Laboratório Agência de Comunicação

Reflexões sobre os impactos da pandemia

Com escala global, a pandemia do novo coronavírus teve impactos para além da saúde pública, atingindo diferentes esferas da vida social. Reúnem-se nesta seção as iniciativas da ECA para refletir e tentar compreender tal fenômeno. 

Os assuntos abordados são diversificados e desafiam a sociedade: fake news, impactos da pandemia no turismo, posicionamento de marcas e empresas durante a pandemia, uso de tecnologias da comunicação no mundo do trabalho e na educação e novas possibilidades para o teatro durante a pandemia são apenas alguns exemplos.

 

na Sociedade

 

 Foto de uma mulher segurando um cartaz de protesto. Ele é branco e tem o texto “S.O.S. CINEMATECA” em vermelho. Ela é branca, veste roupas claras, usa óculos escuros e máscara. Ao fundo, estão os tijolos que formam a fachada do prédio da Cinemateca.
Foto: Piero Sbragia

Manifestações da ECA

Desde que foi criada, em 1966, a ECA tem sido um polo de manifestações pela defesa da liberdade de expressão, da educação, dos direitos humanos e da preservação da História. Durante os dois anos de pandemia, em meio a tantas crises além da sanitária, os membros da comunidade ecana expuseram suas críticas sobre temas significativos. 

Confira seis manifestações que tiveram participação da Escola em 2020 e entenda como a ECA lutou contra apagamento de memórias em 2021.

 
Imagem de parte de mapa que mostra casos de covid-19 na pandemia. A América aparece, e a América do Sul está mais em foco. Há muitos círculos vermelhos nos países, mostrando a incidência de casos. O Brasil possui o maior círculo da América Latina. Os Estados Unidos também estão aparentes e possuem uma grande quantidade de círculos por todo o território.
Reprodução/Unsplash

Coronavírus: crise maior poderia ter sido evitada?

A pandemia de covid-19 alcançou grandes proporções no Brasil e impactou o país em diversos aspectos. Segundo o docente Pedro Luiz Côrtes, do Departamento de Informação e Cultura, em análise no Jornal da USP, a crise epidêmica poderia ter sido mais controlada caso um planejamento governamental tivesse existido não tão tarde.

Para ler a análise do docente e compreender quais planejamentos poderiam ter evitado uma crise de proporções maiores, acesse.

 

Reflexões sobre os impactos da pandemia

O canal do YouTube da ECA lançou uma série de 12 lives que refletem sobre os impactos da pandemia na sociedade brasileira. Os debates contaram com a participação de 39 convidados e convidadas da ECA e de outros institutos da USP. A Comissão de Direitos Humanos da ECA organizou diretamente três desses encontros.

ECA debateu os impactos da pandemia e suas consequências no país; confira na reportagem.

 

Informalização e tecnologia: o trabalho na pandemia de covid-19

A crise sanitária e as medidas de isolamento social trouxeram aos trabalhadores novas relações com seus empregos. Com o home office, as Tecnologias da Informação e da Comunicação intensificaram as jornadas de trabalho; enquanto o modelo econômico vigente contribui com o desemprego e o aumento de empregos informais.

Leia as considerações de Roseli Figaro, professora do Departamento de Comunicações e Artes, sobre o mercado de trabalho afetado pelo coronavírus.

 

Mortalidade materna na pandemia

Em Maternidade Interrompida: histórias de mulheres grávidas e no pós-parto vítimas da Covid-19, a jornalista Camila Mazzotto conta a história de três mulheres no puerpério vítimas fatais da pandemia. Um relato sensível que mostra a importância de construção das memórias das vítimas da covid-19. 

Conheça as histórias de Paloma, Cristina e Denise e saiba mais sobre a mortalidade de gestantes e puérperas durante a pandemia.  

 

Foto de um agente sanitário barrando um homem aparentemente idoso no corredor de um aeroporto. O agente está com roupas de proteção brancas, uma luva de borracha azul e mostra a palma da mão para o homem, parando-o. O senhor está com um casaco cinza e uma máscara. Ele segura a alça de uma mala.
Reprodução/Freepik

Crise sem precedentes no turismo

A diminuição da circulação de pessoas ocasionada pela pandemia gerou uma crise nunca vista antes no setor do turismo. O fechamento de fronteiras, o cancelamento de voos e a paralisação de atividades culturais afetaram o mercado e exigiram compreensão de consumidores e empresas. Leia as opiniões da professora Debora Cordeiro Braga e conheça algumas das medidas tomadas pelo Brasil para diminuir os efeitos da pandemia no setor turístico.

