Graduação Musica

Dados do curso

Música – Bacharelados e Licenciatura

Possui prova de habilidades específicas

Coordenador: Prof. Dr. Luiz Ricardo Basso Ballestero

O Departamento de Música (CMU) abriga a Licenciatura e o Bacharelado em Música, este último compreendendo habilitações em Canto e Arte Lírica, Composição, Regência e Instrumento. A habilitação em Instrumento, por sua vez, divide-se nas áreas de Cordas (com ênfase em Viola, Violino ou Violoncelo), Cordas Dedilhadas (com ênfase em Viola Brasileira e Violão), Sopro (com ênfase em Clarinete, Clarone, Fagote, Flauta, Oboé, Trombone, Trompa, Trompete e Tuba), Teclado (com ênfase em Órgão e Piano) e Percussão.

Os cursos se iniciam com disciplinas fundamentais comuns a todas as áreas, como Harmonia I, Contraponto I, História da Música I e Percepção Musical I, que permitem ao aluno aprimorar conhecimentos teóricos e desenvolver habilidades perceptivas e capacidade de concentração e escuta musical.

O CMU se caracteriza como um ambiente de troca de experiências entre cantores, instrumentistas, compositores, regentes, educadores musicais e pesquisadores, e realiza apresentações musicais abertas que, além de proporcionar experiência de palco aos estudantes, promovem a interação com os demais cursos da USP e com o público em geral. 

O Departamento dispõe de salas de estudos, salas de percussão, auditório, estúdio de gravação e salas de aula coletivas e individuais, equipadas com piano e multimídia. Abriga também oito laboratórios, que proporcionam aos alunos experiências práticas em suas áreas de estudo e articulam atividades complementares às disciplinas regulares da graduação.

O aluno ainda pode complementar sua formação com matérias optativas e eletivas, que pode cursar em qualquer uma das unidades de ensino da USP (até mesmo em outros campi, como a USP Leste e o Quadrilátero Saúde-Direito), aprofundando-se em conhecimentos que sejam de seu interesse nas áreas de Humanas, Exatas e Biológicas. 

O corpo docente do CMU conta com renomados professores, tanto no âmbito artístico como no campo teórico e pedagógico. A produção artística do Departamento agrega estudantes e professores em atividades musicais de alto nível.
A internacionalização do curso se dá a partir de convênios com instituições de ensino superior estrangeiras e envolvem docentes, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, o que permite que os estudantes realizem parte de seus estudos no exterior e, também, a recepção de alunos estrangeiros no Departamento. 

Ingresso no curso de Música

O ingresso nas diferentes opções que o departamento oferece, tanto na Licenciatura quanto no Bacharelado, se dá por meio do vestibular FUVEST e de uma prova de habilidades específicas elaborada por uma comissão de professores do CMU, que compreende uma prova teórica (que avalia conhecimentos na área de percepção musical, harmonia, análise e história da música), uma prova prática (incluindo solfejo e prática musical ao instrumento) e uma entrevista realizada por uma banca específica relacionada à área da habilitação, visando conhecer o candidato, seu histórico enquanto estudante de música e suas aspirações na carreira. 
Dentre os pré-requisitos exigidos do candidato e avaliados por meio da prova de habilidades específicas estão uma ampla formação acerca dos conceitos, princípios e teorias da música, assim como o conhecimento do repertório e da técnica instrumental. Esses pré-requisitos são necessários para que o aluno ingressante esteja habilitado a construir um percurso de aperfeiçoamento de seus estudos, almejando a construção de uma carreira consistente.

Cada uma das vertentes do curso apresenta determinadas peculiaridades em sua prova específica. Os candidatos ao curso de Composição, por exemplo, devem apresentar uma composição original de sua autoria, enquanto o candidato à Licenciatura deve, na fase prática do exame, responder a uma prova oral acerca de seus conhecimentos em educação musical. As peculiaridades de cada área e a bibliografia exigida para a fase teórica podem ser encontradas no Manual da FUVEST, lançado anualmente.  

