Artes Visuales

PPGAV | Artes Visuales

Pesquisas em andamento

Projetos de pesquisas dos docentes do PPGAV: 

Alberto Roiphe

A leitura da imagem na aula de Português (2024 – atual)

Trata-se de um projeto que visa organizar referenciais teóricos (BAKHTIN, 2003; BARTHES,  1990; DURAND, 1974; KRISTEVA, 2005; entre outros) relacionados à leitura verbo-visual de gêneros discursivos de diferentes campos de atuação social, sobretudo do campo artístico-literário, que circulam entre estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a fim de que sejam desenvolvidas metodologias de leitura de tais gêneros, no âmbito da formação inicial e continuada de professores, sendo a primeira realizada em disciplinas do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) – “Língua Portuguesa na Educação”, “Literatura na Escola” e “Estágio Supervisionado” – e a segunda em cursos oferecidos a professores das redes públicas de ensino do Estado do Rio de Janeiro, para que se tornem autônomos no processo de desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas envolvendo tais gêneros discursivos. 

Ana Gonçalves Magalhães

Coletar, identificar, processar, difundir. O ciclo curatorial e a produção de conhecimento.

Ana Maria Tavares

Hipóteses Espaciais

Branca Coutinho de Oliveira 

Poética da Multiplicidade (modos contemporâneos de produção e multiplicação de imagens com processos criativos em meios visuais)

O grupo realiza desde sua fundação, em 2004, estudos em torno da produção e multiplicação de imagens do gênero poético. Com investigações empreendidas na transversalidade de variados campos do conhecimento e expressividades distintas, tem problematizado, por meio de metodologia empírica (derivada das potencialidades da infraestrutura operacional tecnológica, da combinatória do algoritmo e da lógica de processamento de dados), diversas noções de corpo, tempo e espaço. A partir das virtualidades da imagem em regimes de hibridação semiótica e com processos criativos que preconizam a produção concreta de acontecimentos estéticos, o GPPM desenvolve seus experimentos poéticos explorando o paradigma cultural que encarna, no presente, a relação homem-mundo-máquina.

Carlos Alberto Fajardo

A instalação

Christina Rizzi

1)    Da Educação Infantil ao Ensino Médio - práticas de ensino e aprendizagem de arte que flexibilizam tempos e espaços. (2003 – atual)

O projeto que aqui se apresenta busca investigar saberes e práticas docentes da Educação Infantil e verificar a sua potência nas aulas de arte dos segmentos do Ensino Fundamental e Médio na Escola de Aplicação da Feusp. Tais investigações serão realizadas por meio da observação e de entrevistas preferencialmente com docentes e coordenadores das Creches Central e de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. O grande objetivo é a construção de experiências didáticas em que os tempos e os espaços da aula sejam flexíveis e se adequem às necessidades de aprendizagem dos diferentes alunos sem que se perca a possibilidade de construção coletiva de conhecimento. Por meio da elaboração de detalhada documentação a partir das pesquisas, buscaremos também compartilhar análises e experiências com outros educadores, esperando assim contribuir com a construção de novos conhecimentos e práticas para os segmentos do Ensino Fundamental e Médio.

2)    Leituras da Exposição Mundos Possíveis da artista sueca Hilma af Klint. (2018 – Atual)
No primeiro semestre de 2018 a Pinacoteca do Estado de São Paulo apresentou a Exposição Mundos Possíveis com obras da artista sueca Hilma af Klint. A artista do século XIX teve , a pedido da mesma, sua obra desconhecida até recentemente. Do ponto de vista da História da Arte tem sido considerada uma pioneira da arte abstrata. Do ponto de vista do processo criador a artista se reconhece uma intermediária entre o mundo espiritual e o matérico. Ler as obras de Hilma af Klint a partir dos pressupostos da teoria , da crítica e do conhecimento espiritual , refletir sobre as influências destes elementos nos processos curatorial e arte-educativo é intenção deste projeto.

Claudio Mubarac 

1)   O desenho e a gravura como práticas especulares. (2004 – Atual)  
A pesquisa parte de uma investigação das origens da concepção do desenho no Quattrocento italiano e seus desenvolvimentos, suas indagações sobre o espaço e relações com modelos e cânones. Busca, ainda, compreender esses fenômenos frente ao nascimento da gravura da estampa, chamada de desenho estampado por Vasari, e as mudanças que a disseminação de imagens repetidas em larga escala criou para os paradigmas do desenho desde então e seus reflexos na contemporaneidade.O estudo se baseia no cotejo analítico de obras, em leituras de tratados de ateliê, de textos de referências sobre o desenho e a gravura, além de propor uma visão diacrônica e sincrônica das manifestações contemporâneas relativas ao desenho e suas fontes. É pesquisa de natureza teórico-prática, já que, em paralelo ao já descrito, desenvolve-se trabalho de ateliê com produção de desenhos e gravuras em séries relacionadas.  
2ª FASE - 2005 Somam-se aos estudos acima citados, investigações sobre o desenvolvimento do
desenho e da gravura nos antigos Países-Baixos, também a partir do século XV, as interrelações e as trocas acontecidas entre os diversos artistas e suas escolas, assim como o enorme trânsito entre ateliês de gravura desses países e dos demais da Europa onde a gravura de estampa estava se desenvolvendo. Esses estudos baseiam-se, num primeiro momento na mesma vontade de decifração que levou ao início da primeira fase, ampliando as possibilidades de investigação das imagens repetidas na história e na contemporaneidade, como fundamentais para a compreensão dos códigos imagéticos forjados. Não se descarta, neste momento, a produção de natureza teórico-prática, com trabalho de ateliê, e consequente realização de gravuras e desenhos em séries relacionadas.

