Pós-Graduação | Programa de Pós-Graduação em Música

O Programa de Pós-graduação em Música caracteriza-se pelo compromisso com a excelência no ensino e na pesquisa, o que se reflete na composição de seu corpo docente, em suas linhas de pesquisa e em suas estruturas curriculares. Tem por objetivo promover estudos musicais inovadores, que incorporem a pesquisa e a prática em vários âmbitos da música nos níveis de mestrado e doutorado.

O Programa visa oferecer aos profissionais, docentes e pesquisadores de Música, uma formação que os qualifique a atuar de maneira crítica e reflexiva, com ênfase na especificidade artística da área.

Escopo

O Programa de Pós-graduação em Música caracteriza-se pelo compromisso com a excelência no ensino e na pesquisa, o que se reflete na composição de seu corpo docente, em suas linhas de pesquisa e em suas estruturas curriculares. Tem por objetivo promover estudos musicais inovadores, que incorporem a pesquisa e a prática em vários âmbitos da música nos níveis de mestrado e doutorado. O Programa visa oferecer aos profissionais, docentes e pesquisadores de Música, uma formação que os qualifique a atuar de maneira crítica e reflexiva, com ênfase na especificidade artística da área.

O Programa de Pós-Graduação em Música da USP tem como objetivos: 

  • a formação de pessoal qualificado para o exercício das atividades de pesquisa e de docência no ensino superior na área de Música; 
  • o desenvolvimento de pesquisas que gerem novos conhecimentos; 
  • o fomento da produção acadêmica (bibliográfica, técnica e artística) em música e suas interfaces.

O Programa de Pós-Graduação em Música está organizado de acordo com duas áreas de concentração - Musicologia e Processos de Criação Musical - as quais, por sua vez, têm como focos de estudos as linhas de pesquisa especificadas a seguir: 

 
Área de Concentração: Musicologia

Aborda questões que apontam para conceitos históricos, estéticos e teóricos em seu contexto cultural. Compreendemos a Musicologia num sentido amplo, abrangendo estudos em teoria da música, teoria da composição, análise musical, estética musical, crítica, história da música e etnomusicologia. Assim, entendemos que a área não deve se restringir à música de concerto de tradição ocidental, mas deve abranger também as manifestações de outras culturas musicais, com especial atenção às várias manifestações da música brasileira, campos em que o Departamento de Música da ECA-USP tem historicamente desenvolvido pesquisas consistentes.

A Área de Musicologia está organizada em duas Linhas de Pesquisa: Teoria e análise musical; Musicologia e etnomusicologia.

Teoria e análise musical

As teorias musicais têm sido desenvolvidas e encontram sua expressão prática na análise musical. Tanto a análise quanto a teoria da música estão envolvidas com a compreensão do fenômeno musical, suas implicações e recepção. A teoria cria ferramentas de análise e volta-se para o estudo minucioso e detalhado dos materiais, técnicas e procedimentos composicionais em seus diversos contextos históricos. A análise aborda a constituição e a interrelação dos elementos formativos da música. Nesta linha, a análise pode também ser estudada enquanto resultado de processos históricos, em que a própria concepção analítica passa a ser objeto de investigação.

Musicologia e Etnomusicologia

Esta linha tem por objetivo a interpretação da música como produto e construção cultural, o que inclui não apenas o estudo das fontes primárias e audiovisuais dos documentos musicais (a partir da aplicação de diferentes métodos históricos, antropológicos e analíticos, os quais incluem o estudo de manuscritos, filologia e crítica textual, iconografia, crítica genética, semiótica, trabalho etnográfico etc.), mas também o estudo dos problemas envolvidos nas práticas musicais, no âmbito da recepção, nos processos ideológicos dos discursos, bem como na problemática dos trânsitos e hibridações entre as culturas. Envolve também questões estéticas, voltando-se à discussão filosófica, à questão da experiência, à crítica, apreciação, julgamento e valoração da obra de arte musical em seus contextos históricos e antropológicos.

 
Área de Concentração: Processos de Criação Musical

Busca a investigação, discussão e produção intelectual (artística, bibliográfica e técnica) relacionadas às questões envolvidas nas práticas criativas, composicionais, educacionais e interpretativas bem como aos aspectos técnicos, científicos e tecnológicos das mesmas. Pressupõe o aperfeiçoamento e aprofundamento das habilidades específicas e a reflexão do compositor, do educador e do performer sobre problemas ligados à criação artística, ao repertório, técnicas, estilos, meios de expressão, questões interpretativas e processos educacionais. Abre-se também aos campos interdisciplinares e às relações com as outras áreas artísticas que incluem a utilização de novas tecnologias.

A Área de Processos de Criação Musical está organizada em quatro Linhas de Pesquisa: Performance; Questões interpretativas; Música e educação: processos de criação, ensino e aprendizagem; Sonologia: criação e produção sonora.

Performance

Visa o aperfeiçoamento e aprofundamento das habilidades específicas em performance musical. Pressupõe um aperfeiçoamento prático, tendo por finalidade uma formação de excelência em performance musical, além de requerer o desenvolvimento de uma pesquisa escrita com sólido embasamento bibliográfico a respeito das problemáticas envolvidas nesta prática, tais como: possibilidades analítico-interpretativas do repertório musical, abordagens técnicas instrumentais histórica e fisiologicamente embasadas, aspectos idiomáticos específicos de cada instrumento musical, estilos de interpretação historicamente embasados e meios para a expressão musical. Para tanto, conta com um processo seletivo e uma estrutura curricular específicos, que incluem provas práticas e apresentações musicais públicas. Atualmente o programa conta com orientadores para os candidatos de violão, clarinete/clarone, colaboração pianística, piano, violino, violoncelo e regência coral.

Questões interpretativas

Busca investigar e refletir sobre as questões envolvidas nas práticas interpretativas, bem como sobre os aspectos técnicos e tecnológicos envolvidos nas mesmas. Pressupõe a reflexão téorica do intérprete sobre problemas ligados ao repertório, técnicas, estilos, meios de expressão e questões interpretativas.

Música e educação: processos de criação, ensino e aprendizagem

Pesquisa e estuda as relações entre música e educação em seus múltiplos espaços e possibilidades abordando: a) análise dos processos criativos emergentes, em distintos níveis e contextos pedagógicos; b) processos de percepção, de escuta e cognição musicais; d) práticas e metodologias para o ensino de música; e) pesquisa em educação musical e o dado cultural; f) formação de professores; g) história da educação musical e do ensino artístico-musical.

Sonologia: criação e produção sonora

Estuda o material acústico em seu vínculo com as produções e atividades musicais, visando abordar problemas relacionados à criação, à percepção, à recepção e à epistemologia. Explora os processos criativos e reflexivos de um repertório voltado para a exploração do som como material para a criação artística. Abrange pesquisas sobre representação, processamento, análise e síntese de som e de informação associada aos múltiplos processos que acontecem em uma situação musical, além de estudos realizados de uma perspectiva cultural ou crítica de desenvolvimentos criativos relacionados ao som e que impliquem mudanças nas técnicas de produção, reprodução, armazenamento, manipulação e recepção. Algumas especialidades estreitamente ligadas a esta subárea: Extração e Processamento de Informação Musical; Música Eletroacústica; Improvisação contemporânea, Sound Design; Sistemas Interativos; Luteria Acústica; Organologia; Luteria Eletrônica e Computacional.