Licenciatura em Música

A Licenciatura tem como objetivo formar professores de Música para o Ensino Básico (educação infantil, ensino fundamental e médio), além de oferecer uma formação profunda tanto no campo musical quanto no campo da pedagogia da música e da pedagogia em geral, para que este profissional possa estender suas competências a áreas afins e desenvolver projetos interdisciplinares, nas interfaces entre a pesquisa em educação musical e outras áreas do conhecimento. O ingresso dos alunos na Licenciatura é direto, isto é, não tem o Bacharelado como pré-requisito.

O profissional está apto também a desenvolver materiais didáticos no campo da música, compor peças didáticas, realizar estudos musicais em situações de ensino, desenvolver novas tecnologias no campo do ensino da música que promovam maior acessibilidade, dentre outras formas de interação com atividades ligadas ao ensino e a sua gestão, associadas ao campo da música. 
O candidato deve possuir formação ampla acerca dos conceitos, princípios e teorias da música, assim como sobre a área da educação musical, mais especificamente. Deve também estar envolvido em atividades práticas em uma ou mais áreas da música, apresentando habilidades como instrumentista ou cantor. Esses pré-requisitos são avaliados por meio da prova de habilidades específicas, de modo que o aluno possa construir um percurso de aperfeiçoamento de seus estudos.

Quer saber mais?

Acesse o menu ao lado e conheça o curso de Música. Para mais informações, consulte a página do Departamento de Música.

Formação na Licenciatura 

O aluno, ao longo da graduação, passará por diversas instâncias próprias do conhecimento específico em música, como percepção musical, improvisação e composição, práticas instrumentais e vocais, regência coral, conhecimento das técnicas de notação e leitura musical, história da música erudita e popular, análise musical, harmonia e contraponto, confecção de instrumentos musicais para uso didático e etnomusicologia, dentre outros conhecimentos que o estudante deve ser capaz de articular no âmbito educacional. 


O curso, que também conta com disciplinas ministradas na Faculdade de Educação da USP, apresenta uma metodologia pautada em dinâmicas ativas e participativas, que incluem a realização de seminários, pesquisas de campo, visitas a escolas, simulações em laboratório, realização de colóquios e seminários de pesquisa e o incentivo à Iniciação Científica na área da educação musical. O Laboratório de Educação Musical do Departamento de Música atua como um polo agenciador dessas atividades.


Os alunos também participam de estágios supervisionados obrigatórios, que propiciam a complementação do ensino e da aprendizagem. A carga horária deve ser realizada em escolas conveniadas e, caso haja a possibilidade de contar com turmas de crianças e adolescentes no Laboratório de Educação Musical, uma porcentagem deste estágio pode ser realizada no próprio CMU. 

Bacharelado em Música com Habilitação em Canto e Arte Lírica

A habilitação em Canto e Arte Lírica forma cantores aptos a atuar profissionalmente nos âmbitos nacional e internacional, na prática do repertório vocal solo, de câmara, coral, operístico e sinfônico, ou em atividades correlatas, além de preparar o aluno para o ensino e a pesquisa. 


Mantendo constante a integração com as manifestações culturais da sociedade e com as demandas do meio profissional, o curso promove atividades voltadas à música contemporânea, musicologia histórica, etnomusicologia, sonologia, eletroacústica e ensino de performance musical. 

