Convênio com Agência Pública vai fortalecer ensino de jornalismo investigativo
Nova parceria da ECA prevê intercâmbio de conhecimentos, projetos conjuntos e ações voltadas à formação de estudantes

A ECA firmou no dia 5 de junho um convênio com a Agência Pública, agência de jornalismo investigativo. A parceria tem como foco a cooperação técnico-científica, jornalística e cultural, promovendo o intercâmbio de informações, experiências e ações voltadas à formação de estudantes, além da realização de pesquisas, cursos, seminários e projetos de interesse comum.
O convênio é coordenado pelo professor Vitor Blotta, do Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE), e pela jornalista Natalia Viana, cofundadora da Agência Pública, e tem duração de 60 meses. Na cerimônia de assinatura, estiveram presentes também a diretora da ECA, professora Clotilde Perez, e o professor Wagner Souza e Silva, chefe do CJE.
Para Natalia Viana, o fortalecimento da relação entre o jornalismo investigativo e a universidade é um passo importante para a inovação no setor. “O nosso foco é o jornalismo investigativo. Estamos buscando uma aproximação com a academia justamente para fortalecer esse tipo de jornalismo e também a inovação no jornalismo em geral”, afirmou a jornalista. Natália retorna à ECA para a assinatura do convênio após ter ministrado, em março, a aula inaugural do curso de Jornalismo, sobre jornalismo investigativo internacional.

Fundada em 2011 por Marina Amaral e Natalia Viana, a Agência Pública – nome fantasia do Centro de Jornalismo Investigativo – é uma organização sem fins lucrativos financiada por fundações e campanhas de financiamento coletivo. Seu modelo se assemelha ao de uma agência de notícias: as reportagens produzidas pela equipe são distribuídas gratuitamente e atualmente republicadas por mais de 700 veículos.
Segundo o professor Vitor Blotta, já há um plano de trabalho conjunto em andamento. Entre as propostas para o convênio estão a realização de um curso de extensão e a submissão de um projeto à Fapesp voltado a pequenas e médias empresas.
Para a diretora Clotilde Perez, a parceria reflete um novo momento vivido pela USP, marcado por uma aproximação mais intensa com a sociedade. “É uma década voltada muito mais para os projetos de extensão. Essa interação, esse trabalho conjunto e partilhado, nunca foi tão relevante quanto neste momento”, destacou.