Comissão Coordenadora do PPGMUS

Membros Titulares:
Mônica Isabel Lucas  - Coordenadora
Adriana Lopes da Cunha Moreira  - Vice-Coordenadora
Paulo de Tarso Camargo Cambraia Salles - Membro Titular

Membros Suplentes:
Rogério Luiz Moraes Costa
Luis Antonio Eugenio Afonso
Mário Rodrigues Videira Junior

Secretário:
Rafael César Leite da Silva

Contato:
Horário de Atendimento:
De segunda a sexta, das 10h às 12h e das 14h às 16h
Tel.: +55 11 3091 2948
E-mail: ppg.musica@usp.br

Eleições para CCP

16/03/2021 - Portaria Interna CCP-PPGMUS/ECA nº 01/2021
09/04/2021 - Lista de inscritos
16/04/2021 - Resultado da eleição


Veja também:

Disciplinas oferecidas

 


Estrutura curricular

 

Linha de pesquisa em Performance

O candidato ao título de Mestre na linha de pesquisa em Performance deverá integralizar um mínimo de 96 (noventa e seis) créditos, obedecendo à seguinte distribuição:

  • 28 (vinte e oito) créditos em disciplinas sendo, pelo menos 14 (quatorze) créditos equivalentes à participação semestral nas disciplinas práticas obrigatórias somente para a linha de pesquisa em performance
  • 68 (sessenta e oito) créditos na elaboração da dissertação;

O candidato ao título de Doutor na linha de pesquisa em Performance, com a obtenção prévia do título de Mestre, deverá integralizar um mínimo de 178 (cento e setenta e oito) créditos, obedecendo à seguinte distribuição:

  • 35 (trinta e cinco) créditos em disciplinas, sendo pelo menos 28 (vinte e oito) créditos equivalentes à participação semestral nas disciplinas práticas obrigatórias somente para a linha de pesquisa em performance
  • 143 (cento e quarenta e três) créditos na elaboração da tese.

O candidato ao título de Doutor na linha de pesquisa em Performance, sem a obtenção prévia do título de Mestre, deverá integralizar um mínimo de 199 (cento e noventa e nove) créditos, obedecendo à seguinte distribuição:

  • 56 (cinquenta e seis) créditos em disciplinas sendo, pelo menos 35 (trinta e cinco) créditos equivalentes à participação semestral nas disciplinas práticas obrigatórias somente para a linha de pesquisa em performance
  • 143 (cento e quarenta e três) créditos na elaboração da tese;

Obs: O aluno poderá substituir até 7 (sete) créditos referentes a disciplinas por créditos especiais (com a concordância de seu orientador devidamente oficializada no formulário específico). Cabe à CCP analisar e deliberar sobre o pedido de incorporação dos créditos especiais.

 

Disciplinas obrigatórias da linha de pesquisa em Performance

Os alunos da linha de pesquisa em performance deverão obrigatoriamente cumprir créditos em disciplinas práticas obrigatórias, a serem escolhidas dentre as seguintes:

Mestrado (14 créditos):
Performance Musical I-II (Piano, Cordas ou Violão) ou Práticas Laboratoriais em Regência Coral I-II

Doutorado (28 créditos):
Tópicos em Performance I-IV (piano, colaboração pianística, cordas, clarinete ou violão) ou Tópicos em Regência Coral I-IV

Doutorado Direto (35 créditos):
Performance Musical I-II (piano, colaboração pianística, cordas, clarinete ou violão) e Tópicos em Performance I-III (piano, colaboração pianística, cordas, clarinete ou violão) ou Práticas Laboratoriais em Regência Coral I-II e
Tópicos em Regência Coral I-III

Cada uma destas disciplinas corresponde a 7 (sete) créditos. Os alunos de mestrado em performance deverão cumprir 14 (catorze) créditos, os de doutorado, 28 (vinte e oito) créditos e os de doutorado direto, 35 (trinta e cinco) créditos em disciplinas obrigatórias durante o curso.

Demais Linhas de Pesquisa

O candidato ao título de Mestre nas demais linhas de pesquisa deverá integralizar um mínimo de 96 (noventa e seis) créditos, obedecendo à seguinte distribuição:

  • 28 (vinte e oito) créditos em disciplinas sendo, pelo menos 14 (quatorze) créditos em disciplinas oferecidas pelo programa, preferencialmente relacionadas à linha de pesquisa em que o aluno está inscrito;
  • 68 (sessenta e oito) créditos na elaboração da dissertação;

O candidato ao título de Doutor nas demais linhas de pesquisa, com a obtenção prévia do título de Mestre, deverá integralizar um mínimo de 178 (cento e setenta e oito) créditos, obedecendo à seguinte distribuição:

  • 35 (trinta e cinco) créditos em disciplinas, sendo pelo menos 14 (quatorze) créditos em disciplinas oferecidas pelo programa, preferencialmente relacionadas à linha de pesquisa em que o orientando está inscrito.
  • 143 (cento e quarenta e três) créditos na elaboração da tese.

O candidato ao título de Doutor nas demais linhas de pesquisa, sem a obtenção prévia do título de Mestre, deverá integralizar, pelo menos, 199 (cento e noventa e nove) créditos, obedecendo à seguinte distribuição:

  • 56 (cinquenta e seis) créditos em disciplinas sendo, pelo menos 28 (vinte e oito) créditos em disciplinas oferecidas pelo programa, preferencialmente relacionadas à linha de pesquisa em que o orientando está inscrito.
  • 143 (cento e quarenta e três) créditos na elaboração da tese;

Obs: O aluno poderá substituir até 7 (sete) créditos referentes a disciplinas por créditos especiais (com a concordância de seu orientador devidamente oficializada no formulário específico). Cabe à CCP analisar e deliberar sobre o pedido de incorporação dos créditos especiais.

 

Consulte as disciplinas oferecidas pelo PPGMUS no primeiro semestre de 2021.

Em breve serão disponibilizados formulários para alunos e docentes do PPGMUS.

Aluno Regular

O ingresso no programa é realizado por meio de processo seletivo regulamentado por edital específico publicado periodicamente no Diário Oficial do Estado de São Paulo e na página do programa na internet.

 

Processo seletivo aluno regular - ingresso no 1º semestre de 2024

 

Processo seletivo aluno regular - ingresso no 1º semestre de 2023

 

Processo seletivo aluno regular - ingresso no 1º semestre de 2022

Aluno Especial

Processo Seletivo - 1º Semestre de 2024

Processo Seletivo - 2º Semestre de 2023

Processo Seletivo - 1º Semestre de 2023

Processo Seletivo - 2º Semestre de 2022

 

Processo Seletivo - 1º Semestre de 2022

Processo seletivo - 2º Semestre de 2021

 

Aluno estrangeiro

O aluno estrangeiro deve participar do processo seletivo para aluno regular. Aos alunos estrangeiros ainda é exigida a proficiência em língua portuguesa, demonstrada por meio da apresentação do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros, CELPE-BRAS, nível intermediário ou superior, ou do certificado do Centro de Línguas da FFLCH-USP.

 

Projetos de Pesquisa

Área de concentração: Musicologia  

 

Linha de Pesquisa: teoria e análise musical
Significação Musical e Harmonia Cromática na Obra de Alberto Nepomuceno

Análise de obras selecionadas da produção de Alberto Nepomuceno para compreender as transformações que ocorreram na linguagem musical brasileira na passagem do romantismo para o modernismo. Serão utilizadas ferramentas da teoria da harmonia cromática e neo-riemanniana, assim como das teorias de significação musical de tópicos, tropos e hermenêutica da expressão musical.