Uma nova leitura do cenário para o turismo no Brasil, pós-vacina, mostra a importância do poder público para a retomada do setor. Para os pesquisadores Angélica de Brito Pereira e Paulo Henrique Assis Feitosa, o apoio governamental foi um dos fatores fundamentais para a sobrevivência das micro e pequenas empresas do setor de turismo durante a pandemia.

 

Quais mudanças a pandemia pode trazer?

Clotilde Perez, professora do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo, escreveu para o Jornal da USP sobre a postura egoísta e o descaso do governo e da população do Brasil, que vieram à tona durante a pandemia. Sem perder as esperanças, Clotilde aponta para uma oportunidade que surge na crise: a de nos sensibilizar, refletir e mudar de comportamento.

Leia o artigo completo da docente, conheça seus apontamentos e acesse as reflexões de outros professores sobre a pandemia.
 

Pandemia faz surgir um novo tipo de complexidade

O Centro Internacional de Pesquisa Atopos apresenta o programa Diálogos Atópicos, série de entrevistas com teóricos, pesquisadores, profissionais e especialistas de diversas áreas, convidados a pensar a pandemia de covid-19 na perspectiva do digital. São sete episódios, todos disponíveis na página do grupo de pesquisa, sobre temas como: as funções dos algoritmos na pandemia, a digitalização do nosso corpo social, ensino à distância,  tecnologia blockchain, fake news, entre outros.

Saiba mais sobre a série de podcasts Diálogos Atópicos, que explora as relações entre pandemia e tecnologias.

 

Foto de agente de saúde vacinando uma pessoa. A agente é branca, usa uma camiseta azul de manga laranja, máscara de proteção e luvas azuis. Ela está sentada e segurando uma seringa. O vacinado também é branco e está sentado de costas para a câmera, com a blusa azul parcialmente retirada na parte do ombro e do braço, para que possa receber a injeção.
Reprodução/Unsplash

A juventude na pandemia

A saúde mental dos jovens durante o período de isolamento social foi tema de um podcast desenvolvido por uma aluna do curso de jornalismo. Após meses de isolamento, os jovens se adaptaram à nova rotina, ao mesmo tempo em que desejam voltar à normalidade, mas temem o futuro. Em outro estudo, uma ex-aluna de doutorado da ECA identificou a maneira como os jovens de todo o mundo tomavam a decisão de vacinar-se contra a covid-19 e quais fatores os influenciaram quanto a isso. Os resultados obtidos foram apresentados à Organização Mundial da Saúde e ao UNICEF. 

 

A pandemia para os grupos minorizados

Como as populações das favelas, comunidades quilombolas e indígenas lidam com a covid-19? Em entrevista concedida nos primeiros meses da pandemia, o professor Ivan Siqueira analisa os desafios trazidos pela pandemia para diferentes segmentos sociais no Brasil. Pouquíssimo citados na cobertura da covid-19, os grupos minorizados sofrem com a ausência de políticas públicas específicas para enfrentamento da pandemia.

Confira a integra da entrevista do professor Ivan Siqueira sobre os impactos da pandemia nas favelas e comunidades indígenas e quilombolas do Brasil.

 

na Cultura e nas Artes

 

Foto de um cinema vazio. As poltronas, de estofado vermelho, estão dobradas. Entre algumas poltronas, há um corredor com degraus e um tapete vermelho. A parte esquerda da foto está mais iluminada.
Reprodução/Freepik

Como ficará a situação da cultura e da produção audiovisual no país?

Em entrevista ao LAC - Laboratório Agência de Comunicação logo no início da pandemia, o professor Carlos Augusto Machado Calil, do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão (CTR), comentou os impactos da covid-19 para a cultura, alertando para mais um desafio que o setor, já fragilizado, viria a enfrentar. 

Junto com o professor Ismail Xavier, também do CTR, Calil também falou sobre a condição do cinema na pandemia, em evento organizado pelo Sesc São Paulo O fechamento de salas, as plataformas de streaming, a interrupção de produções e o futuro da produção audiovisual brasileira foram discutidos. Para conhecer as opiniões dos professores sobre o cinema no momento de crise sanitária, acesse o link da transmissão do evento no Youtube.

As políticas culturais também foram tema de um episódio da série Jornada de Quarentena, do Fórum Permanente, plataforma de crítica e ação cultural.

