O Des-habitar Escutas propõe exposição  de trabalhos artísticos de pessoas silenciadas 
 

As pesquisadoras Lílian Campesato Custódio da Silva e Valéria Muelas Bonafé propõem o seguinte questionamento na exposição Des-habitar Escutas: Escuta em Disputa na Cracolândia: “Numa cidade como São Paulo, quem tem o privilégio de ser escutado e quem é sistematicamente silenciado?”
A exposição conta com obras de arte sonoras, visuais e audiovisuais realizadas durante um ano de atuação das duas artistas responsáveis pela iniciativa juntamente com outros artistas, habitantes e frequentadores do território da Cracolândia, bem como com diferentes equipamentos culturais e projetos da região, como o Teatro de Contêiner, o Bar da Nice, o Coletivo Tem Sentimento, o Paulestinos e a EMESP Tom Jobim. 

O evento será também um espaço para reflexão crítica sobre a situação atual da área urbana, bem como um convite para romper com hábitos de escuta, encorajar uma dinâmica de contato e troca entre corpos, experiências e emoções. Um dos ambientes da exposição apresenta, ainda, uma mostra de resultados tecnológicos de pesquisa em Ciência da Computação aplicada desenvolvidos no contexto do INCT InterSCity, grande colaborador do Des-habitar Escutas, com desdobramentos nas áreas de educação, saúde, segurança e mobilidade urbana. 

A exposição terá abertura em 4 de junho, às 18h, no Espaço das Artes da ECA (EDA) e ficará disponível para visitação até dia 19 de junho. Na abertura, haverá um pocket show de Laurah Cruz e Mc Docinho, artistas do território da Cracolândia, acompanhadas por músicos da EMESP Tom Jobim.