CAP | Departamento de Artes Plásticas

Clareira, projeto que ocupa o andar térreo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), tem recebido desde junho uma programação com diversas manifestações artísticas, com a presença de artistas visuais, músicos, performers, bailarinos, escritores, atores, cineastas, curadores e diretores. A ideia é promover experiências e trocas em diferentes formas de expressão e linguagens da arte. 

As ações ocorreram nas noites de quinta-feira, intercaladas com duas instalações de Artes Visuais. Regressão, obra da professora Lucia Koch, do Departamento de Artes Plásticas (CAP), fecha a programação do projeto. A intervenção consiste na retirada da luz natural que adentra o térreo do MAC, por meio da pintura das janelas da fachada com tinta preta. O resultado é um ambiente opaco, sem comunicação entre interior e exterior. 

Esse cenário, no entanto, se modificará com a participação dos regressores, um time de jovens artistas. Diariamente, eles recortam formas, figuras e padrões na superfície escura, a fim de criar inscrições, quadros, imagens e textos. O objetivo é alcançar a total transparência ao longo dos três meses de exposição.

Ao final, a visão da paisagem externa será recuperada, e quem passa em frente ao museu poderá novamente ver seu interior. Enquanto a intervenção ocorre, os sons da cidade são trazidos gradualmente para dentro do Museu: iniciam-se como um rumor indistinto e, com o decorrer dos dias, ganham nitidez e volume de acordo com a recuperação da transparência do edifício.

Além de Lucia Koch, Clareira tem a participação de Eduardo Monteiro, professor do Departamento de Música (CMU) e da rede Sonora, que inclui pesquisadoras da ECA. O evento ainda conta com intervenções dos artistas, coletivos e grupos São Paulo Cia. de Dança, Teatro da Vertigem, Noemi Jaffé, Joel Pizzini, Livio Tragtenberg, Angelo Venosa, Marcos Gallon, Ana Amorim, DC, Elilson, Julián Fuks, Natalia Timerman, Cristina Elias, César Meneghetti, Eugenio Puppo e Daniel Munduruku. A entrada é franca. 

Encontre mais informações sobre o projeto Clareira no site do MAC USP.