 

ilustração. duas máscaras de teatro lado a lado. Uma está sorrindo a outra está triste. abaixo, duas mãos com luvas seguram uma máscara contra a covid na cor azul. nas laterais da imagens, cortinas de teatro abertas, na cor vermelha
Isabel Cristina López Hamze /Cubaescena

Teatro e pandemia: como existir fora dos palcos?

Com o cancelamento de apresentações teatrais, novas formas de existência foram pensadas para os artistas: transmissões ao vivo, cenas da janela, lives de contação de histórias foram alguns caminhos. Viu-se também a mobilização de artistas em prol de ações solidárias e de impacto coletivo. 

Confira nesta reportagem os primeiros movimentos da cena teatral em meio a pandemia de covid-19.

 

 Detalhe da capa do e-book produzido pelos discentes de Turismo. A imagem é uma ilustração de uma cidade à noite e tem como foco um prédio que possui várias janelas iluminadas azuis, rosas e amarelas. Há pessoas em algumas dessas janelas. O topo de outros prédios cercam o edifício principal.
Capa do e-book Lazer em tempo de isolamento social - Desafios e Ressignificados

Lazer em tempo de isolamento

Lançado pelos alunos do curso de Turismo, o e-book Lazer em tempo de isolamento social - Desafios e Ressignificados é uma coletânea de artigos produzidos pelos próprios discentes. A publicação traz um manual e dicas sobre formas de lazer durante a pandemia. Os desafios do lazer impostos pela crise pandêmica também foram abordados no livro.

Para ter acesso ao e-book produzido pelos estudantes de Turismo e aos comentários da docente responsável pelo projeto, confira a matéria.

 

Vale a pena ver de novo?

Quem nunca passou a tarde assistindo a novelas antigas? Durante a pandemia, o número de brasileiros que consumiram produções reprisadas aumentou e abriu espaço para o streaming e a serialização das novelas.

O tempo a mais em casa também ajudou às pessoas que, por nostalgia ou pela possibilidade de analisar e problematizar os costumes da época de estreia da obra, queriam reassistir às tramas. É o que apontou o artigo Telenovela e memória: “Vale a pena ver de novo?”, reprises em tempo de pandemia.

 

 Foto de um concerto de jazz. Há em cima de um palco e madeira uma pianista e um contrabaixista. Ambos estão tocando. Ao fundo, há uma parede vermelha, com pontos luminosos amarelos e um letreiro neon, também amarelo, escrito “jazz”. Parte de uma bateria também faz parte da foto.
Reprodução/Unsplash

O jazz na pandemia

Com o avanço da pandemia e das medidas de isolamento social, pequenos e grandes eventos de música foram afetados. Com o jazz, isso não foi diferente. Muitos clubes e salas de concerto do estilo fecharam durante o período pandêmico. No entanto, essa situação é resultado não somente da crise sanitária, mas também de questões que vinham de momentos pré-covid-19.

Para entender mais sobre os impactos que o jazz sofreu na pandemia, leia a matéria publicada acerca de um artigo da Revista Música.
 

nas Comunicações

 

Foto de uma jornalista. Ela tem a pele branca, os cabelos presos, usa máscara e está segurando um microfone. A outra mão está estendida na direção da câmera. Ao fundo, desfocada, há vegetação.
Reprodução/Freepik

Comunicadores sobrecarregados durante a pandemia

A pesquisa coordenada por Roseli Figaro, do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT), revelou a condição de trabalho dos profissionais da comunicação no período pandêmico. De maneira geral, os comunicadores trabalham mais tempo, mais intensamente e com mais incertezas em relação a salários e empregos. Uma atualização dessa pesquisa foi publicada um ano depois.

A redação virtual veio para ficar? Confira a análise de estudo sobre as mudanças no jornalismo durante a pandemia de covid-19.

 

As narrativas das mídias sobre a pandemia

O grupo de pesquisa Epistemologia do Diálogo Social publicou um caderno especial de reflexões sobre as narrativas midiáticas a respeito da pandemia. Entre os tópicos abordados, a tendência predominante da cobertura jornalística de retratar a pandemia e suas consequências econômicas e sociais de maneira simplificadora, a desumanização das vítimas pelos números e o "vício da estatística", o futuro das redações pós-pandemia, o aumento da busca por fontes geralmente pouco procuradas pela imprensa, entre outros.

Qual o papel da mídia diante de uma crise de saúde pública global? Acesse a reportagem e reflita conosco sobre alguns caminhos possível para o jornalismo na pandemia.

 

Como fazer publicidade no cenário pandêmico?

