Em artigo publicado na última edição da Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación, a professora Roseli Figaro, do Departamento de Comunicações e Artes (CCA), e o professor Eneus Trindade, do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo (CRP), abordam a trajetória e reestruturação, em 2019, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM) da ECA.

Intitulado A Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da USP: as mudanças de um programa de referência para a Ibero-américa, o trabalho destaca o papel do PPGCOM na formação humanista, plural e interdisciplinar de pesquisadores “imbuídos da responsabilidade profissional de ampliar a compreensão desse objeto teórico-metodológico complexo e desafiador que é a comunicação”. Criado em 1972 com atividades no nível de mestrado, o Programa “formou grande parte dos acadêmicos que hoje atuam na área das Ciências da Comunicação no Brasil”. 

Hoje, o PPGCOM possui 23 professores e professoras permanentes no corpo docente e está organizado em três linhas de pesquisa:

• Comunicação, redes e linguagens: objetos teóricos e empíricos;
• Processos comunicacionais: tecnologias, produção e consumos;
• Comunicação: interfaces e institucionalidades.

A reformulação do Programa teve por meta criar uma maior coesão entre as atividades de ensino e pesquisa, organização didático-pedagógica e atividades de inovação, regionalização e internacionalização, buscando, com isso, adequar-se às normas mais recentes estabelecidas para os Programas de Pós-graduação da USP. A proposta – que reestruturou a área de concentração e as linhas de pesquisa – reforçou a identidade temática do Programa como um todo, sem, no entanto, afetar sua pluralidade e transdisciplinaridade. Esse caráter transdisciplinar se expressa na articulação entre as linhas de pesquisa e também está presente, segundo os autores, na “proposição de disciplinas dos diferentes eixos – teórico-metodológicos e especificidades”.

Além de tornar o PPGCOM mais alinhado com o sistema de avaliação de pós-graduação brasileiro, a reestruturação também "proporcionou maior sintonia com os avanços nos estudos da comunicação. As mudanças efetuadas trouxeram mais "vigor e vivacidade para tratar dos temas candentes que instigam nossas comunidades e necessitam de respostas, sobretudo, um compromisso da ciência com a produção de conhecimento para melhorar a vida das pessoas", concluem os docentes. 

Saiba mais sobre a edição 36 da revista ALAIC

A edição de número 36 da revista ALAIC – editada pela Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación – conta com outros artigos de temática livre sobre reflexões comunicacionais. Em Visibilidade mediada e disputa de poder nos protestos de junho de 2013 no Brasil, Ana Cristina Suzina apresenta uma resenha da obra Media and the Image of the Nation during Brazil’s 2013 Protests, publicada em 2020.

Camilla Quesada Tavares, docente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e Marina Michelis de Lima Fernandes, doutoranda da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), analisaram notícias publicadas em 2018 para compreender como os países latino-americanos aparecem nos periódicos brasileiros. O resultado pode ser conferido no artigo A América Latina na cobertura noticiosa: uma análise da editoria Mundo dos portais Folha de S. Paulo e O Globo.

Para conferir a edição 36 na íntegra, acesse o site da Revista ALAIC.