Responsável: Rodolfo Coelho de Souza

Análise, percepção e interpretação musical de obras compostas durante os séculos XX e XXI

O presente projeto visa abranger a análise musical e duas de suas interfaces mais diretas – percepção e interpretação – de obras compostas durante os séculos XX e XXI. Assim, permite um aprofundamento em questões voltadas a aspectos formadores das tendências composicionais deste período, consideradas associação de técnicas de análise musical desenvolvidas contemporânea e internacionalmente. O projeto envolve o trabalho de pesquisa que vem sendo desenvolvido por alunos da Graduação e da Pós-Graduação em Música da USP e a infraestrutura disponível no Laboratório de Percepção e Análise Musical (PAM) do Departamento de Música da ECA-USP, fundado (em 2008) e co-coordenado pela pesquisadora. Com a presente pesquisa, espera poder contribuir para a compreensão, produção e divulgação bibliográfica e sonora de material analítico-musical vinculado à produção científico-musical internacional.

Responsável: Adriana Lopes da Cunha Moreira

Estudo crítico de técnicas emergentes para a análise de obras musicais compostas nos séculos XX-XXI [...]

Título completo: Estudo crítico de técnicas emergentes para a análise de obras musicais compostas nos séculos XX-XXI e gravação com narração em língua portuguesa do Solfège de l'objet sonore de Pierre Schaeffer

O presente projeto tem por objetivo desenvolver um estudo crítico de técnicas emergentes para a análise de obras musicais compostas nos séculos XX-XXI e acessoriamente realizar a gravação Solfejo do Objeto Sonoro, de Pierre Schaeffer, com narração em língua portuguesa, a ser disponibilizada via Internet. Com base na organização em quatro vertentes das teorias e técnicas analíticas atualmente em uso, propõe o estudo crítico de: (1) teorias sobre transformações harmônicas, agrupamentos, tempo, rítmica e forma; (2) teorias sobre vozes condutoras; (3) teorias voltadas à análise de obras acusmáticas; (4) textos voltados a inter-relações entre composição, análise, performance e percepção musical. A cada vertente serão associados exemplos de obras musicais, sobretudo de compositoras e compositores brasileiros. Este estudo crítico justifica-se por reunir em um único trabalho o arcabouço teórico musical vigente e contribuir para a introdução de exemplos latinos neste contexto. A gravação do Solfège de l'objet sonore de Schaeffer justifica-se pela referencialidade deste trabalho, pela atual disponibilidade de ótimas traduções escritas para a língua portuguesa culta, pela carência de material didático musical para o nível acadêmico. Nesta gravação, a narração francesa será substituída pela narração em língua portuguesa e os exemplos musicais originais serão mantidos. A gravação será realizada no estúdio do LAMI-USP e sua disponibilização se dará nos sites dos laboratórios PAM-USP e/ou LAMI-USP. Financiador: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Auxílio Regular FAPESP. Processo: 2017/07654-7

Responsável: Adriana Lopes da Cunha Moreira

Levantamento, percepção e análise formal de obras musicais publicadas por compositoras e compositores latino-americanos [...]

Título completo: Levantamento, percepção e análise formal de obras musicais publicadas por compositoras e compositores latino-americanos nos séculos XX e XXI

O presente projeto tem por objetivo realizar um levantamento de obras musicais publicadas por compositoras e compositores latino-americanos, estudar estratégias para a percepção das mesmas, bem como elaborar análises formais das obras mais referenciais, aplicando teorias e técnicas de análise consolidadas internacionalmente. Para tanto, três bolsistas irão se voltar a questões envolvidas nas três frentes da pesquisa: catalogação, percepção e análise de formas musicais de algumas obras musicais latino-americanas compostas nos últimos dois séculos. Posteriormente, os dados levantados poderão interagir com o estudo crítico de técnicas emergentes para a análise de obras musicais compostas nos séculos XX-XXI que vem sendo desenvolvido pela docente responsável. Programa Unificado de Bolsas USP. Processo n. 361. Vigência: 01/09/2017 a 31/08/2018

Responsável: Adriana Lopes da Cunha Moreira

Estruturação e análise musical

O projeto destina-se a trabalhos voltados especificamente para os estudos das relações internas do discurso musical. O repertório estudado é preferencialmente aquele que não passou por reflexões aprofundadas no campo da teoria musical. Ele pode vir de raízes étnicas, populares ou eruditas. Os estudantes são estimulados a conhecerem modelos teóricos consagrados, para então desenvolverem eles próprios, métodos de abordagem relativos a um corpus musical específico e empiricamente estabelecido. O projeto já fez a apreciação descritiva e analítica de inúmeras manifestações musicais africanas e afro americanas. Destacam-se aí a cultura musical iorubá e fon do Benin e a tentativa de transposição para o território da música brasileira os conceitos extraídos da apreciação destas músicas. A cargo de estudantes sob a supervisão deste orientador já se realizaram pesquisas marcantes sobre a estrutura melódica e harmônica do samba enredo, o desenvolvimento da síncopa no samba em perspectiva histórica, a estrutura da marcha e as manifestações do congado. São inúmeros os trabalhos bibliográficos produzidos. Além dos trabalhos deste orientador, consulte-se no Lattes a produção acadêmica de Yuri Prado, Glaura Lucas, Enrique Menezes, Paulo Tiné, Bruno Menegatti e alguns outros. Paralelamente a isso, a musicologia histórica e a análise musical de repertório contemporâneo podem integrar-se a essa linha de produção ocupada com o reconhecimento de estruturas musicais. Lembremos do que disse certa vez o compositor de Wozzeck, Alban Berg, a um americano em Paris: Musik ist Musik, Herr Gershwin. (Música é música, Sr. Gerschwin). Desta forma, surgem a composição musical e um conjunto moderado de trabalhos e orientações sobre musicologia histórica e contemporânea. Destaquem aí trabalhos sobre Villa-Lobos e Stravinsky e mestrados ou doutorados de Valéria Bonafé, Norton Dudeque, João Vicente Vidal e muitos outros.

Responsável: Marcos Branda Lacerda

Estrutura e significado na obra de Heitor Villa-Lobos

A obra de Villa-Lobos tem passado por significativa reinterpretação, sobretudo por seu aspecto estrutural, que pouco havia sido investigado até o final do século passado. Mais recentemente, pesquisadores de diversas universidades brasileiras têm aplicado ferramentas analíticas que possibilitam um aprofundamento na estrutura harmônica de sua música. Em um campo paralelo, outros pesquisadores vêm realizando análises de caráter semiótico, mostrando como certas figuras podem ser interpretadas como símbolos da cultura brasileira; naturalmente, a música villalobiana é um veículo extremamente adequado para identificar e mapear essas estruturas. Esta proposta pretende aliar ambas as vertentes, correlacionando os aspectos estruturais aos elementos de caráter retórico na obra villalobiana, reinterpretando o conceito de "nacionalismo" musical de acordo com a funcionalidade das figuras musicais e seu papel na forma.

Responsável: Paulo de Tarso Salles

Processos inter e transdisciplinares: teoria e análise, composição e performance

Este projeto alia-se ao LAPECIPEM (Laboratório de pesquisas inter e transdisciplinares em Música), e tem como corpo performático a OFICINA EXPERIMENTAL DE INSTRUMENTOS E OFICINA EXPERIMENTAL DA VOZ. Os resultados de pesquisas e análises musicais são executados em concertos públicos e gratuitos em diversas salas de concerto. Faz parte deste projeto incentivar e executar obras inéditas, especialmente de professores, alunos e funcionários do Departamento de Música da FFCLRP-USP, assim como, através de releituras contemporâneas, a performance de obras de períodos principalmente renascentista e barroco, além de obras do repertório brasileiro de todas as épocas.