Em artigo publicado no Jornal da USP, Clotilde Perez, do CRP, escreve sobre os desafios da produção de publicidade no durante a pandemia. A docente ainda analisa as peças publicitárias que foram feitas no período pandêmico, identifica tipos de campanhas e observa a linguagem que vem sendo utilizada pelo setor publicitário. Para ler o texto de Clotilde Perez na íntegra e saber como a professora considera que a área da publicidade pode superar os desafios impostos pela crise, acesse.

Vale lembrar que, em meio a crise sanitária, até o clássico personagem Zé Gotinha, responsável por promover o Programa Nacional de Imunizações (PNI) entre as crianças, acabou alvo de uma disputa política sobre a sua figura. A história se tornou tema de um artigo publicado na Revista Rumores, da ECA.

 

Foto de um cartaz utilizado durante a pandemia. Ele se encontra em uma calçada, na frente de um estabelecimento de transporte. Nele está escrito “trabalhadores essenciais: vocês podem viajar, obrigado” em um círculo verde e “todos os outros: vá para casa. Não viaje. Salve vidas” em um círculo vermelho. O fundo do cartaz é branco e seu suporte é cinza.
Reprodução/Unsplash

Ativistas, oportunistas, perversas? Qual a postura das marcas durante a pandemia?

Um estudo feito pelo Observatório da Pandemia, grupo coordenado no Brasil por docentes do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo, resultou em um relatório que classifica o tom adotado nas campanhas publicitárias durante a pandemia e, por meio disso, categoriza o posicionamento das marcas como oportunistas, demagogos, solidários, ativistas ou perversos.

Entenda o que significa cada classificação e quais critérios os pesquisadores adotaram para definir a postura das marcas
 

 

Foto de uma livraria com dois andares. Há algumas pessoas observando os livros nas estantes. As colunas que sustentam o teto e a escada caracol para chegar ao segundo andar são brancas. O chão é feito de tábuas de madeira.
Reprodução/Unsplash

O mercado editorial na pandemia

Com o fechamento das livrarias durante o período pandêmico, o antigo problema da distribuição de livros ficou ainda mais em evidência. Tanto as editoras grandes quanto as pequenas — que foram mais prejudicadas pela situação — tiveram que reinventar suas formas de venda, e o marketplace, as plataformas de venda digital, eram uma boa opção.

Para ler os outros dados publicados pela pesquisa realizada pela Liga Brasileira de Editoras (Libre), acesse a matéria.
 

na Educação

 

Foto de uma sala de aula vazia. As carteiras são de plástico e aparentam ser gastas. A cor do plástico fica entre o branco e o amarelo, enquanto o metal que o sustenta é verde. Ao fundo, há cartazes feitos pelos estudantes colados na parede.
Reprodução/Unsplash

A desigualdade na educação persiste e se agrava

O cenário de desigualdade social na educação já era grave mesmo antes do período pandêmico, como apontou estudo da ECA sobre as relações entre comunicação e educação no ensino básico

A crise sanitária provocada pela covid-19 torna o problema ainda mais grave. O professor Ivan Cláudio Pereira Siqueira, presidente da Câmara de Educação Básica e docente do Departamento de Informação e Cultura, comenta os desafios do sistema educacional e a possibilidade de repensar o sistema de ensino
 

EAD: a solução para o distanciamento social?

O ensino à distância, essencial para a educação durante a pandemia, é uma solução eficaz para o distanciamento social. É isso que defende o professor emérito Fredric Michael Litto no artigo A solução para o distanciamento social está à mão: EAD. Em 2020, Litto afirmou que estávamos em fase de experimentação na EAD, mas que o modelo poderia enriquecer a aprendizagem.

Acompanhe os argumentos do professor emérito e a discussão sobre o ensino à distância acessando a reportagem.
 

Foto vista por trás de homem usando um laptop. Ele tem a pele preta, cabelos curtos, usa camisa xadrez e sua mão está apoiada perto do computador, que está em cima de uma mesa. Ao fundo, há uma prateleira com livros.
Reprodução/Unsplash

A educação em um mundo tecnológico

A professora Brasilina Passarelli, do Departamento de Informação e Cultura, respondeu em entrevista para um canal do Youtube questões sobre a relação entre a educação e os avanços tecnológicos do mundo moderno. Para ela, a adoção de ferramentas tecnológicas nas escolas durante a pandemia ajudou a diminuir os impactos do isolamento social.

Verifique os demais tópicos abordados na entrevista e assista-a na íntegra acessando a matéria publicada no site da ECA.