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“Não é só sorte”: docente da ECA lança biografia de campeão do basquete

Luciano Maluly publica livro sobre a vida de Miguel Ângelo da Luz, técnico de time icônico do basquete feminino brasileiro
 

Comunidade

"Não é só sorte" — Miguel Ângelo da Luz e o Melhor Basquete Feminino do Mundo é a biografia de um dos maiores técnicos da história do Brasil. Escrita pelo docente Luciano Maluly, do Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE), juntamente com o jornalista Marcelo Cardoso, a obra nasceu de uma admiração antiga de Luciano por Miguel. O livro foi lançado em São Paulo no dia 26 de novembro de 2024 no Centro de Pesquisa e Formação (CPF) do Sesc, com a presença do biografado.

Capa do livro. Ilustração de parte de uma bola de basquete em tons de vermelho, amarelo e verde. Dentro da bola, do lado esquerdo da imagem, há a foto de Miguel Ângelo da Luz segurando uma medalha. Do lado direito e acima, os nomes dos autores Luciano Maluly e Marcelo Cardoso. No centro, o título Não é só sorte - Miguel Ângelo da Luz e o Melhor Basquete Feminino do Mundo. No canto inferior direito as logos LIS e editora ComArte.
Capa do livro. Imagem: reprodução/ Com-Arte

Miguel Ângelo da Luz começou como professor de Educação Física e trabalhava em seis escolas, além de dar aulas de basquete em um clube pequeno. Foi convidado para treinar a seleção juvenil, que se tornou campeã panamericana. Depois, se tornou técnico da seleção feminina de basquete, que foi campeã mundial em 1994, vencendo os EUA nas semifinais, e conquistou a prata nas Olimpíadas de 1996 com as jogadoras mais icônicas do basquete feminino brasileiro: Magic Paula, Hortência Marcari, Janeth Arcain, Leila Sobral e Alessandra Santos. 

“O engraçado [é] que ele era professor de Educação Física, dali um ano e meio ele foi considerado o melhor técnico do mundo. Então, como a sua vida se transforma de um dia para o outro… [...] Mas a vida se transforma através de muito trabalho, e ele tinha uma coisa: ele tinha talento”, diz Maluly.

O docente trabalhou no livro por cinco anos e dedicou a obra ao professor Valdir Baptista, com quem iniciou o projeto, mas que faleceu durante a pandemia.  Maluly conta que quando entrou em contato com Miguel propondo a escrita da biografia, o técnico pensou que era uma brincadeira. “Conhecer o Miguel, trabalhar com ele foi muito gostoso, foi uma coisa fantástica”, diz.

 

 Foto de três homens brancos, abraçados, em pé, sorrindo. Ao fundo uma parede branca com janelas e o cartaz de lançamento do livro. Da esquerda para a direita: Marcelo Cardoso, homem branco com cabelos grisalhos. Veste camisa preta, calça bege, está de braços cruzados e usa óculos; Miguel Ângelo da Luz, homem branco de cabelos grisalhos, usa óculos e veste camisa branca com calça bege e sapatos marrons; Luciano Maluly, homem branco, cabelos castanhos, veste camisa listrada em preto e branco, calça preta e sapatos pretos. À frente, há uma mesa com um pano branco e o livro em cima.
Lançamento do livro no Rio de Janeiro em 30/09/2024. Foto: Acervo pessoal/ Marcelo Cardoso

 

O livro apresenta um material extenso, resultado de cerca de 30 entrevistas, além das diversas fotografias disponibilizadas por Miguel. A finalização do livro foi um desafio que  contou com o auxílio do docente Plínio Martins Filho, também do CJE, e da Com-Arte, editora laboratório da ECA que publicou a obra

Publicar Não é só sorte é a realização de um sonho para Luciano. “Me engrandeceu como jornalista e como professor”, ele afirma. E, apesar de ter demandado uma maior atenção, uma vez que está contando a história de vida de uma pessoa, o fato de gostar de contar histórias e gostar de esportes ajudou bastante para que o processo não fosse desgastante. 

Maluly afirma que o livro é voltado principalmente para profissionais de educação física por trazer detalhes da preparação das jogadoras e da maneira que o técnico trabalhava, entendendo que elas precisavam ter liberdade para viver. Em matéria para O Globo, o co-autor Marcelo Cardoso resgata a fala de uma das jogadoras que reflete a relação de Miguel Ângelo com o time e a comissão técnica: “Paula sempre falou que ele ouvia todas as jogadoras. Muitos dizem que a seleção de 1994 já estava pronta. Só que ela não ganhava Mundial e em Olimpíadas não dava nem medalha de bronze. Ele teve a humildade de ouvir todo mundo, juntar a comissão técnica, delegar poderes e dar independência para as jogadoras. E, principalmente, teve o mérito de juntar as jogadoras mais antigas e as mais novas”. 
 

Serviço:

Lançamento do livro Não é só sorte - Miguel Ângelo da Luz e o Melhor Basquete Feminino do Mundo

Data: 26 de novembro de 2024

Horário: a partir das 19h para o público e das 18h30 para a imprensa.

Local: Centro de Pesquisa e Formação (CPF) do Sesc. Rua Doutor Plínio Barreto, 285, 4o Andar, Bela Vista, São Paulo - SP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Texto editado em 27 de novembro para atualização de informações sobre o lançamento.

 

 

Imagem de capa: reprodução/Confederação Brasileira de Basquete.