Responsável:  Silvia Maria Pires Cabrera Berg

Este projeto alia-se ao LAPECIPEM (Laboratório de pesquisas inter e transdisciplinares em Música), e tem como corpo performático a OFICINA EXPERIMENTAL DE INSTRUMENTOS E OFICINA EXPERIMENTAL DA VOZ. Os resultados de pesquisas e análises musicais são executados em concertos públicos e gratuitos em diversas salas de concerto. Faz parte deste projeto incentivar e executar obras inéditas, especialmente de professores, alunos e funcionários do Departamento de Música da FFCLRP-USP, assim como, através de releituras contemporâneas, a performance de obras de períodos principalmente renascentista e barroco, além de obras do repertório brasileiro de todas as épocas.

Responsável:  Silvia Maria Pires Cabrera Berg

 

Linha de Pesquisa: Musicologia e etnomusicologia
Teoria e prática musical a partir de preceptivas musicais do séc. XVI, XVII e XVIII

A tratadística musical ocidental dos sécs. XVI, XVII e XVIII tem como princípio a coordenação entre os processos de produção e recepção da música, numa relação de causalidade cujo fim não é apenas a obra musical em si, mas também seu efeito no público. Músicos quinhentistas, seiscentistas e setecentistas balizaram a música de sua época em função desse princípio, de natureza retórica.

O presente projeto está centrado no estudo destes tratados, considerados a partir de um viés hermenêutico, procurando recuperar seu horizonte de sentido como forma de integração do distanciamento histórico e sua contextualização ao tempo presente. As abordagens são múltiplas e visam a tradução, a produção de comentários e a recuperação de preceitos para a aplicação prática de seus preceitos à música.

Coordenadora: Profa. Dra. Mônica Isabel Lucas

Etnografia da Música Erudita Contemporânea: criação, circulação, recepção, apropriação

O projeto propõe o estudo da prática da música erudita no contexto em que ela se desenvolve. A etnografia de intérpretes e compositores eruditos insere-se nesse campo de pesquisa. Que figuração social é essa? Quais as relações de interdependência? Quais os mecanismos de autocoerção que se transformam numa segunda natureza inquestionável? De que tradição se julgam herdeiros seus atores? Qual a origem social de intérpretes e compositores contemporâneos? Qual é o contexto de recepção? Quais as implicações nas grades curriculares dos cursos superiores de música? Quais os perfis dos alunos desses cursos? Quais os mecanismos de eleição de clássicos? A pesquisa tem sua justificativa no fato de que muitas das indagações pertinentes ao trabalho do músico profissional pertencem ao campo das ciências sociais. Uma adequação de nossas grades curriculares, sobretudo nos cursos superiores de música, deveria necessariamente passar pela antropologia musical e pela etnomusicologia — que não se restringe ao estudo das manifestações musicais de tribos indígenas ou práticas afro-brasileiras. Embora as pesquisas estéticas, e sua consequente aristocracia do gosto, sempre estiveram a serviço da distinção, pretende-se aqui discutir valores musicais e humanos, numa perspectiva de transformação e crítica de categorias consagradas pelo senso comum, como Cânone, Progressismo e Great Divide (Huyssen), valorizando e fundamentando as, práticas amadoras e desvendando o esnobismo intelectual e artístico. A produção acadêmica mais significativa sobre este assunto vem das ciências sociais que, muitas vezes, peca pela falta de lastro teórico-musical. Daí a necessidade de a musicologia, através da etnomusicologia, assumir este debate.

Responsável: Marcos Câmara de Castro

Estudo crítico do discurso nas missas de José Maurício Nunes Garcia a partir da análise da significação musical

O objetivo geral é compreender os processos sociocomunicativos das missas para coro e orquestra de José Maurício Nunes Garcia. Sua finalidade é estudar tanto a poética do autor (o manuseio do material musical) como a sua estética (os processos das ideias), visando compreender a música como veículo de ideologias. O campo teórico onde se estrutura o projeto é dos estudos de retórica, o que considera o uso de conceitos e estruturas musicais pré-composicionais (afetos, tópicas e figuras de retórica) e, a partir delas, a sua organização como discurso, ou seja, a formação de uma estrutura que possa ser reconhecida e traduzida por um ouvido habituado aos modelos pré-composicionais usados. A partir dos estudos já realizados sobre a obra de José Maurício Nunes Garcia e das formas de religiosidade da época, articulo a hipótese inicial de que o eixo básico do discurso de José Maurício se fundamentaria numa perspectiva mariana. Trata-se, em síntese, de observar a música a partir da premissa que ela compartilha de valores e representa ideias comuns que formam sentido por correlações da significação das estruturas primordiais (estilos, tipos e gestos característicos). O projeto buscará, assim, aprofundar como a doutrina mariana atuava na esfera prática da vida como a educação e a política desde o último quartel do século XVIII. Seguirá investigando se haveria uma retórica mariana e como se esta poderia sustentar-se simbolizada nos jogos da estética tópica.

Responsável: Diósnio Machado Neto

As melodias do boi: um projeto de Mário de Andrade (1)

Dentro do Projeto Temático Musicar Local - novas trilhas para a etnomusicologia (Projeto Temático Fapesp Proc. 2016/5318), coordenado por Suzel Ann Reily e em parceria com o Departamento de Antropologia da FFLCH/USP e o IA/Unicamp, o presente projeto visa estudar as análises sistemáticas sobre o bumba-meu-boi, combinando o registro de melodias, versos e descrição da coreografia feitas por Mário de Andrade a partir da década de 1920.

Responsável: Flavia Camargo Toni

Arte popular e folclore no entre guerras (2)

Estuda-se as compilações e análises sobre a música brasileira editadas entre 1918 e 1930, tanto por musicólogos consagrados pelos livros de musicologia, quanto os trabalhos feitos por cantoras. Aqui estão incluídos os livros de Mário de Andrade, Luciano Gallet (obra póstuma), Elsie Houston Péret bem como os programas de concertos de Julieta Telles de Menezes, Germana Bittencourt, novamente Elsie Houston Péret, Maria Edith Capote Valente, Olga Praguer Coelho e Stefana de Macedo. Pretendo analisar os repertórios sobre os quais se debruçavam e compreender o que se entendia por música popular. Projeto com Bolsa de Produtividade em Pesquisa CNPq.

Responsável: Flávia Camargo Toni

Os ensaios sobre música do Brasil na década de 1920 através dos textos e dos repertórios (3)

Estuda-se as compilações e análises sobre a música brasileira editadas entre 1918 e 1930, tanto por musicólogos consagrados pelos livros de musicologia, quanto os trabalhos feitos por cantoras. Aqui estão incluídos os livros de Mário de Andrade, Luciano Gallet (obra póstuma), Elsie Houston Péret bem como os programas de concertos de Julieta Telles de Menezes, Germana Bittencourt, novamente Elsie Houston Péret, Maria Edith Capote Valente, Olga Praguer Coelho e Stefana de Macedo. Pretendo analisar os repertórios sobre os quais se debruçavam e compreender o que se entendia por música popular. Projeto com Bolsa de Produtividade em Pesquisa CNPq.

Responsável: Flávia Camargo Toni

Do Belo Musical: fundamentos filosóficos, recepção e edição crítico-comparativa

Este projeto alia-se ao LAPECIPEM (Laboratório de pesquisas inter e transdisciplinares em Música), e tem como corpo performático a OFICINA EXPERIMENTAL DE INSTRUMENTOS E OFICINA EXPERIMENTAL DA VOZ. Os resultados de pesquisas e análises musicais são executados em concertos públicos e gratuitos em diversas salas de concerto. Faz parte deste projeto incentivar e executar obras inéditas, especialmente de professores, alunos e funcionários do Departamento de Música da FFCLRP-USP, assim como, através de releituras contemporâneas, a performance de obras de períodos principalmente renascentista e barroco, além de obras do repertório brasileiro de todas as épocas.

