CAC | Departamento de Artes Cênicas



Ciclo de encontros discute o legado da Semana de Arte Moderna


AGENDA

Qual o legado da Semana de 22? Como foram abordadas questões de gênero e raça à época? O que é discutido atualmente sobre aquele que é, possivelmente, um dos eventos mais marcantes da cultura brasileira?

 

ECA no Ciclo22

Com o Ciclo22, a USP propõe situar quatro grandes marcos ⎼ 1822, 1922, 2022 e 2122 ⎼, com o objetivo de refletir não somente sobre dois importantes momentos históricos, a Independência do Brasil e a Semana de Arte Moderna, mas também sobre os desafios do presente e os projetos para o Brasil nos próximos 100 anos.

A ECA participa do Ciclo22 com diferentes iniciativas do seu corpo docente e discente, entre periódicos, eventos acadêmicos, produções audiovisuais e manifestações artísticas.

Estas são apenas algumas questões que serão abordadas durante o ciclo de encontros A (des)construção social da Semana de Arte Moderna e sua atualidade cem anos depois, organizado pela Comissão de Cultura e Extensão da ECA. Serão quatro encontros quinzenais e on-line, de 21 de fevereiro a 4 de abril, sempre às segundas-feiras, às 19h, com transmissão ao vivo pelo Canal da ECA no Youtube. Os 30 primeiros inscritos poderão participar do encontro na sala virtual com os professores e terão direito a atestado de participação.

Estudantes, pesquisadores e professores de ensino médio estão convidados para refletir criticamente sobre o legado da Semana de Arte Moderna, realizada na cidade de São Paulo no ano de 1922 e que ficou conhecida como “marco fundante” do movimento modernista no Brasil. Os encontros abordam estudos mais recentes, ligados a temas atuais como decolonialismo, gênero, movimentos identitários e relações de classe, que reinterpretam documentos de época – textos jornalísticos, relatos pessoais e testemunhos, correspondência, etc. – e apresentam novas abordagens para entender a importância atribuída ao evento centenário.

A Semana de Arte Moderna teria sido responsável por “aguçar o foco no entendimento da arte de vanguarda praticada em outros países, principalmente na Europa, e por gerar acelerada mudança no modo de produção artística vigente no Brasil até a segunda década do século XX”, explicam os coordenadores Ferdinando Crepalde Martins, docente da ECA, e Maurício Trindade, gerente adjunto do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.

Segundo os organizadores, o foco é identificar as tensões – disputas, embates, lutas, constrangimentos – que demarcam o (estudo sobre o) modernismo brasileiro, procurando sublinhar as condições sociais de produção dessas tensões, sem perder de vista o móvel que as dinamiza: a busca, entre os participantes do campo artístico e intelectual, pelo monopólio do direito de impor a definição do que foi a Semana de Arte Moderna e o modernismo brasileiro.

 

Programação:
 

ENCONTRO 1: Por que celebrar a Semana de 22? 
21 de fevereiro


* Antecedentes da Semana de Arte Moderna*
A elite política e econômica paulista (PRP; mecenato privado; empresariado “cultural”/imprensa; etc)
Entradas da vanguarda europeia no Brasil
Imprensa e artes plásticas
Lasar Segall e Anita Malfatti
O “Grupo dos hominhos”

 

ENCONTRO 2: Como foi a Semana de Arte Moderna
7 de março


Relatos e repercussão (pró e contra)

 

ENCONTRO 3: A construção histórica da Semana de Arte Moderna
21 de março


Mário de Andrade (conferência de 1942)
Oswald de Andrade
Alceu Amoroso Lima
Antonio Candido
Haroldo de Campos
Caminhos da pesquisa acadêmica
Comemorações da Semana de Arte Moderna ao longo do tempo

 

ENCONTRO 4: Da Semana de Arte Moderna às comemorações do IV Centenário
4 de abril


As elites e a organização da cultura na Semana de 22 e no IV Centenário
A influência estrangeira nos dois momentos
A autoria nacional 
Heranças e rupturas 

 

ENCERRAMENTO: O legado da Semana de Arte Moderna
4 de abril


Questões e tensões acerca do legado da Semana
A questão do revisionismo
Do moderno ao contemporâneo
A cultura popular pós-Semana de 22
O teatro que (não) estava ausente

 
 
Mini currículo dos organizadores:
 

Ferdinando Martins: professor e pesquisador do Departamento de Comunicações e Artes (CCA) e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) da ECA-USP. Coordenador do Centro de Documentação Teatral e do Observatório de Comunicação, Censura e Liberdade de Expressão. Desenvolve pesquisas nas áreas de história das artes cênicas, teorias do teatro, filosofia do teatro, teatro brasileiro, estudos da performance, teoria queer, gênero; psicanálise; subjetividades, produção cultural.

Mauricio Trindade da Silva: graduado, licenciado, mestre e doutor em Sociologia (FFLCH-USP), com tese sobre Mário de Andrade e o Grupo dos Cinco (2018). Trabalha no Sesc SP (Serviço Social do Comércio de São Paulo) desde 2005, onde atualmente é gerente adjunto do Centro de Pesquisa e Formação, unidade especializada dessa instituição. Desenvolve pesquisas sobre modernismo, memória e gestão cultural.

Serviço:

Ciclo: A (des)construção social da Semana de Arte Moderna e sua atualidade cem anos depois

Datas: 21/2, 7/3, 21/3 e 4/4

Horário: 19h às 21h

Transmissão ao vivo pelo Canal da ECA no Youtube

Os 30 primeiros inscritos poderão participar do encontro na sala virtual com os professores e terão direito a atestado de participação. Clique e acesse o formulário de inscrição.

 

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