2)    O desenho a gravura e a imagem repetida (Grupo de estudos sobre a gráfica: Rotas do Desenho) (2019 – Atual).

Dando continuidade ao projeto anterior (2011/2013), organizamos uma série de artigos que deverão ser reunidos tanto no blog já organizado (papirofagos.wordpress.com) quanto num livro, reunindo os estudos de todos os membros do grupo sobre as relações entre o desenho e os processos de impressão, ampliando os campos do desenho e da gravura e dos processos digitais, como mananciais cheios de associações significativas. Uma introdução aos artigos deverá constituir o primeiro capítulo do livro, situando o horizonte que abriga nossas indagações. Os trabalhos sempre de natureza teórica e prática, não descartam oficinas, desenvolvidas pelos membros do grupo e/ou por artistas convidados e ensaios visuais.

Dália Rosenthal 

Transdisciplinaridade, formação e arte (2010-Atual). 
O projeto objetiva o estudo e a sistematização de contribuições da prática transdisciplinar para formação em arte a partir de diferentes sub projetos – “Pratica Transdisciplinar na formação do professor de arte (2010-)”, “Ateliê Nossa Casa”(2011-), “Plástica social: caminhos para ação e criação na contemporaneidade (2013-)” e “Os ateliês laboratórios no contexto didático - pedagógico para ensino e aprendizagem de artes visuais”(2022-). Pretende-se um diálogo com a produção e formação em artes visuais no Brasil e América Latina a partir de experiências, abordagens e praxis transdisciplinares

Dária Gorete Jaremtchuk     

Trânsitos e exílios

Dora Longo Bahia

1)    Arte depois da superação da arte (2023 - Atual)
Recentemente, uma série de regimes autoritários foram instalados em vários países, levando-nos de volta às ditaduras de meados do século XX. Várias iniciativas coletivas foram às ruas para protestar contra governos e instituições, usando estratégias estéticas que fazem referência à atuação de grupos de artistas da década de 1960, como os Situacionistas e o Provo. Ambos interromperam suas atividades quando confrontados com impasses relacionados à relação entre arte e política. As ações concretas que potencializavam o debate sobre o papel social do artista foram abruptamente interrompidas. No atual contexto, diferente daquele de meados dos anos 1960, estratégias estéticas diferentes precisam ser desenvolvidas, com a finalidade de dar conta dos aspectos sociais, econômicos e das mudanças políticas dos últimos 60 anos. Este projeto visa realizar uma investigação teórico-prática que retome o debate sobre o papel social do artista, conforme afirmavam a I.S. e o Provo, para retomar assim o debate crítico sobre a relação entre arte, política e ativismo.

2)    Depois do fim da arte (2015 - Atual)
O grupo de pesquisa Depois do fim da arte (depoisdofimdaarte.org) é composto por artistas, estudantes, pesquisadores e professores das áreas de Artes e Humanidades. Partindo da noção de superação da arte difundida pela Internacional Situacionista, o DFA investiga o sentido da produção artística contemporânea e sua relação com o contexto geral – aquele no qual ela se insere e aquele do qual ela se distancia. Seu objetivo é refletir sobre o papel do artista no atual contexto histórico, social e político, através de práticas coletivas, destacando a importância do conhecimento artístico para a pesquisa universitária e chamando a atenção para as contradições imbuídas no fazer artístico.

3)    Pintura Equivocada (2013 - Atual)
Este projeto de pesquisa investiga a possibilidade de a pintura ainda estabelecer uma relação - mesmo que conflituosa - com o mundo ao qual alude. Atualmente, vivemos no que pode ser chamado de capitalismo fictício: um período caracterizado pela expansão das grandes corporações multinacionais, pela globalização dos mercados e do trabalho, pelo consumo de massa e pela intensificação dos fluxos internacionais do capital. A aceleração do tempo de giro do consumo e a superação das barreiras espaciais fizeram com que a produção de imagens e sistemas de signos se tornasse a “mercadoria” ideal para a acumulação do capital. Nesse contexto, a pintura - morta e renascida diversas vezes - se assemelha a um zumbi, vagando em meio às diversas imagens/mercadorias produzidas pela sociedade contemporânea. Para voltar a ocupar a posição crítica que possuía até meados do século passado, ela deve assumir a interferência do mundo ao qual se refere e procurar se impor como um campo de intersecção entre diferentes planos de discursos: ético, teórico, estético, histórico, político. Pintura Equivocada propõe entender a pintura como uma área de conhecimento onde imagens da história da arte, do fotojornalismo e da ficção cinematográfica vinculam-se formal e conceitualmente. Por meio da reinterpretação de obras do passado com ênfase na marca deixada por imagens exemplares, espera-se estabelecer uma relação entre a pintura e a realidade contemporânea, redefinir os limites da pintura em termos críticos e amortecer a tensão distintiva entre os meios da pintura e as coisas. 

Elza Ajzenberg

título
descritivo 

Geraldo de Souza Dias Filho

Tondo, sentido e significado do suporte de formato circular na pintura e na imagem contemporânea.
A pesquisa propõe um estudo sobre o significado do tondo na pintura, a partir de exemplos da Florença do Renascimento e sua retomada ao longo da história até a contemporaneidade. A geometria do círculo induz representações de um microcosmo limitado com carga altamente simbólica, ao transmitir ideias de perfeição e harmonia, circulação e retorno, de uma visão de mundo teológico-cristão na representação do universo e do firmamento a esquemas científicos, metáforas políticas e vasto contexto imaginável da pedagogia da imagem. O tondo (no plural: tondi), composição em pintura ou relevo escultórico geralmente em mármore ou cerâmica, realizada sobre um suporte circular é o foco principal da pesquisa ao destacar a particularidade do formato, estudar as linhas de força operantes precisa e exclusivamente neste formato, em oposição às linhas de força presentes no retângulo e as qualidades do círculo no estabelecimento de novos significados e leituras para a arte. Linhas de força internas e a escolha do assunto/tema contribuem para a eficiência do formato na transmissão de significados relacionados à inclusão, dinâmica, totalidade, concentração, integração, renascimento e eterno retorno. No sentido de um estudo teórico, tentar-se-á compreender interdisciplinarmente a imagem circular sob diversos aspectos da arte e seu prosseguimento na modernidade; numa dimensão prática, pretende-se a produção e avaliação de pinturas/tondi. Como fonte principal das referências são considerados trabalhos-chave em museus e coleções, leitura de livros, periódicos e consultas a websites sobre obras e artistas da História da Arte e da contemporaneidade, e da constante atividade de ateliê, estabelecendo perspectivas contemporâneas para a imagem circular. 