Responsável:  Silvia Maria Pires Cabrera Berg

Sonoridades indígenas: estudo sobre instrumentos sonoros indígenas, sua materialidade, sonoridade e cosmologia (1)

Esta pesquisa, de cunho etnomusicológico, visa desenvolver estudos sobre instrumentos sonoros e musicais indígenas do Brasil, desde sua tecnologia de construção, seus adornos e sua matéria prima até seus usos e seu lugar na cosmologia dos povos envolvidos. O projeto inclui pesquisas de campo, visitas a coleções etnográficas, análises historiográficas e imagéticas, além de produções instrumentais, como construção de réplicas e seu uso em grupos de criação e performance. À organologia destes instrumentos (sua classificação), iremos contrapor as categorias nativas e os estudos de cultura material e de agência. O projeto também prevê a produção de artigos científicos, oferecimento de disciplinas em nível de pós-graduação, cursos abertos à comunidade e gravações.

Responsável: Pedro Paulo Salles

“Nozani-Ná” e a música dos índios Paresi Haliti do Mato Grosso (2)

O objetivo primeiro desse projeto é realizar estudos etnográficos musicológicos a partir do canto indígena do povo Paresi Haliti conhecido como Nozani-ná, gravado em cilindro de cera, em 1912, por Edgard Roquette-Pinto, publicado em partitura no livro Rondonia, anthropologia – ethnographia e utilizado musicalmente por Villa-Lobos. O projeto procurará elucidar o contexto nativo deste canto, sua relação com outros cantos e com as flautas secretas chamadas Iyamaka, sua inserção na cosmologia dos Paresi Haliti, analisando também o percurso de suas agências nos diferentes âmbitos pelos quais ele circulou. Por tudo isso, a pesquisa requer estudos historiográficos, musicológicos e, ainda, incursões de cunho etnográfico em campo, para viabilizar a análise antropológica. A investigação também se desdobra no projeto temático “Musicar Local - novas trilhas para a Etnomusicologia” (Projeto Temático FAPESP Proc. 2016/5318), coordenado por Suzel Ann Reily (UNICAMP), com a pesquisa intitulada A Palha e o Bambu: conexões entre o local e o musicar das Iyamaka na cosmologia paresi-haliti. Prevê-se, finalmente, a produção de publicações e palestras, além da gravação de CDs, preferencialmente como projetos conjuntos com as comunidades indígenas implicadas, visando ao fortalecimento de suas tradições.

Responsável: Pedro Paulo Salles

O Repertório Coral na Universidade: pesquisa, ensino, questões interpretativas e práticas relacionadas

O projeto dedica-se a abarcar os diversos trabalhos orientados pela professora Susana Cecilia Igayara-Souza ligados à temática do repertório coral, com ênfase na produção brasileira e na prática coral no Brasil, mas sem excluir outros conjuntos de repertório e suas práticas, inclusive o amplo repertório da tradição ocidental erudita e os mais diversos conjuntos de repertórios ligados às práticas tradicionais e ou populares, transmitidos tanto por tradição oral como escrita. Volta-se às questões interpretativas e aos atores envolvidos nas práticas desses repertórios, tanto individuais como institucionais. Aborda tanto questões contemporâneas como históricas, entendendo que as práticas atuais e os repertórios praticados, bem como suas formas de transmissão, são parte de uma única história da presença coral no campo musical e que "a experiência estética é uma instituição, tornada possível a partir do trabalho histórico e cumulativo de autonomização do campo artístico” (Bourdieu, As regras da Arte). Os objetivos específicos do projeto incluem: 1) Análise de obras ou conjuntos específicos de repertório coral; 2) Discussão das relações entre música e literatura e/ou outras relações interdisciplinares; 3) Pesquisa sobre a memória e a história do Canto Coral; 4) Discussão e produção de edições e revisões de obras corais e seus aparatos críticos; 5) Investigação e discussão dos atores envolvidos nas práticas corais: regentes, compositores, coralistas, grupos corais, instituições; 6) discussão de projetos criativos em canto coral, ligados à composição, improvisação, criação coletiva, interpretação, montagem de programas e espetáculos; 7) discussão, análise e experimentação de processos educativos em canto coral; 8) discussão sobre presença e a significação de atividades corais nos diversos contextos socioculturais ou em suas relações interdisciplinares. A metodologia inclui, de acordo com o aspecto específico de cada participante do projeto: revisão bibliográfica; aspectos e processos empíricos e experimentais; processos de documentação e interpretação histórica; análise musical e textual; pesquisa-ação ou pesquisa participativa, tendo sempre por base as disciplinas musicais e musicológicas, com inter-relações com disciplinas afins. Os resultados esperados podem ser: produção de textos (monografias, artigos); produção de listagens e inventários comentados (bibliográficos, fonográficos, de programas de concerto); participações em eventos científicos (apresentações de comunicações em congressos e simpósios, pôsteres, mesas redondas); partituras corais e aparatos críticos ou explicativos (edições práticas, edições críticas, edições revisadas); criação musical (composições, arranjos, improvisação, de preferência com relatos do processo); produção de material didático (apostilas, traduções, plano de cursos, coletâneas, listagens comentadas); produção de material de divulgação (voltados para o público leigo e divulgado em meios não científicos e blogs ); produção de material audiovisual (gravações em áudio e vídeo, produtos multimídia), entre outros.

Responsável: Susana Cecilia Almeida Igayara de Souza

Nada Ficou Como Antes: O Clube da Esquina na Música Popular Brasileira

A partir de uma perspectiva não canônica pretende-se estudar acontecimentos musicais que tiveram alta relevância musical no momento em que ocorreram, mas por questões diversas relacionadas sobretudo à divulgação, não obtiveram a valorização devida passando a uma condição de esquecimento dentro da Música Popular Brasileira. O foco do presente estudo é a presença do Clube da Esquina, movimento musical ocorrido nos anos 1970, oriundo de Minas Gerais. Protagonizado por Milton Nascimento, este movimento inseriu aproximadamente dez novos elementos na música popular do Brasil e dos Estados Unidos, procedimentos estes utilizados por diversos músicos, mas em nenhum momento foi atribuído a estes artistas a maternidade dessas inovações.

Responsável: Ivan Vilela

A partir de uma perspectiva não canônica pretende-se estudar acontecimentos musicais que tiveram alta relevância musical no momento em que ocorreram, mas por questões diversas relacionadas sobretudo à divulgação, não obtiveram a valorização devida passando a uma condição de esquecimento dentro da Música Popular Brasileira. O foco do presente estudo é a presença do Clube da Esquina, movimento musical ocorrido nos anos 1970, oriundo de Minas Gerais. Protagonizado por Milton Nascimento, este movimento inseriu aproximadamente dez novos elementos na música popular do Brasil e dos Estados Unidos, procedimentos estes utilizados por diversos músicos, mas em nenhum momento foi atribuído a estes artistas a maternidade dessas inovações.