Formação em Canto e Arte Lírica

O Bacharelado em Música com habilitação em Canto e Arte Lírica é organizado no período ideal de oito semestres, ao longo dos quais busca promover o desenvolvimento, a prática e a reflexão a respeito da técnica e da performance. 
Os conteúdos específicos de Canto buscam, por meio de trabalhos práticos e teóricos, desenvolver nos graduandos a coordenação técnica entre o aparelho respiratório, o aparelho fonador e os ressonantes, além de promover o domínio de um significativo repertório vocal e de aspectos fonéticos, lexicais e dramáticos. Promovem também o contato do aluno com noções estéticas, estruturais, estilísticas e críticas da interpretação musical. 
Os estudantes têm a prática vocal como principal produto nas disciplinas de Canto, Canto Coral, Prática de Repertório de Canto e Montagem de Ópera, e são avaliados semestralmente pelos professores ministrantes ou por uma banca formada por professores e/ou profissionais da área, que levam em conta o desenvolvimento do aluno nos aspectos técnicos e artísticos estabelecidos pelos programas das disciplinas. 

Habilitação em Composição

A habilitação em Composição forma compositores aptos a atuar profissionalmente nos âmbitos nacional e internacional, com domínio pleno da escrita musical em suas variadas vertentes: instrumental, vocal, eletroacústica e digital, além de práticas experimentais de improvisação. Propõe-se também a preparar o estudante para o ensino e a pesquisa, práticas fundamentais à carreira de um compositor, na busca por novos modos de escrita, produção e difusão do conhecimento musical. 
Espera-se do graduando a capacidade de articular o conhecimento das disciplinas tradicionais relacionadas à composição (o contraponto, a harmonia, a orquestração, o solfejo) com aquelas das novas tecnologias de criação musical, além de um grande envolvimento com a composição e com a pesquisa, lembrando ser a composição a área que sempre esteve atada à produção conceitual da música. Este desdobramento conceitual traduz a forte presença interdisciplinar da área, que demanda do profissional uma busca pela atualização constante.

Formação em Composição

A graduação, organizada no período ideal de dez semestres, busca promover o contato dos estudantes com o amplo quadro de estratégias de criação musical, com enfoque nas práticas recentes da composição, estabelecendo diálogos com núcleos de criação musical no Brasil e no exterior.
As disciplinas de Criação Musical e Composição estimulam uma prática composicional colaborativa com estudantes dos cursos de instrumento desde os primeiros anos de graduação. Assim, além do exercício da escrita, dos modos de elaboração, desenvolvimento e encadeamento das ideias musicais, os alunos também aprendem a atuar, desde os seus primeiros trabalhos, em interface com a área de performance musical, por exemplo, na condução de ensaios de suas próprias obras e na realização da música em situação de concerto.
Nestas disciplinas, os alunos têm como principal produto a prática composicional, avaliada de acordo com as estratégias composicionais e ferramentas básicas abordadas no semestre. Esses trabalhos compõem o portfólio do estudante, um importante instrumento para seu ingresso em cursos de pós-graduação e no meio profissional.

Habilitação em Regência

A habilitação em Regência forma regentes corais e orquestrais aptos a atuar profissionalmente nos âmbitos nacional e internacional. Busca também preparar o aluno para as áreas de ensino e pesquisa, promovendo atividades que desenvolvem uma visão de educador no futuro regente. 
Os estudantes têm a oportunidade de reger grupos em diversos laboratórios, nas áreas coral e instrumental. O Comunicantus: Laboratório Coral, por exemplo, mantém seis diferentes coros, ligados a disciplinas obrigatórias ou optativas. Já o Laboratório de Música de Câmara (LAMUC) oferece oportunidades ligadas à regência orquestral, para que os estudantes conheçam e tenham experiências com as possibilidades e necessidades de cada instrumento. 

Formação em Regência

A graduação é organizada em doze semestres, ao longo dos quais visa aperfeiçoar a formação teórica, a prática e a performance do futuro regente, oferecendo disciplinas que abrangem habilidades nos campos vocais e instrumentais. A partir do quinto semestre, o graduando tem a oportunidade de reger, semestralmente, alguns dos grupos corais ou instrumentistas, como parte de disciplinas obrigatórias ou optativas.
Além dos processos de avaliação próprios a cada disciplina teórica, os alunos têm a prática regencial como principal produto nas disciplinas de Regência Coral, Regência Orquestral, Repertório Coral e Repertório Orquestral, sendo avaliados semestralmente por professores da área. O processo de avaliação leva em conta o desenvolvimento do aluno nos aspectos técnicos e artísticos estabelecidos pelo programa da disciplina, sua comunicação pessoal e gestual com o grupo que está regendo e a profundidade da conexão entre a concepção interpretativa e o resultado apresentado. 
Ao final da graduação, além da defesa do trabalho de conclusão de curso, o aluno deve reger um Recital de Final de Curso.

