Em sua estreia na prosa de ficção, o dramaturgo e jornalista Leo de Sá Fernandes constrói um panorama épico sobre os anos 2010 e a geração dos millennials

No dia 5 de novembro, sexta-feira, às 19h, ocorre o lançamento do livro Panaceia parafernália, de Leo de Sá Fernandes, dramaturgo, jornalista e mestrando no Programa em Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM). O evento será transmitido pelo canal da editora Patuá no Youtube.

A narrativa gira em torno da belalú, misto de elixir alucinógeno, droga recreativa e bebida ritual, inventada pelo escritor. Dividido em onze contos, o livro se propõe a construir um panorama sobre o uso dessa substância na última década. "É um pouco literal, porque tem mesmo a ver com a desconstrução da ideia do que é uma droga, mas é também metafórico, sobre a condição da minha geração, a galera que nasceu nos anos 90, os chamados millennials", ele afirma. 

A publicação do livro surgiu como meio de se expressar mais livremente. "Queria escrever uma obra antiproibicionista e queer, com personagens contraditórios, mas que pudessem circular sem depender de um elenco, de toda a produção que demanda uma peça", explica o autor, que é assumidamente bissexual. A temática LGBTQIA+ também atravessa algumas histórias, como Fada dos dentes, inteiramente escrita com pronomes neutros, e Cinema verité, na qual a substância belalú é o que dá coragem para o protagonista beijar o melhor amigo.

Apesar de Panaceia parafernália ser seu livro de estreia na prosa de ficção, Leo também é autor de Murro em ponta de faca, obra de poesia lançada pela Editora Primata, e das peças O Estado contra George em Alcolu e As colônias, publicadas pela Editora Efêmera. 

O evento de lançamento contará com a participação do editor Eduardo Lacerda, da dramaturga Carol Pitzer e da jornalista Anais Fernandes. Panaceia parafernália se encontra em pré-venda no site da Editora Patuá.