Gilberto dos Santos Prado

Grupo Poéticas Digitais
O Grupo foi criado em 2002 no Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP, como um desdobramento do projeto wAwRwT iniciado por Gilbertto Prado no Instituto de Artes da Unicamp em 1995. O Grupo é um núcleo multidisciplinar que promove o desenvolvimento de projetos experimentais e a reflexão sobre o impacto das novas tecnologias no campo das artes. Tem como participantes artistas, pesquisadores e alunos, com composições distintas em cada projeto. Entre os trabalhos desenvolvidos temos o videogame "Cozinheiro das Almas" (VI Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, 2005 e exibido no ZKM, Alemanha em 2006). A instalação interativa Acaso30, de Gilbertto Prado, apresentada na Mostra Cinético Digital, Itaú Cultural e indicada para o prêmio de instalação multimedia no 12º Festival Internacional de Artes e Culturas Digitales de Gran Canária, Espanha, 2006. “Pedralumen” apresentada na mostra “Chain Reaction” no Museum of the City of Skopje, Macedônia. Projeto Amoreiras na 5a Bienal de Arte e Tecnologia, Instituto Cultural Itaú, e em 2012 na Mostra 3M Digital, Inst. Tomie Ohtake, São Paulo; Encontros, 16th Media Art Biennale WRO 2015, Wroclaw, Polônia, na 1a Bienal das Amazonias, Belém, 2023 e Atualização do Sistema, Museu Nacional da República, Brasilia, 2023/2024; Em 2018 realizou a mostra individual Circuito Alameda no Laboratório Arte Alameda, na cidade do México, entre vários outras. (www.poeticasdigitais.net)

Hugo Fortes

Arte e Natureza na Era do Antropoceno
O presente projeto visa investigar a produção artística contemporânea relacionada à natureza, focando em seus processos poéticos e discursivos, bem como discutindo seus aspectos ecológicos, tecnológicos, identitários e multiespecíficos. Para isso considera a chamada virada antropológica e suas discussões sobre as alteridades não-humanas, vegetais, animais e as contribuições dos povos tradicionais para novas abordagens sobre o meio-ambiente. Trata-se de um projeto teórico-prático, que considera o fazer artístico fundamental para a conscientização ecológica através da estética e mobilização dos afetos. O referencial teórico do projeto se apoia em pensamentos de Donna Haraway, Jacques Derrida, Giorgio Agamben, Stefano Mancuso, Emanuelle Coccia, John Berger, Viveiros de Castro, Aylton Krenak, entre outros. Entretanto é a própria produção artística que é ressaltada e estudada à luz destes teóricos, não subjugando a prática artística à reflexão teórica, mas considerando-as como campos dialógicos e complementares.

João Luiz Musa

1)    Grupo de Pesquisa em Impressões Fotográficas

Os instrumentais disponibilizados pela fotografia digital, tanto na captação direta de imagens como nas reproduções de obras de arte, expandiram os registros e os limites da luz e da cor. Balizadas por uma série de novos conceitos e parâmetros os controles nos arquivos digitais se aproximam da engenharia. Por outro lado, há a necessidade de desenvolver métodos de ensino que visem à formação de artistas, museólogos, historiadores, pessoas ligadas à cultura visual para que se aproximem dos conceitos básicos de operação da nova linguagem fotográfica. O grupo de pesquisa dá suporte ao trabalho acadêmico de seus membros, na realização de projetos de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado. Com o intuito de gerar e aplicar conhecimentos este grupo de pesquisa atualmente se relaciona e colabora com Centro Universitário Unifaat, Fundação Armando Alvares Penteado, Gráfica Ipsis, Instituto Moreira Salles, Museu Lasar Segall, Sesc São Paulo, Universidade Federal de Uberlândia e Vellore Institute of Technology - Índia. Neste escopo, as atividades de pesquisa se voltam para questões como captação e tratamento e impressão da imagem fotográfica; edição e produção de livro; relações com outros meios gráficos e plásticos e desenvolvimento de trabalho em artes visuais dos participantes.

2)    Edição de Livro Fotográfico

O projeto prevê: Fase A: passagem de ensaios pessoais em diversos suportes fotográficos: cópias em gelatina de prata, negativos em branco e preto, cromos e negativos coloridos para arquivos digitais. Fase B: compatibilizar os formatos digitais de câmeras contemporâneas com as digitalizações dos suportes materiais. Fase C: com as provas de estado impressas e a aferição das densidades transcritas para arquivos digitais os livros serão desenhados e impressos em Indigo HP 10000, com tiragens iniciais de dois livros para a confecção de bonecos/prova. Fase D: valores impressos serão medidos e comparados com os arquivos digitais. Fase E: a partir das correções serão realizadas as tiragens de livros de artista (10 a 20 volumes) Edição de livros de fotografia sobre 4 ensaios, já se encontram na fase D: 1. Amazônia viagem realizada em 1975, primeira edição de 1977 e apresentada a versão 15 na Livre-docência. 2. Peru ensaio realizado no ano de 1975 3. Patagônia, ensaio de 2002, que se encontra na terceira versão 4. Através de um espelho, ensaio sendo realizado desde 2011 a 2024. Livre-Docencia: O Leão na praça impressa em 2022, em elaboração pequenos ensaios em forma de revista de 24 páginas como Cambori 2023, Litoral de 2022.

