever isso? Ele vai ficar chateado’. É mais ou menos assim que as coisas ocorrem. Então, eu quis absolutamente escapar dessa hipocrisia, e escapei. Bem ou mal, enfim, textos bons ou não, eu acho que escapei disso. Esse certo mundanismo, desse meio de  bares, de pré-estreias…”

 

Eu  vou  pouquíssimo  a  pré-estreias,  é  muito  raro. Detesto isso, porque depois da projeção vai ter um oba-oba, de música que nem  corresponde,  entende?  Aconteceu  com  um  determinado  cineasta,  muito  amigo meu, que elogiou o filme junto ao diretor. Aí saímos, ele e eu, e eu: “fulano, como se pode gostar desse filme?”. Ele: “eu não gosto. É péssimo o filme”. “Mas você elogiou”. “Mas fulano é meu amigo, não vou fazer uma desfaçatez”. Eu acredito ter escapado absolutamente disso.

 

MATRIZes: Como você lida com a finitude, com a ideia de que a vida tem fim?
JCB: Eu lido bem. Foi feita uma série sobre pessoas idosas, com pessoas idosas, que é do Sergio Roizenblit. E um dos episódios é comigo. Sergio depois me disse: “olha, eu estou bastante desligado da morte, mas nunca vi uma pessoa tão desligada quanto você”. Então, eu não tenho nenhum problema. Outro dia, estávamos  trabalhando,  e  uma  pessoa  do  grupo,  vendo  o  celular,  disse:  “um  amigo  meu  faleceu.  E  é  um  grande  amigo  desde  a  adolescência,  sei  lá  o  quê”.  Ele estava bastante comovido. Aí disse: “ele tinha tanto... Ele é mais ou menos jovem, uns 40 anos, ele teve um infarto”. E aí eu digo para Rubens (Rewald): “a morte do teu amigo é uma morte que merece aplausos. Essas mortes fulminantes  são  geniais”.  Aí  ele  disse:  “não,  mas  ele  tinha  tantos  projetos.”  Eu  falei:  “os  mortos não têm projetos”. Rubens: “não, mas ele ia fazer isso, aquilo”. Eu digo: “Rubens, isso não é pensamento de morto, isso é pensamento de vivo”. A dúvida que  eu  tenho  é  o  que  vai  acontecer  para  chegar  lá,  quer  dizer,  se  eu  vou  ficar  dependente, se vou ficar paralisado, se vou ficar de cadeira de rodas. Portanto, não me atemoriza absolutamente nada.

 

Foto em preto e branco de um homem de perfil, olhando para a direita. Ele tem cabelos curtos e ondulados e  bigode, usa óculos de armação fina e  arredondada, camiseta regata clara sob uma camisa escura aberta. Atrás dele, uma parede de grandes pedras, que ocupa todo o fundo da foto.
Foto: reprodução/ Ágora ECA. 


 

Revista Matrizes

MATRIZes é a revista científica do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM) da ECA USP. Desde 2007,  publica estudos que tenham por objeto a comunicação em seus múltiplos aspectos e dimensões, contemplando pesquisas teóricas e empíricas sobre fenômenos comunicacionais, meios de comunicação e mediações comunicativas nas interações sociais. Também abre espaço às reflexões sobre tecnologias, culturas e linguagens midiáticas em suas implicações sociopolíticas e cognitivas. O periódico incentiva o horizonte transdisciplinar do pensamento comunicacional e tem como meta redimensionar conhecimentos e práticas que contribuam para definir, mapear e explorar os novos cenários comunicacionais da contemporaneidade. 

Além da entrevista com Jean-Claude Bernardet, a edição mais recente traz o dossiê Novas Perspectivas em Teorias da Comunicação, com artigos de diversos autores. Em um deles, Maria Immacolata Vassallo de Lopes analisa produções recentes de ficção televisiva para atualizar a noção de Brasil profundo. Merecem destaque também um estudo sobre a origem e o ideário do movimento red pill, de Erick Felinto,  e um artigo sobre a cena Ballroom carioca e seus impactos na democratização da cidade para pessoas trans, de autoria de Cíntia Sanmartin Fernandes e Micael Herschmann. Para ver esses e outros textos, acesse a revista na íntegra

 

 


Foto de capa: reprodução/Artepensamento.