Habilitação em Instrumento

A habilitação em Instrumento, em suas variadas ênfases, forma instrumentistas aptos a atuar profissionalmente em âmbito nacional e internacional, na prática de repertório solo, de câmara, orquestral e em atividades correlatas. Procura, também, preparar o estudante para o ensino e a pesquisa, práticas fundamentais à carreira do instrumentista, na busca por novas abordagens técnicas. 

Formação em Instrumento

A graduação, organizada no período ideal de oito semestres, traz disciplinas relacionadas à técnica instrumental e à prática de repertório solista, camerístico e orquestral, com um embasamento teórico que proporciona reflexões a respeito da técnica e da performance.
O curso aborda as principais tendências técnico-interpretativas históricas e contemporâneas, bem como outros campos do conhecimento musical – como história, análise, teoria e filosofia da música – e suas intersecções com a performance, de modo que o aluno tenha pleno domínio do instrumento e seja capaz de realizar trabalhos nos mais diversos gêneros. Além disso, espera-se que o aluno domine conhecimentos básicos de didática e metodologia de pesquisa, para o exercício das funções de professor de instrumento e pesquisador. 
Os estudantes devem apresentar recitais no meio e no final de curso, além da defesa do trabalho de conclusão de curso. 
 

Atividades extracurriculares na USP

No âmbito do CMU, há frequentes eventos acadêmicos com docentes e artistas estrangeiros, como master classes, concertos, workshops, palestras, cursos de pequena duração e simpósios, que contam com o auxílio financeiro da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) e agências nacionais e internacionais como CAPES, FAPESP e British Academy. Tais atividades situam o CMU no cenário nacional e internacional, divulgando a produção acadêmica e artística do Departamento e abrindo portas para a realização de novos projetos e para a captação de recursos em agências externas de estímulo à pesquisa. 


Os alunos de Música podem participar de diversos concursos e editais realizados em âmbito universitário, tanto como forma de exibir seu trabalho, quanto de conseguir, por meio dos prêmios, verbas para a realização de projetos. Um dos exemplos é o Programa Nascente, realizado pela PRCEU, concurso que premia projetos artísticos nas áreas de Música Erudita, Música Popular, Artes Visuais, Artes Cênicas, Audiovisual, Design e Texto e expõe seus vencedores e menções honrosas no Circuito Nascente, trazendo-lhes grande visibilidade. 

Áreas de atuação e mercado de trabalho

Um profissional formado em Música encontra um vasto campo de atuação, de acordo com a habilitação que escolheu. Os profissionais graduados na Licenciatura podem atuar como professores de música no ensino básico (educação infantil, ensino fundamental e médio).

Graduados em Canto e Arte Lírica podem atuar como solistas, integrantes de grupos vocais e corais, preparadores vocais de coros e de espetáculos cênicos musicais. Graduados em Composição podem trabalhar com criação e escrita musical em diversas vertentes, como música instrumental, vocal, eletroacústica e digital.

Os profissionais graduados em Regência podem atuar como maestros ou diretores de corais, orquestras e grupos de câmara. Já os graduados em Instrumento podem se inserir no mercado de trabalho como músicos solistas, instrumentistas de orquestras, bandas e grupos de câmara.

Um campo comum a todas as vertentes do curso é o da pesquisa e ensino: além do estímulo à pesquisa como forma de manter uma constante atualização nas técnicas e práticas de sua área, os cursos se propõem a desenvolver no aluno uma visão de educadores daquilo que estudaram.