Liliane Benetti

 

Lúcia Koch

 

Luiz Renato Martins

1) A Conspiração da Arte Moderna
O projeto de pesquisa A Conspiração da Arte Moderna que estuda o processo de formação da arte moderna a partir da Revolução Francesa, e engloba o curso histórico do modernismo até a emergência e a dissolução, inclusive, da Escola de Nova York (também dita expressionismo abstrato ou movimento da action painting), abrangeu até 2018 atividades didáticas em torno da disciplina Evolução das Artes Visuais, no âmbito da graduação, e vários cursos de pós-graduação, bem como pesquisas e atividades de mestrado e doutorado, no próprio PPGAV, mas também no PPGHE-USP e no IFCH-UNICAMP, além de acolher vários estudantes mexicanos, provenientes da UNAM, em regime de co-tutoria. Hoje, o projeto está voltado principalmente para atividades editoriais e apresentação de palestras correlatas em congressos e eventos universitários. Após a publicação do volume The Conspiracy of Modern Art (ed. e intr. Steve Edwards, trad. Renato Rezende, London/Leiden, Historical Materialism Book Series/ Brill, 2017), republicado pela editora Haymarket (Chicago), 2018, o projeto ora encontra-se voltado para a publicação da versão francesa La Conspiration de l´Art Moderne (ed. e intr. François Albera, trad. Baptiste Grasset, Paris, Editions Amsterdam, 2025), com apoio FAPESP, proc. 2018/26469-9. Em paralelo, desenvolvem-se tratativas para a edição brasileira do volume, possivelmente também em 2025. No meio tempo, 9 capítulos, dentre os 14 compreendidos no livro, foram publicados na íntegra (embora às vezes em partes sequenciais) e encontram-se disponíveis no site A Terra É Redonda < https://aterraeredonda.com.br/ &nbsp;      

2) A Era dos Genocídios
O projeto de pesquisa, que desdobra e desenvolve de vários modos elementos contidos nos projetos precedentes A Conspiração da Arte Moderna, Formação e Desmanche de um Sistema Visual Brasileiro e Centro de Estudos Desformas (provisoriamente inativo, com previsão de reabertura no segundo semestre de 2025), está voltado neste momento para a produção editorial já contratada, da publicação, na coleção Historical Materialism Book Series/ Brill, do livro The Age Of Genocides: Journal Of Notes And Images About The Global Civil War (trans. Nicholas Brown), com 20 capítulos e entrega da tradução acordada para 01.12.2026. O livro compreenderá 3 secções: “Genocídios”, com 4 capítulos; “Modernizações”, com 8 capítulos; e “Formas Objetivas”, com 8 capítulos. Reúnirá ensaios sobre filmes, obras de arte e o processo histórico, de 1945 à atualidade, nas economias centrais e nas periféricas, sujeitas a processos de modernização tardia e acelerada. Os capítulos já foram apresentados publicamente na forma de palestras e conferências, e a maioria foi publicada no site A Terra É Redonda, acima citado.

Madalena Hashimoto

Arte japonesa: espacialidades, temporalidades e inter-relações
O projeto de pesquisa do Grupo de Estudos Arte Ásia, a ser iniciado em fevereiro de 2022, tem por objetivo estudar as conexões e interações que ocorrem a partir de deslocamentos ora no eixo diacrônico, ora no sincrônico, abarcando temporalidades ou espacialidades distintas no que se refere à arte japonesa. Os diálogos estabelecidos enfocam inter-relações que podem ocorrer entre o Japão e outras regiões geográficas, como a relação Oriente-Ocidente ou a arte da diáspora japonesa; entre o Japão em diferentes territórios ou temporalidades, como a conexão entre arte tradicional, moderna ou contemporânea, incluindo- se vários campos artísticos. Pretendemos mapear e pensar como se transporta uma cultura a partir da sua produção e de seu local de origem a outros centros de recepção, como se tem vindo a traduzir transculturalmente o que se entende por arte japonesa e como esta estabelece diálogos com as de outros países, tanto ao lhes servir de inspiração quanto em sua participação de outros intertextos, intratextos, alusões/ comparações ou adaptações (em gêneros, meios e linguagens). Ou, ainda, considerar a recriação do universo japonês em contextos locais. Também pretendemos observar e analisar como a arte japonesa apropria-se das artes de outros países e de outras temporalidades, em movimentos de adaptação e recriação ao longo de tempos e espaços díspares, de maneira análoga à reflexão sobre intertextos, adaptações, e diálogos transculturais e transtemporais. Para tanto, valerá estudarmos alguns conceitos-chave à compreensão da transculturalidade, a qual nos levará à interpretação dos casos particulares destacados pelos pesquisadores ao longo do projeto.
GEAA Grupo de Estudos Arte Ásia
 Grupo inter-universidades: Unifesp (História da Arte) - Usp (Eca Artes Plásticas, Jornalismo e Cinema)

Marco Francesco Buti

1)    multiplicação e miopia (2012-atual)
Série de textos discutindo a inserção da estampa na história da arte, a partir das pesquisas para o curso de pós-graduação "Multiplicação e miopia: esboço não-científico de uma possível inserção da estampa na história da arte", ministrado de 2010 a 2013. As pesquisas para os textos e outros cursos continuam.

