Conheça o Diversidade na ECA, projeto de extensão
Há seis anos, grupo trata questões de gênero, raça, sexualidade, saúde mental e outros temas presentes na vida universitária
Criado em 2017, o projeto Diversidade na ECA tem como objetivo promover espaços de discussão e reflexão de temas relacionados à diversidade na ECA e na USP. O grupo conta com a coordenação da professora Cláudia Lago, do Departamento de Comunicações e Artes (CCA) e, atualmente, tem a participação de Rosa Baptista Faustino Miranda e Thaynara Floriano Batista da Silva, ambas alunas da Licenciatura em Educomunicação e bolsistas pelo Projeto Unificado de Bolsas (PUB). A mestranda Cintia Gomes, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM), e a estudante Letícia Pinto de Barros também colaboram com o projeto.
Ao longo de seus seis anos de existência, o projeto já organizou diversos encontros sobre temas como racismo, gênero, capacitismo e sexualidade, além de outras questões relacionadas com a pluralidade de pessoas dentro do ambiente da universidade. Entre os destaques está o seminário Fazendo e Desfazendo Gênero, que acontece geralmente no mês de agosto, e apresenta em sua programação mesas redondas, palestras, grupos de trabalho e produções artísticas sobre questões de gênero, atraindo participantes da USP e de outras instituições de ensino.
Para a professora Cláudia Lago, a importância desse tipo de iniciativa centra-se na necessidade de entendimento das multiplicidades existentes entre as pessoas, especialmente no ambiente acadêmico. “eu acho esse projeto e outros nessa linha extremamente importantes porque eles chamam a atenção para uma coisa que a gente precisa trabalhar: a gente precisa entender que nós somos diversos e que, por sermos diversos, as nossas necessidades, as formas como a gente se coloca no ambiente são múltiplas e a gente tem que respeitar, especialmente aqueles que são politicamente minorizados.”
Além de atividades presenciais, o Diversidade na ECA também realiza eventos híbridos ou online, o que aconteceu principalmente durante o período mais intenso da pandemia de covid-19. Lives no YouTube e encontros e debates por videochamada foram algumas das estratégias que o grupo utilizou para se manter ativo durante esse momento. A professora reforça que o uso dessas tecnologias favoreceu a divulgação do conteúdo que é produzido pelo grupo. “É por isso que a gente tem usado muito YouTube, porque você consegue deixar gravado, [...] no fim vira um repositório de conteúdos sobre determinadas questões e a gente está trabalhando com praticamente todas as questões que são identificadas como de diversidade”, explica Claudia, que também coordena o grupo de pesquisa Alteridade, Subjetividades, Estudos de Gênero e Performances nas Comunicações e Artes (AlterGen).
O projeto está aberto para quem quiser contribuir de forma voluntária, sugerindo pautas a serem desenvolvidas ou participando dos eventos organizados pelo grupo. Alguns dos temas abordados atualmente em suas atividades são, inclusive, sugestões de estudantes. Um exemplo é a abordagem da temática do sofrimento psíquico e da saúde mental, assunto de encontros recentes do projeto e que é uma questão que preocupa a universidade.
Para acompanhar as ações realizadas pelo Diversidade na ECA e sua programação de eventos, é possível segui-los em suas páginas no Instagram e no Facebook. Além disso, é possível participar de suas atividades remotamente, pelo canal do YouTube do grupo, além de ter acesso a conteúdos publicados anteriormente.
Apoio a projetos de extensão
O projeto Diversidade na ECA tem o apoio do Programa Unificado de Bolsas, ou simplesmente PUB, uma ação desenvolvida juntamente à Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE) da USP, que incentiva estudantes de graduação a participarem de atividades de extensão acadêmica, ensino e pesquisa. Podem concorrer às bolsas apenas discentes da graduação que não possuam vínculo empregatício e que estejam inscritos no PAPFE, desde que não acumulem bolsas. Estudantes que recebem auxílio permanência oferecido pela Pró-reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) também podem integrar o programa.
As inscrições de projetos de docentes da USP no PUB costumam ocorrer no mês de maio. Em junho, é aberto o período de inscrições para discentes da Universidade. As atividades dos projetos aprovados, geralmente, têm início no mês de setembro. Para mais informações, acesse a página da Pró-reitoria de Graduação.