Responsável: Ivan Vilela


Área de concentração: Processos de criação musical

 

Linha de Pesquisa: Performance
A poética da multiplicidade

Grupo de Pesquisa Certificado pela ECA/USP. Tem como objetivo estudar a criação, produção e multiplicação de imagens visuais e sonoras. Com foco na investigação preconizada pela pesquisa da sensação, voltada à produção concreta de experiências estéticas, visa explorar as potencialidades do objeto artístico quanto à tradutibilidade e reprodutibilidade, em processos de composição e hibridação semiótica. Neste sentido, o grupo desenvolve uma pesquisa multidisciplinar que abarca diversos campos do conhecimento, articulando diferentes linhas de pesquisa. Assim, por meio dos projetos de pesquisa multidisciplinares, liderados por professores de Programas de Pós-graduação da USP, UNESP e PUC-SP, cria vínculos interinstitucionais. Encontra forte elo de ligação com a pesquisa da Dobra Schumanniana, no que se refere à atualização de repertórios diversos, ou seja, representações já constituídas que possibilitam a realização de variadas leituras que se renovam na contemporaneidade.

Responsável: Amilcar Zani Netto

Aspectos interpretativos na obra para piano de Almeida Prado

O objetivo central da pesquisa é estudar a obra para piano solo e a produção camerística do compositor Almeida Prado sob diversos ângulos, levando em consideração os aspectos estéticos e técnicos, fazendo com que esses resultados sejam contextualizados nas questões das práticas interpretativas. Completando o conjunto de objetivos a serem atingidos, é feita também a abordagem dos aspectos inerentes à técnica pianística tais como: os variados tipos de toques, e emprego do pedal na busca da ressonância.

Responsável: Fernando Crespo Corvisier

Estudo e registro fonográfico da obra pianística de Alexandre Levy (1864-1892)

O presente projeto propõe o estudo e o registro fonográfico da obra para piano do compositor brasileiro Alexandre Levy (1864-1892). Apesar da indiscutível relevância, sua obra foi pouco estudada, o que pode ser verificado pela escassez de trabalhos científicos e publicações relacionadas. O fato de várias de suas peças permanecerem inéditas no que se refere à edição e ao registro fonográfico colabora para a manutenção deste cenário, que leva à tendência recorrente de se valorizar apenas o aspecto nacionalista latente das composições de Alexandre Levy, embora estudos aprofundados indiquem que seu estilo deriva mais claramente de Chopin, Schumann e Mendelssohn. O projeto prevê o levantamento das obras e partituras editadas e manuscritas disponíveis, publicações com os resultados da pesquisa, apresentações em salas de concerto e gravação pelo Laboratório de Acústica e Informática (LAMI) do CMU/ECA/USP. Um CD duplo reunirá pela primeira vez, a integral da obra pianística desse autor. Os intérpretes serão alunos e ex-alunos do CMU-ECA-USP vinculados ao Laboratório de Piano. O conhecimento gerado será disseminado em encontros científicos e artísticos, bem como em website a ser criado especificamente para esta finalidade. Projeto conta com auxílio financeiro do CNPQ processo n. 429872/2016-0.

Responsáveis: Eduardo Henrique Soares Monteiro e Luciana Sayure Shimabuco

Perspectivas Transculturais sobre o Desenvolvimento Criativo de Corais e Regentes de Corais

O contato inicial entre colegas das Universidades de Cambridge e São Paulo revelou semelhanças notáveis e diferenças interessantes de perspectiva e abordagem para o desenvolvimento criativo de coros e regentes de corais. Embora a música coral tenha prosperado em ambos os países durante o passado recente, os praticantes permaneceram em grande parte ignorantes sobre as culturas corais de cada um por causa da distância geográfica e cultural que separa o Brasil e a Grã-Bretanha. Nosso projeto impulsionador criará oportunidades sem precedentes de interação, com vistas a uma maior colaboração em uma rede de pesquisa internacional mais abrangente. As iniciativas que estão sendo desenvolvidas nos dois países para aprimorar a teoria e a prática do canto coral serão investigadas lado a lado; essa comparação revelará o que cada tradição pode aprender do outro e também como a criatividade do grupo funciona em contextos corais. Cambridge e USP são centros líderes em música coral e estão em posição ideal para liderar este projeto de capacitação.

Responsável: Marco Antonio da Silva Ramos

Comunidades musicais que se tocam

A pesquisa focaliza a identificação de procedimentos composicionais e interpretativos que pertencem ou transitam entre universos sócio culturais distintos, não apenas sob pontos de vista estritamente relacionados à linguagem, como também sob aspectos comportamentais que caracterizam o reconhecimento de Comunidades Musicais. A investigação pretende trazer à tona tanto aspectos relevantes na miscigenação de linguagens, como compromissos de caráter coorporativos gerados ou assimilados por tais grupos.

Responsável: Gil Jardim

O piano como orquestra: transcrições para duo pianístico e suas particularidades

Transcrições de obras orquestrais e de câmara para os gêneros "piano a quatro mãos" ou "dois pianos" desempenharam um papel crucial na perpetuação do duo pianismo. Esse tipo de repertório apresenta desafios interpretativos, pois uma transcrição condensa sonoridades de instrumentos de naipes distintos requerendo dos intérpretes uma palheta sonora variada. A ideia de evocar cores e timbres inusitados no piano não era um conceito totalmente novo no repertório pianístico, mas se torna mais evidente a partir da nova estética sonora dos compositores franceses. Como cita Martin Katz (2009), “nada pode fazer o pianista adentrar o mundo das cores de forma mais rápida que através da imitação da orquestra”. Ao tocar transcrições o pianista desenvolve um “apetite por timbres e cores e assim podemos nos surpreender imaginando, inconscientemente, uma orquestração para tudo o que tocamos” (Katz 2009,154). O presente projeto, integrante do NAP-CIPEM, investiga, na linha de pesquisa de práticas interpretativas, os elementos técnico-musicais envolvidos na práxis de transcrições para duo pianístico. Além da pesquisa em bibliografia especializada, serão selecionadas obras representativas cujas partituras e gravações nas formações originais serão avaliadas e comparadas às das transcrições.

Responsável: Fernando Crespo Corvisier

O Repertório Coral na Universidade: pesquisa, ensino, questões interpretativas e práticas relacionadas

O projeto dedica-se a abarcar os diversos trabalhos orientados pela professora Susana Cecilia Igayara-Souza ligados à temática do repertório coral, com ênfase na produção brasileira e na prática coral no Brasil, mas sem excluir outros conjuntos de repertório e suas práticas, inclusive o amplo repertório da tradição ocidental erudita e os mais diversos conjuntos de repertórios ligados às práticas tradicionais e ou populares, transmitidos tanto por tradição oral como escrita. Volta-se às questões interpretativas e aos atores envolvidos nas práticas desses repertórios, tanto individuais como institucionais. Aborda tanto questões contemporâneas como históricas, entendendo que as práticas atuais e os repertórios praticados, bem como suas formas de transmissão, são parte de uma única história da presença coral no campo musical e que "a experiência estética é uma instituição, tornada possível a partir do trabalho histórico e cumulativo de autonomização do campo artístico” (Bourdieu, As regras da Arte). Os objetivos específicos do projeto incluem: 1) Análise de obras ou conjuntos específicos de repertório coral; 2) Discussão das relações entre música e literatura e/ou outras relações interdisciplinares; 3) Pesquisa sobre a memória e a história do Canto Coral; 4) Discussão e produção de edições e revisões de obras corais e seus aparatos críticos; 5) Investigação e discussão dos atores envolvidos nas práticas corais: regentes, compositores, coralistas, grupos corais, instituições; 6) discussão de projetos criativos em canto coral, ligados à composição, improvisação, criação coletiva, interpretação, montagem de programas e espetáculos; 7) discussão, análise e experimentação de processos educativos em canto coral; 8) discussão sobre presença e a significação de atividades corais nos diversos contextos socioculturais ou em suas relações interdisciplinares. A metodologia inclui, de acordo com o aspecto específico de cada participante do projeto: revisão bibliográfica; aspectos e processos empíricos e experimentais; processos de documentação e interpretação histórica; análise musical e textual; pesquisa-ação ou pesquisa participativa, tendo sempre por base as disciplinas musicais e musicológicas, com inter-relações com disciplinas afins. Os resultados esperados podem ser: produção de textos (monografias, artigos); produção de listagens e inventários comentados (bibliográficos, fonográficos, de programas de concerto); participações em eventos científicos (apresentações de comunicações em congressos e simpósios, pôsteres, mesas redondas); partituras corais e aparatos críticos ou explicativos (edições práticas, edições críticas, edições revisadas); criação musical (composições, arranjos, improvisação, de preferência com relatos do processo); produção de material didático (apostilas, traduções, plano de cursos, coletâneas, listagens comentadas); produção de material de divulgação (voltados para o público leigo e divulgado em meios não científicos e blogs ); produção de material audiovisual (gravações em áudio e vídeo, produtos multimídia), entre outros.

