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Formado em Música, ex-aluno da ECA vence concurso nacional de violão

Natan Bastos fala sobre a importância das competições para a formação como artista
 


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Natan Bastos, formado em Música pela ECA em 2022, ficou em primeiro lugar no III Concurso Nacional Virtual de Violão da Associação de Violão do Rio de Janeiro (AV-Rio). A edição, que contou com 25 participantes e três fases eliminatórias, homenageou Léo Soares, violonista, professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, segundo o ganhador, um dos grandes responsáveis por levar o instrumento ao meio acadêmico.

Foto de um rapaz sentado tocando violão clássico.  Ele é branco, tem cabelos curtos e escuros e veste preto, com camisa, calça e sapatos sociais. O jovem está em um palco, sentado em uma cadeira preta e com um dos pés apoiados. O fundo da imagem é preto.
Natan em recital de violão clássico da Fundação das Artes. Imagem: reprodução/Instagram.

Para Natan, concursos são sempre desafios que exigem muito estudo e concentração. Por isso, toda dedicação à competição acrescenta muito ao desenvolvimento musical e à própria motivação do artista. “Passar por essas experiências te ajuda a identificar em que você precisa melhorar e a reconhecer se você está fazendo um bom trabalho. Receber este reconhecimento é muito gratificante pois reforça a vontade de estudar mais e mais a cada dia, para continuar levando boa música às pessoas”, declara.

O concurso da AV-Rio buscou englobar diferentes períodos e estilos musicais, estimulando que os candidatos pesquisassem amplamente o repertório violonístico nacional e internacional. A primeira fase da competição foi voltada para os períodos Clássico e Romântico do século XIX, quando Natan optou por apresentar Fantasie Dramatique, obra do francês Napoleon Coste. Já na segunda etapa, que reunia composições latino-americanas dos séculos XX e XXI, o ecano tocou Suite Venezolana, de Antonio Lauro, e Valsa Brasileira em forma de Estudo n˚12, do brasileiro Francisco Mignone. 

Para a grande final, o músico explorou obras dos períodos Renascentista e Barroco e o repertório internacional dos séculos XX e XXI. Ele apresentou uma transcrição da Fuga, da primeira sonata para violino solo de Johann Sebastian Bach, e os movimentos um e três da sonata para violão do espanhol Joaquin Turina. Confira a performance premiada:

Competições como essa são de extrema importância porque promovem o trabalho de diversos agentes ligados à música, como estudantes, docentes, construtores de instrumentos, compositores, conservatórios e universidades, explica Natan. Também são uma grande oportunidade para os violonistas da música clássica mostrarem seu trabalho, uma vez que inserem esses artistas em uma posição de destaque para os apreciadores do instrumento, acredita o músico. 

Foto de dois homens sentados tocando violão clássico. À esquerda está Natan, que é branco, tem cabelos escuros e olha para o instrumento. À direita está Edelton, um senhor branco de cabelos brancos, ele olha para a partitura. Ambos vestem camisa social e calça jeans. A parede ao fundo é cinza com alguns furos.
Natan e o professor Edelton em concerto da disciplina História do repertório original para violão do século XIX. Imagem: reprodução/Instagram.

Mesmo depois de formado, o artista continua frequentando a ECA como aluno especial do Programa de Pós-Graduação em Música (PPGMUS). “Tem sido muito bom. A USP conta com professores maravilhosos, especialmente o meu professor de violão Edelton Gloeden. Poder aproveitar todo o conhecimento que eles têm para nos passar somente enriquece e aprimora nossa formação acadêmica”, comenta.
 

Tradição violonista brasileira

O Brasil é um dos países que mais cultiva o violão clássico do mundo. Natan explica que essa tradição pode ser dividida em algumas vertentes relevantes no país:

  • A construção de instrumentos, com diversos nomes de várias gerações de construtores de alto nível;
  • A produção de repertório, que, até onde se tem registro, abrange várias tendências estéticas desde o início do século XX;
  • A performance de excelência, pois há violonistas brasileiros de alta qualidade espalhados em todo mundo;
  • E a pesquisa em performance nas universidades, difundida em todo o território nacional.

“O violão é o instrumento que tem a cara do Brasil, todo mundo toca um pouco ou tem algum parente que toca, por isso, independente do estilo musical apresentado, todo mundo acaba tendo algum interesse por música tocada ao violão”, acredita Natan. 
 

 

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