2)    que fazer da chuva, da sombra e da brisa? (2011-atual)
Este título agrupa, desde 2018,os vídeos elencados isoladamente em Outros Tipos de Projeto.

Marco Garaude Giannotti

Grupo de Pesquisas Cromáticas - Indagações sobre a Pintura Contemporânea

Mario Ramiro

Stereofônico: (2020 – atual)
A pesquisa procura mapear e documentar as produções de bandas de artistas, performances audiovisuais e a produção cultural resultante da intersecção entre arte e rock, um campo bastante fértil no plano criativo, mas ainda desprovido de reflexão crítica, teórica e histórica de maior envergadura. A produção brasileira é significativa desde os anos 80 e, mesmo assim, são poucas as pesquisas em âmbito nacional que tenham analisado esse fenômeno diverso e suas contribuições à arte contemporânea. O grupo pretende desenvolver estudos sobre as práticas históricas e contemporâneas desta interação, evidenciando o movimento de muitos artistas que, ao longo do século XX, transitaram entre os campos da arte e da música, produzindo manifestações artísticas e culturais que são chaves para a compreensão de uma época.

Martin Grossmann

1)    Fórum Permanente- FP: 
Plataforma “floating.org”, híbrida, interdisciplinar para a pesquisa, debate, exposição e conhecimento crítico relacionada ao grupo de pesquisa com a mesma denominação, associado ao IEA-USP e a ECA-USP, do qual sou líder, o FP promove a interação dos vários interesses e atuações propositivas e transformadoras associados ao sistema da cultura e arte contemporâneos. Um de seus principais objetos de estudo é o Museu de Arte em tempos de espetacularização e virtualização da cultura. Investe também em pesquisas e eventos relacionados ao campo da curadoria e culturadoria; da cultura material e da cultura na virtualidade; das ações, mediações e políticas culturais; da produção da arte contemporânea; entre outros.  Conta com um site especialmente planejado e operante para esse fim lançado em 2004: www.forumpermanente.org.
    
2)    Fórum Permanente 1.0:  Museus de Arte entre o Público e o Privado (2003-2013)
O Fórum Permanente atua como dimensão compartilhada para instituições culturais, seus dirigentes, corpo técnico e demais sujeitos que, direta ou indiretamente, conformam o campo cultural e artístico globalizado. Como uma plataforma para o debate crítico e um híbrido dos formatos de arquivo, centro de referência e museu, o Fórum Permanente documenta, observa e analisa criticamente as complexas dinâmicas do sistema da arte e da cultura, em particular as relações/tensões entre produção criativa e as instituições em tempos de espetacularização e virtualização da cultura. Este é o objetivo-chave, mas há, no entanto, um objetivo subliminar e formativo: o de contribuir, de forma significativa e mobilizadora, para o amadurecimento do contexto político-cultural das artes visuais em nosso país, por meio do incentivo de intercâmbios culturais, dentro e fora de suas fronteiras nacionais.

3)    Fórum Permanente 2.0: Sistema Cultural entre o Público e o Privado (2013-2024)
A partir da incorporação do Fórum Permanente ao Instituto de Estudos Avançados da USP objetivamos a criação e consolidação de um observatório crítico das produções artísticas e criativas na cultura e de como estas impactam as políticas públicas. Considerando que o Fórum Permanente, desde sua criação, desenvolve uma plataforma híbrida interdisciplinar por definição, em sintonia com o princípio estruturante do IEA, uma colaboração entre os saberes mais diretamente ligados a esta prática deve representar um intercâmbio rico e com possibilidades de desenvolvimento da transdisciplinaridade enquanto competência central para atividades ligadas à pesquisa. Para além disso, o arquivo do Fórum Permanente, produzido a partir da problematização de sistemas e produções culturais, pretende contribuir com a diversidade metodológica e de objetos relativos a pesquisas fundadas no Instituto. O Fórum Permanente pretende, neste novo ambiente acadêmico, dar continuidade ao modo de produção crítica que o caracteriza desde sua fundação. O contexto da universidade hoje representa um meio com a isenção necessária para a criação de um observatório crítico da produção artística contemporânea e suas conexões com a cultura, guardando distância estratégica - embora em conversa - dos sistemas e circuitos mercadológicos em que circulam estas produções e que também são meio de reformulação de nossa identidade e possibilidades de reelaboração de nossa cultura.

4)    Fórum Permanente 3.0: Crítica e Poéticas Culturais (2024-atual)
A  mudança do subtítulo do nome do grupo de pesquisa, de “Sistema Cultural entre o público e o privado” para “Crítica e Poéticas Culturais”, se deve a constatação de um diferencial orgânico a esta empreitada interdisciplinar do Fórum Permanente (iniciada em 2003) que é o do exercício da crítica no âmbito da cultura e das artes, bem como no institucional e acadêmico. O grupo interdisciplinar —devidamente reestruturado, como demonstrado no relatório de atividades— pretende ter um foco mais preciso e pertinente à realidade contemporânea da cultura e das artes, seja local, regional como mundialmente. Em tempos de guerras reais e culturais, questionamentos acerca do valor universal da arte e da validade de uma monocultura de origem colonial, ficam evidentes não só as tensões sociais, religiosas e culturais, como também as demandas por novas e renovadas epistemologias, que clamam pela ampliação da esfera do conhecimento e da cultura, assim como dos sentidos criativos fundamentais para a geração de poéticas transformadoras. Isso certamente exige investimentos na diplomacia cultural, institucional e acadêmica, mas também no aperfeiçoamento de modos de operação das críticas culturais e institucionais.