Responsável: Susana Cecilia Almeida Igayara de Souza

A criação de um método para o estudo da viola brasileira

A viola de dez cordas, de origem portuguesa, chegou ao Brasil ainda no século XVI e foi adquirindo características próprias de maneira que é hoje chamada de viola brasileira. Aspectos ligados à sua organologia e a maneira de usá-la foram fundamentais nesta diferenciação. Muito ligada a uma tradição oral em Portugal e pouco tocada em casas senhoriais ou na corte, conforme pesquisas realizadas, a viola manteve no Brasil o seu perfil de instrumento ligado ao povo e não às elites. Desta forma todo o seu arcabouço técnico foi construído de maneira oral e ligado a culturas específicas nas várias regiões onde se acomodou, no Brasil. A falta de uma metodologia sistematizada para o ensino do instrumento o manteve longe das escolas de música e possibilitou uma miríade de recursos técnicos inerentes a cada local. Singular e plural. Pretende-se a criação de um método, em cinco volumes, que aborde questões técnicas da viola voltadas ao ensino-aprendizado. Como recurso pedagógico, trabalhamos sob a perspectiva popular da imitação criativa, onde o aluno apreende os ensinamentos a partir de composições de sua própria lavra.

Responsável: Ivan Vilela

 A viola de dez cordas, de origem portuguesa, chegou ao Brasil ainda no século XVI e foi adquirindo características próprias de maneira que é hoje chamada de viola brasileira. Aspectos ligados à sua organologia e a maneira de usá-la foram fundamentais nesta diferenciação. Muito ligada a uma tradição oral em Portugal e pouco tocada em casas senhoriais ou na corte, conforme pesquisas realizadas, a viola manteve no Brasil o seu perfil de instrumento ligado ao povo e não às elites. Desta forma todo o seu arcabouço técnico foi construído de maneira oral e ligado a culturas específicas nas várias regiões onde se acomodou, no Brasil. A falta de uma metodologia sistematizada para o ensino do instrumento o manteve longe das escolas de música e possibilitou uma miríade de recursos técnicos inerentes a cada local. Singular e plural. Pretende-se a criação de um método, em cinco volumes, que aborde questões técnicas da viola voltadas ao ensino-aprendizado. Como recurso pedagógico, trabalhamos sob a perspectiva popular da imitação criativa, onde o aluno apreende os ensinamentos a partir de composições de sua própria lavra.

Responsável: Ivan Vilela

 

Sonologia: criação e produção sonora
Música e Espaço - Tecnologias para análise, processamento, criação e produção

O projeto integra linhas de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias computacionais e de áudio para análise, processamento, criação sonora e musical, voltadas para música digital (instrumentação digital, processos para criação sonora e produção musical), para análise sonora e musical (análise de cena, identificação e caracterização de fontes, eventos e padrões), e para modelagem e realização de espaço sonoro (música e instrumentos espaciais, captura, expansão e projeção de áudio 3D/360). Acolhem-se temas inexplorados, questões não- respondidas e soluções inéditas para aplicações musicais interativas e aumentadas, como novos processos para criação sonora e musical emergente, a modelagem da reatividade entre usuário- programas-sons, meios e formas para música espacial, e a modelagem psicoacústica. Aspectos recentes abordados incluem a modelagem da reatividade sonora para mediar processos em produção de áudio inteligente (inteligent music production); o desenvolvimento continuado do software AUDIENCE de áudio espacial, voltado para música espacial e produção audiovisual 3D/360; o controle de emergências na performance com ecossistemas audíveis; a modelagem da dissonância musical; e a análise sonora de música e sinais bioacústicos. Resultados esperados incluem a experimentação e o desenvolvimento de técnicas e dispositivos para microfonação e espacialização de cenas sonoras, para análise e para processamento sonoro, entre outros, articulando-se com demandas não atendidas por softwares comerciais, e explorando novas perspectivas artísticas e tecnológicas em luteria digital e em performance integrativa (músico-instrumento-ambiente-audiência). Projetos contam com fomento de programas do CNPq, bolsas de Estudo PUB-USP e CAPES.

 

Responsável: Regis Rossi A. Faria

Modelagem Computacional de Sonoridades de Percussão

O objetivo desta pesquisa é desenvolver um conjunto de algoritmos, utilizando diversos métodos de síntese sonora digital na linguagem computacional Csound, para modelar a sonoridade e o mecanismo de funcionamento de diversos instrumentos da família da percussão, inclusive instrumentos tradicionais brasileiros. Trata-se, portanto, de uma pesquisa no campo da modelagem física, uma área promissora no campo de tecnologia musical digital. A modelagem de instrumentos percussivos, especialmente os das culturas tradicionais, gera uma perspectiva original nos estudos de acústica musical aplicada. Essa pesquisa tem também impacto imediato na área artística pela proposição de se utilizar os resultados obtidos na composição de um Concerto para Percussão, Sons Eletrônicos e Orquestra.

Responsável: Rodolfo Coelho de Souza

Orquestra Errante: improvisação musical e micropolítica

Nesse projeto me proponho a dar continuidade às minhas pesquisas sobre a improvisação e sobre as práticas coletivas de criação musical, desta vez com foco nas atividades de um grupo que coordeno há mais de 10 anos na ECA/USP: a Orquestra Errante. Vale ressaltar que a Orquestra tem sido, durante todos esses anos, um dos meus principais campos de investigação sobre o tema da improvisação. No entanto, o grupo nunca havia sido o foco das minhas investigações. Nesse projeto pretendo investigar a dimensão micropolítica das atividades desenvolvidas pela Orquestra pensadas enquanto forma de resistência às capturas do desejo empreendidas pelo capitalismo. Nesse sentido, relaciono os agenciamentos que ocorrem no ambiente criativo da Orquestra Errante às estratégias de insurgência propostas pela psicanalista Suely Rolnik (ROLNIK, 2019) contra o que ela chama de patologias do regime colonial capitalista. Um exame detalhado dos agenciamentos deste laboratório de criação e improvisação revelam modos de cooperação micropolítica que estabelecem uma pragmática clínico-estético-política entre seus membros que funciona como uma espécie de antídoto contra a corrupção do desejo empreendido pela macro e micropolítica do capitalismo contemporâneo, aqui pensado como uma espécie de agenciamento totalitário. Essa temática tem sido abordada por mim em vários artigos e textos publicados em livros e revistas (COSTA, R.L.M, 2021; BONAFÉ, V; COSTA, R.L.M. 2020; COSTA, R.L.M., 2020; COSTA, R.L.M., 2019 e COSTA, R.L.M., 2017). A ideia é aprofundar e sistematizar essas investigações anteriores.

