Mayza Bendinskas, da Comissão de Inclusão e Pertencimento da ECA
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Nos dias 13 e 27 de maio, a Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP) da ECA realizou duas rodas de conversa com a comunidade ecana, no Auditório Paulo Emílio. Essas atividades abordaram temas distintos, com o intuito de promover um olhar para o bem-estar e o letramento sobre questões psicológicas, e estavam ligadas tanto ao Dia da Luta Antimanicomial, 18 de maio, quanto ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Neurodiversidade e inclusão
À esquerda, André Buccieri, e, à direita, Daniel Malva. Foto: Clarissa Almeida, com edição de Mayza Bendinskas.
No dia 13, o evento Neurodiversidade e Inclusão: Roda de Conversa teve como convidados o artista visual e pesquisador da Unesp em Artes, Linguística e Narrativas Especulativas, Daniel Malva — que também é autor de obras como Sistema, Código, Existência: Uma Autoetnografia Autista Através dos Arquivos e Fronteiras da Expressão: Mundos Criados e Realidades Vividas através da Neurodivergência - e André Buccieri, estudante de Educomunicação da ECA e fundador do cursinho Estudos Intensivos para Tensos e Ansiosos (E.I.T.A), projeto de extensão voltado para estudantes de escola pública em vulnerabilidade psicológica.
A presidente da CIP, professora Daniela Osvald Ramos, do Departamento de Comunicações e Artes (CCA), abriu o encontro e passou a palavra para Daniel, que compartilhou com os demais presentes a sua pesquisa sobre o sistema de codificação de sensações e pensamentos desenvolvido em sua infância, quando ainda não havia sido diagnosticado com TEA. Ele também falou sobre a sua trajetória acadêmica e como foi o descobrimento do transtorno. O artista foi seguido por André, que relatou as suas vivências como estudante neurodivergente e professor de Filosofia na rede pública de ensino e exibiu algumas das produções do Movimento Mário Juruna, concluindo sua fala com a história do surgimento do Cursinho E.I.T.A. Ao fim, a conversa foi aberta entre todos presentes e houve uma rica troca de vivências e reflexões.
Políticas de Saúde Mental na USP
Professor Ricardo Teixeira. Foto: reprodução/ Lattes.
No segundo evento, Políticas de Saúde Mental na USP: Inclusão, Pertencimento, Desafios e Limites, que ocorreu no dia 27 de maio, Ricardo Teixeira, docente da Faculdade de Medicina (FMUSP), médico sanitarista e diretor de Saúde Mental da Pró Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), começou dividindo com os participantes a história e a estruturação da PRIP. A partir de então, a saúde mental e a diretoria correspondente da Pró-Reitoria foram o principal objeto de sua fala: ele apresentou a abordagem de saúde mental aplicada pela USP (Perspectiva Institucionalista), que vai além do atendimento psicológico e busca propiciar o bem-estar psicológico a partir da qualidade de vida. Ele apresentou também os dados sobre condições psicológicas da comunidade USP e o seu levantamento; e o Programa ECOS - Escuta, Cuidado e Orientação em Saúde Mental, que realiza atendimento pontual e encaminhamento sobre o assunto.
"Maio é o mês da saúde mental segundo o calendário da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento e uma oportunidade para promovermos eventos que discutam estes temas. Assim, a CIP da ECA debateu sobre a necessidade de, por um lado, ampliar o letramento da comunidade sobre neurodivergência, promovendo a roda de conversa. Por outro lado, existia a necessidade de conhecermos mais profundamente as políticas de saúde mental da PRIP, o que foi cumprido no segundo evento.”
Daniela Osvald Ramos, presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento.
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