5)    Cátedra Olavo Setúbal de Arte, Cultura e Ciência (Cosacc) (2015-atual) 
Iniciativa do Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP) em parceria com o Itaú Cultural, a Cátedra tem por objetivo fomentar reflexões interdisciplinares sobre temas acadêmicos, artístico-culturais, científicos e sociais nos âmbitos regional e global. Para tanto conta com dois programas: 1) Redes Globais de Jovens Pesquisadores e 2) Líderes na Arte, Cultura e Ciência. 
http://www.iea.usp.br/pesquisa/catedras-e-convenios/catedra-olavo-setub…
 

Monica Tavares

A criação de próteses transformacionais como via para o fortalecimento da autoestima da recepção
O objetivo desta pesquisa é investigar artefatos modelados digitalmente e impressos em 3D a partir do exame dos procedimentos de recepção estabelecidos na dialética com a sua criação, de modo a apreender como o “material” e o “procedimento” adotados podem condicionar processos de customização. Os artefatos admitidos como objetos de estudo são as “próteses transformacionais”, mais especificamente as “próteses como esculturas corporais” (Tavares, 2021). As próteses transformacionais guardam referência à noção de “objeto transformacional” de Bollas (2015) e ao conceito de objectile de Deleuze (1991). Além de atenderem a uma demanda utilitária, as próteses transformacionais como esculturas corporais se manifestam como peças artísticas tridimensionais anexadas ao corpo, passíveis de serem esteticamente customizadas pelo receptor e de agirem como meio de transformações física e psíquica de modo a fortalecer sua autoconfiança. A pesquisa se sustenta em investigação bibliográfica, seleção e análise de objetos de estudo, visitas a laboratórios de projeto e fabricação de próteses e, não menos importante, em uma etapa de laboratório que inclui o projeto e a fabricação de protótipo de superfície de revestimento para antebraço funcional de membro superior, tomando em consideração as demandas ergonômicas, estéticas e psíquicas de um usuário a ser selecionado. A pesquisa contempla relação transdisciplinar entre as seguintes áreas: Artes, Design, Mecatrônica e Medicina, favorecendo novos pontos de vistas do problema a ser investigado, a saber: como a criação de sistema(s) de design, sustentado(s) nas noções de objectile e de prótese transformacional pode(m) possibilitar, por meio da modelagem computacional 3D e da impressão 3D, processos de customização de próteses de membro superior, promovendo ou reiterando a autoestima dos indivíduos que as utilizarão?  Acredita-se que esta pesquisa impactará os estudos das relações entre criação e recepção nos universos da arte e do design digitais, visto que pretende inserir o usuário como agente de customização de sua própria prótese. Esta pesquisa pode vir a preencher, no contexto acadêmico nacional (e, quiçá, internacional), lacunas no tocante à pesquisa e ao desenvolvimento de próteses que contemplem o duplo viés: funcional e estético. Como resultado, serão desenvolvidos o projeto e a fabricação de protótipo de superfície de revestimento que envolve a estrutura funcional de antebraço de membro superior, assim como se dará a divulgação da pesquisa por meio da publicação de artigos e da participação em eventos acadêmicos. 

Norma Grinberg

Orgânicos, Simétricos, Dinâmicos, Instáveis
 

Regina Machado

Manifestações das Artes da Palavra Oral em diálogo com outras Formas Artísticas em contextos Arte Educativos contemporâneos.
Partindo da investigação teórico poética da Abordagem Triangular para o ensino e aprendizagem da Arte formulada por Ana Mae Barbosa, esta pesquisa tem se desenvolvido em diversas direções e tipos de manifestações, a saber: - colóquios, seminários, encontros internacionais no Brasil e no exterior, performances artísticas, investigações individuais e trabalhos coletivos em grupos de estudos. O grupo de estudos Cinco Pontas( de 2018 até hoje) dedica-se: -ao levantamento e aprofundamento de temas e questões que envolvem a produção cultural e educativa de narrações orais dentro e fora do ambiente escolar, -a processos de criação narrativa ancorados nessas pesquisas, resultando na realização de formas poéticas apresentadas para publico adulto e infantil,  -à produção de textos reflexivos publicados em livros que registram ações dos integrantes do grupo ( 2 livros até 2024) e trabalhos coletivos de compartilhamento com públicos de educadores, contadores de histórias e público em geral. 
O Encontro Internacional Boca do Céu de contadores de histórias, ( desde 2001, última edição em 2024) tem sido concebido bienalmente como fruto das ações descritas acima, também estruturado enquanto evento cultural e educativo a partir da Abordagem Triangular : durante sete dias , reunindo artistas de múltiplas áreas que atuam  muitas vezes interdisciplinarmente, o Boca do Céu dispõe diferentes situações de aprendizagem artística que podem convocar  a percepção crítica e o enlevo estético de um número cada vez maior de participantes que chegam de regiões do norte ao sul do país e do exterior. As questões que orientam a curadoria de cada edição são forjadas nos trabalhos do Grupo de estudos que se reúne mensalmente no Paço do Baobá- Centro de Pesquisa de Oralidades e Aprendizagens Artísticas. Os objetivos desta pesquisa estendem-se para trocas de compartilhamentos com artistas e educadores de outros países.  Além da presença internacional em todas as edições do Encontro Boca do Céu, trazendo propostas narrativas bastante distintas da Europa, Américas e Ásia, as nossas produções brasileiras também são levadas para o exterior. Como exemplo cito as participações  teóricas e poéticas que tive durante o Colloque “ Les sources de l´Oralité” realizado pela Fédération de Conteurs Professionnels de Belgique em setembro de 2019 em Bruxelas. Os trabalhos acima citados e outros contextos de aprendizagem que são frutos desta pesquisa, manifestam-se como desdobramentos do foco central do trabalho que realizo na Universidade de São Paulo, enquanto representante de um movimento que visa a fundamentação da Arte da  Palavra Oral dentro da aprendizagem artística contemporânea.