Fapesp - Auxílio à Pesquisa n. 2021/00561-9

Responsável: Rogério Luiz Moraes Costa

Experimento e Experimentalismo na Música

Este projeto investiga o papel do experimentalismo na criação musical recente explorando as perspectivas do "experimento" e do "experimental" em relação a questões colocadas pela modernidade e por um pensamento racionalista que dá fundação para a ciência moderna. Num segundo momento analisa a relação entre o experimentalismo vinculado às vanguardas do século XX e a atitude experimental em práticas mais recentes da música que frequentemente aparecem vinculadas ao termo experimental (circuit bending, improvisação livre, criações coletivas apoiadas em plataformas digitais, etc.). Projeto conta com auxílio de Bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Responsável: Fernando Iazzetta


Este projeto investiga o papel do experimentalismo na criação musical recente explorando as perspectivas do "experimento" e do "experimental" em relação a questões colocadas pela modernidade e por um pensamento racionalista que dá fundação para a ciência moderna. Num segundo momento analisa a relação entre o experimentalismo vinculado às vanguardas do século XX e a atitude experimental em práticas mais recentes da música que frequentemente aparecem vinculadas ao termo experimental (circuit bending, improvisação livre, criações coletivas apoiadas em plataformas digitais, etc.). Projeto conta com auxílio de Bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Responsável: Fernando Iazzetta

Grupos de pesquisa
  • Escritas e Invenção Musicais
  • Espelho da Criação - Arquivo Camargo Guarnieri
  • EsTraMuSe - Estudos Transdisciplinares em Música, Sociedade, Educação
  • GEPEMAC - Grupo de Estudos e Pesquisas Multidisciplinares em Artes do Canto
  • Grupo de Apoio e Difusão da Canção Brasileira
  • Grupo de Pesquisas em Estudos Musicológicos
  • MusiMid - Centro de Estudos em Música e Mídia
  • NuSom - Núcleo de Pesquisas em Sonologia
  • PAMVILLA - Perspectivas Analíticas para a Música de Villa-Lobos
  • Poética da Multiplicidade: produção de imagens com processos criativos em vídeo digital

Produção intelectual

O Programa de Pós-graduação em Música possui uma ampla produção acadêmica que inclui as teses e dissertações defendidas junto aos programa, eventos acadêmicos e publicações - revistas, e-books e livros. 

Teses e Dissertações

Consulte as teses e dissertações defendidas junto ao PPGMUS na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP.

Revista do PPGMUS

Fundada em 1990, a Revista Música é uma publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Música da ECA. A Revista publica predominantemente artigos originais resultantes de pesquisa científica, incluindo também outros tipos de contribuições significativas para a área (traduções, entrevistas, resenhas, partituras).

Clique aqui e acesse o site da Revista Música.

Eventos do PPGMUS

2014

  • III Performa Clavis Internacional - 03 a 05 de dezembro de 2014
  • Palestra com Marcel Cobussen - Metodologia da Pesquisa em Artes - 03 de outubro de 2014
  • VI Encontro de Pesquisadores em Poética Musical dos Séculos XVI, XVII e XVIII - 16 a 19 de setembro de 2014
  • Primeira Semana de Estudos e Pesquisa: Perspectivas transculturais no desenvolvimento criativo de coros e regentes corais - 17 a 21 de fevereiro de 2014
Revista Música

Fundada em 1990, a Revista Música é uma publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Música da ECA. A Revista publica predominantemente artigos originais resultantes de pesquisa científica, incluindo também outros tipos de contribuições significativas para a área (traduções, entrevistas, resenhas, partituras).

Clique aqui e acesse o site da Revista Música.

O Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade de São Paulo foi criado a partir da reformulação e separação dos programas de pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes. A partir de 2007, programas que antes eram agrupados sob a denominação genérica de “Artes” (trata-se do primeiro curso de pós-graduação em Artes no Brasil, iniciado em 1974, assim como o primeiro doutorado na área, implantado em 1980), se formaram de forma independente programas, a saber: Artes Cênicas, Artes Visuais e Música. Essa reformulação trouxe maior independência e agilidade aos programas e, consequentemente, maior consistência no conjunto de atividades desenvolvidas em cada um deles.

Desde a sua criação, o Programa de Pós-Graduação em Música (PPGMUS) tem buscado promover estudos musicais inovadores, combinando a pesquisa acadêmica e a prática artística com o objetivo de gerar novos conhecimentos em música, oferecendo ao corpo discente uma formação que o qualifique para atuar de forma crítica e forma inovadora. Assim, o PPGMUS caracteriza-se por um compromisso com a excelência no ensino, pesquisa, extensão e prática artística em suas mais diversas vertentes.

Entre os anos de 2012-2013 tivemos uma reformulação substancial nas linhas de investigação, de forma a melhor adaptá-las ao desempenho artístico e académico do corpo docente, criando condições favoráveis ​​para que se organizassem os processos de investigação e orientação desenvolvidos no Programa de uma forma mais consistente e vertical.

Novo regulamento do PPGMUS - em vigor desde 3 de outubro de 2019
Antigas Normas do PPGMUS - válido apenas para alunos matriculados até março de 2019


Veja também
Informações importantes para os alunos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-graduação em Música:
Currículo Lattes
Instruções para o preenchimento do currículo Lattes por músicos: aqui
 
 

Exame de qualificação

Prazos

Inscrição no exame: Disponível na ficha do aluno.

Banca: Até 60 dias após a inscrição.

Composição da banca

A banca de qualificação deve ser composta por 3 membros titulares e dois suplentes. Não é necessário indicar membro externo ao programa.

Documentos

Inscrição

Agendamento

Veja as instruções da ECA para qualificação

Depósito de tese/dissertação

Prazos

Depósito: Disponível na ficha do aluno.

Banca: até 90 dias após o depósito.

Versão corrigida: até 90 dias após a defesa.

Composição da banca

Regra geral: A maioria dos membros da banca deve ser externa ao programa e pelo menos 1 docente deve ser externo à USP. 

Mestrado

A banca de mestrado deverá ser composta por 3 membros titulares e 3 membros suplentes, obedecendo a seguinte disposição:

Titulares

Membro 1 - Orientador(a)

Membro 2 - Externo ao PPGMUS

Membto 3 - Externo ao PPGMUS e externo à USP

 

Suplentes

Membro 1 - Docente do PPGMUS ou externo

Membro 2 - Externo ao PPGMUS

Membro 3 - Externo ao PPGMUS e à USP

 

Doutorado

A banca de doutorado deverá ser composta por 5 membros titulares e 5 membros suplentes, obedecendo a seguinte disposição:

Titulares

Membro 1 - Orientador(a)

Membro 2 - Docente do PPGMUS

Membro 3 - Docente externo ao PPGMUS

Docente 4 - Docente externo ao PPGMUS

Docente 5 - Docente externo à USP

Suplentes


Membro 1 - Docente do PPGMUS

Membro 2 - Docente do PPGMUS

Membro 3 - Docente externo ao PPGMUS

Docente 4 - Docente externo ao PPGMUS

Docente 5 - Docente externo à USP

 

Observação: Essas disposições informam  os critérios mínimos com base na regra geral. Assim, é possível indicar todos os membros externos ao PPGMUS, pois mantém a maioria de membros externos.

 

Confira os procedimentos necessários para o depósito de tese/dissertação.