As dificuldades presentes nas relações de desequilíbrio entre ser humano e natureza, associadas às mudanças climáticas e à vulnerabilidade dos ambientes vegetais, foram temas que inspiraram trabalhos de diferentes artistas na exposição Bordas do Corpo. Os artistas buscaram desenvolver projetos para enxertar na mente do público pensamentos vivos. A exposição fica em cartaz de 2 a 21 de junho, no Espaço das Artes (EdA) da ECA. 

A exposição  conta com pesquisa e direção artística de Sonia Guggisberg, que realizou seu pós doutorado no Departamento de Artes Plásticas (CAP), e traz obras que se potencializam pela capacidade de se metamorfosear e se ressignificar com espaço da natureza, trazendo à tona as invisibilidades do tema e a urgência na busca de solução. 

Em Bordas do Corpo você confere os seguintes trabalhos:

• Eliberto Barroncas reconstrói sons da floresta amazonense com instrumentos sonoros criados com a proposta de serem experimentados de diferentes formas. 
• Yara Costa exibe registros de performance de dança, com destaque para a presença do urucum na natureza e em diferentes propostas estéticas. 
• Odacy Oliveira traz registros fotográficos vindos da relação com o ambiente em espaços naturais da cidade de São Paulo, incluindo também árvores em espaços urbanos.
• Lucas Abner apresenta registros da performance 100 ondas, Cem mergulhos entre a vida e a morte, o fluido e o luto, em corpos-fluidos.
• Sonia Guggisberg apresenta o trabalho Corpo Invisível, feito em vídeo, em que o movimento de plásticos transparentes no vento confundem o horizonte e o corpo.

O dia da abertura, 2 de junho, contará com a apresentação de UNA_pergormance que terá sonoridades de Ritamaria e Lea Arafah.

O trabalho desenvolvido é resultado do edital do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) da ECA, lançado em setembro de 2024. A iniciativa tem como objetivo incentivar a apresentação de projetos curatoriais desenvolvidos por pesquisadores da ECA.