Sílvia Laurentiz

1)   Pensamento Conformado e a Arte no contexto dos procedimentos de lógica algorítmica e IA. (2023 - Atual)
Em nosso cotidiano, exercitamos e praticamos extensivamente o raciocínio lógico-abstrato-simbólico, que chamamos de 'pensamentos conformados', autocontrolados e deliberados, fruto de conceitos, modelos de conhecimento de uma cultura ou grupo, e isso significa que estamos nos adaptando e mudando hábitos, comportamentos, crenças e ações. Por consequência, isto causará mudanças em nossa maneira de pensar. O principal interesse deste projeto é apresentar um modelo representacional promovido pelo processamento de informações que seja capaz de apontar questões sobre algoritmos computacionais, em particular a Inteligência Artificial, e apresentar a contribuição da arte e dos procedimentos criativos nesse processo. Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP - Bolsa.
    
2)    Realidades Mistas - da realidade tangível à realidade ontológica. (2010 - Atual)
Dos ambientes de realidade virtual aos de realidades mistas e aumentadas; das mobilidades cíbridas à computação ubíqua; das representações às simulações e emulações, podemos encontrar um amplo espectro que contempla de games, a sites, arte interativa e instalações, e que desafiam e redirecionam o termo realidade. Visto que o material sobre o assunto em português é bastante escasso, e havendo uma carência de iniciativas institucionais firmadas sob critérios acadêmicos, que venham a ser capazes de analisar esta produção contemporânea dos últimos anos, este grupo de pesquisa pretende periodicamente: 1. Viabilizar publicações e/ou encontros e seminários sobre o tema pela ótica da arte; 2. Compilar um conjunto significativo de documentos e um acervo relativo ao tema principal e seus correlatos, buscando contribuir para o fomento de dissertações de mestrado e teses de doutorado; 3. Produzir fontes primárias de pesquisa (entrevistas e tomadas de depoimentos de artistas e agentes ligados ao meio artístico e cultural, cuja trajetória se demonstre relevante ao estudo da arte e tecnologia e que justifique questões sobre realidades mistas), que ficarão disponibilizadas pela Internet ou outros locais de livre acesso às pesquisas à comunidade acadêmica; 4. Convidar pesquisadores, professores e artistas especialistas sobre questões da arte e ciência a participar do grupo ocasionalmente de acordo com a área específica a ser estudada; 5. Apresentar à comunidade acadêmica os resultados parciais e finais das pesquisas desenvolvidas por este Grupo, no intuito de criar instrumentos de avaliação continuada de seus resultados. Projeto vinculado ao Grupo de Pesquisa Realidades - da realidade tangível à realidade ontológica (https://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/33387).

Sônia Salzstein

O modernismo tardio de Alfredo Volpi, (1896-1988). (2021 – atual)
A pesquisa discute a obra de Alfredo Volpi, em especial as pinturas que o artista realizou na década de 1960, como lugar emblemático das tensões e contradições que perpassam o modernismo “tardio” brasileiro, especialmente a partir dos meados daquela década.  Nesses anos Nos anos 1960, a matéria da pintura de Volpi torna-se mais liquefeita, dissolvendo-se a antiga frontalidade de seus arranjos e a disposição serial dos elementos. A obra afrouxa, enfim, sua célebre qualidade tectônica. O pintor começa a recorrer com frequência ao uso do pigmento negro, que passa a oferecer profundidades indeterminadas, superfícies de textura porosa e aveludada. A discussão da obra de Volpi incursiona pelo cenário artístico e cultural brasileiro do período, buscando situar – e interrogar – essa obra numa história do modernismo em escala mundial, à luz do debate mais amplo do “atraso” brasileiro. São encontrados nexos formais significativos da obra de Volpi com alguns trabalhos que à época surgem no cinema e na canção popular brasileira. O trabalho implica o reexame do acervo do pintor nos museus de São Paulo como também a revisão de material documental relativo à obra (nos arquivos do IEB, MAC, MAM, Centro Cultural São Paulo – antigo IDART, entre outros).

Sumaya Mattar

1)    Acervo de múltiplas vozes: registro, preservação e disseminação de narrativas de experiências com arte e educação
O projeto visa, por um lado, coletar, preservar e disseminar narrativas que fomentem ações educativas voltadas à diversidade de códigos estéticos e à multiplicidade de formas de aprender arte e de expressão não alinhadas com as perspectivas hegemônicas, por outro lado, pretende operar diretamente na formação inicial e continuada de pesquisadores e professores de arte. Parte do projeto é desenvolvida na disciplina de graduação História do Ensino da Arte no Brasil: trajetória política e conceitual e questões contemporâneas, que foi oferecida cinco vezes desde 2018, e propõe a realização de um projeto de história oral - individual ou em grupo - que envolve entrevistas com pessoas que pensam e praticam o ensino e a aprendizagem da arte em chave expandida. A disciplina envolve estudos teóricos sobre o ensino de arte no Brasil, a abordagem da História Oral e as teorias pós-colonialistas do currículo, além da temática específica extraída do universo de cada entrevistado. As entrevistas são transcritas pelos estudantes-pesquisadores, que também preparam um audiovisual ou um podcast e escrevem um capítulo da série de livros lançada em 2021, denominada "Acervo de múltiplas vozes: narrativas de experiências com arte e educação", publicada no Portal de Livros Abertos da USP. A 1a fase da pesquisa se voltou para a organização dos dados no repositório digital Acervo de Múltiplas Vozes: narrativas de experiências com arte e educação, do Portal GMEPAE, inaugurado em maio de 2022, para amplo acesso a pesquisadores, professores, estudantes, artistas e demais interessados. A 2a fase foi dedicada à análise desses materiais, com a colaboração de 4 bolsistas PUB, dando origem a artigos que foram apresentados no 15 Encontro Regional Sudeste de História Oral: Memória, corpo, mundo, realizado na EACH/USP. A 3a fase, em desenvolvimento, é destinada à produção de materiais de apoio a professores a partir dos universos simbólicos e culturais das pessoas entrevistadas. Outros desdobramentos do projeto, como ações educativas desenvolvidas pelos licenciandos em escolas públicas, concebendo e realizando projetos de ensino advindos das temáticas estudadas, bem como seus trabalhos de conclusão de curso, que começam a tangenciar tais discussões. Links para acesso aos 02 ebooks publicados, vinculados ao projeto:  link + link
    
2)    Sistema formativo Cartografias de si: uma perspectiva metodológica para a formação de educadores
Organização da base teórica  e aprofundamento de ações que presidem o Sistema Formativo Cartografias de si, que vimos construindo há mais de dez anos junto a diversos grupos de estudantes, professores e pesquisadores participantes de nossos cursos de graduação e de pós-graduação na Universidade de São Paulo. A perspectiva em questão se desenvolve em torno de dispositivos cartográficos que envolvem múltiplos procedimentos, linguagens e materialidades e se desdobram em reflexões e produções artísticas e didáticas propulsoras de deslocamentos e rupturas nas representações e nas práticas de professores, pesquisadores e estudantes. Foram publicados vários artigos com resultados parciais da pesquisa, e um ebook, com contribuições de pós-graduandos participantes da turma de 2021 da disciplina "Arte, experiência e educação, cartografias de si", com acesso pelo link:

3)    GMEPAE
O Grupo Multidisciplinar de Estudo e Pesquisa em Arte e Educação – GMEPAE, criado em 2010, é vinculado ao Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da USP. De sua composição fazem parte docentes do ensino superior, estudantes de graduação e de pós-graduação, professores da Educação Básica, pesquisadores e artistas. O principal objetivo do grupo é a condução de pesquisas teóricas e experimentais relacionadas aos conteúdos, metodologias e princípios que fundamentam o ensino das artes na instituição escolar, no ensino superior e nas demais instituições como museus, organizações da sociedade civil, projetos sociais e centros culturais, em uma perspectiva decolonial e multidisciplinar, bem como projetos de extensão e pesquisas sobre os processos conceptivos e construtivos da práxis educativa criadora, tendo como objetivo estimular a reflexão acerca da aprendizagem artística e os processos por meio dos quais o conhecimento da arte é construído por crianças, adolescentes,  adultos e pessoas idosas.

Diretório do Cnpq: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/0548505028756168
Portal GMEPAE:  https://gmepae.com.br/
Canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCImaaHfejMGHnESrXbx040w
Facebook:  https://www.facebook.com/grupodeestudoarteeducacao/
 

Tadeu Chiarelli

1)    Arte e Fotografia no Brasil - Séculos XIX e XX (2004 – Atual)
Desde 2004, o Grupo se reúne semanalmente para leitura de textos relativos às metodologias da história da arte. A partir de 2005, além da continuidade das leituras o Grupo realiza seminários internos, convidando pesquisadores ligados às áreas de história da arte, história, antropologia e outras. Todos os seminários apresentam dados relativos ao estudo da imagem (fotográfica ou não). Em 2006, o Grupo, desenvolve o projeto de curso de extensão universitária "Reflexões sobre a fotografia no Brasil a partir do pós-guerra", ministrado por suas então integrantes Carolina Soares, Daniela Maura Ribeiro e Heloisa Espada. O curso visava apresentar ao público os primeiros resultados das pesquisas desenvolvidas a partir de suas reuniões. No 1º semestre de 2007, o coordenador do grupo e a Profª Dária Gorete Jaremtchuk ministram a disciplina de Pós-Graduação "Fotografia e Museu: a absorção da fotografia nos anos de 1960/1970 pelos museus de arte de São Paulo". Em 2014, o coordenador, contando com a colaboração de seus membros, ministrou o curso de pós-graduação? Projetos, Propostas e Métodos para uma Arte Nacional Brasileira nos Séculos XIX e XX, em dois módulos, visando a ampliação do debate sobre a historiografia de arte brasileira. Entre 2006 e 2014, o Grupo organizou o Seminário Arte, Cultura e Fotografia, convidando pesquisadores, artistas e críticos de diversas regiões do Brasil - e desde 2010, da América Latina -, configurando-se como um painel atualizado das investigações desenvolvidas neste campo do conhecimento. O evento é constituído de apresentações de três naturezas: 1. Conferências de pesquisadores reconhecidos; 2. Depoimentos de artistas seguidos do comentário crítico de especialistas na área; 3. Comunicações de pesquisas recentes. O Grupo também se dedica à edição da revista Boletim, que apresenta os anais dos seminários Arte, Cultura e Fotografia, traduções de textos relevantes para a história da arte no Brasil, além de resultados de pesquisas de graduação e pós-graduação, encontrando-se em seu 8º número, que aguarda publicação. A partir da pandemia da COVID-19, até o presente, o Grupo continuou online seus encontros semanais.

2)    O monumento às Bandeiras como processo: do presente ao passado (2107- atual) 
O projeto, tendo como foco a obra “Monumento às Bandeiras”, de Victor Brecheret, situado no Parque Ibirapuera de São Paulo e inaugurado em 1953, pretende levantar material e refletir sobre o processo de concepção daquela obra, ainda nas primeiras décadas do século passado, assim como sua recepção, desde quando foi inaugurada até o presente momento. Interessa perceber o processo de ressignificação pelo qual vem passando o Monumento, junto, tanto à comunidade, quanto aos artistas que, desde os anos 1950, vêm se utilizando do Monumento ou sua imagem para a produção de novas obras de arte.