Saiba quem são os novos funcionários da ECA
Com trajetórias diversas, novos funcionários falam de suas expectativas para o trabalho
Entre junho e setembro, a ECA recebeu quatro novos funcionários para trabalharem nos setores administrativos da Escola. São eles: Alessandro Menegat e Diogo Soares, na Seção de Compras, Ligia Marques, no setor de concursos, e Valesca Zampieri, no Serviço de Pós-Graduação.
A seguir, conheça as trajetórias pessoais, profissionais e acadêmicas de cada um e saiba mais sobre sua adaptação em seus respectivos setores e suas expectativas para o cargo.

Alessandro Menegat
Na Seção de Compras, há dois novos funcionários. Um deles é Alessandro Menegat, analista para assuntos administrativos. Antes de trabalhar no setor público, ele ingressou no bacharelado em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e fez pós-graduação em História da Ciência na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
Durante os anos de estudo, sempre foi bolsista e fazia planos para seguir na carreira acadêmica. Porém, mudar-se da capital paulista não era uma opção. “Você tem que começar indo para cidades muito menores [para dar aula], quando você tá numa área muito pequena como a minha”, comenta. “O que me fez restringir [a busca] a São Paulo foi o nascimento do meu filho. Como eu pensei em ficar só por aqui, daí eu mudei de área”. O filho de Alessandro tem três anos e meio.
Antes de entrar na ECA, em junho deste ano, ele trabalhou em um banco e afirma que mesmo essas mudanças sendo muito recentes, é perceptível que o ambiente da Escola é mais tranquilo. “É muito recente, ainda estou me ambientando. Primeiro, você chega aqui e tem essas árvores bonitas, um clima agradável. E não tem aquela coisa do banco. O ambiente é mais tranquilo, tem árvores, passarinhos”.
Diogo Soares

Diogo Soares, também novo funcionário do setor de compras, veio de mala e cuia para São Paulo diretamente de Contagem (MG). Em 2015, ele ingressou no bacharelado em Ciências Biológicas, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e se especializou na área da saúde, mais especificamente em microbiologia. Depois disso, fez um mestrado na mesma universidade, na Escola de Veterinária. Após o mestrado, pensou em seguir na carreira acadêmica, mas não se sentia seguro para iniciar um doutorado imediatamente e, por isso, decidiu trabalhar no setor privado, em um laboratório especializado em medicina veterinária.
Foi então que Diogo decidiu estudar para prestar concursos públicos. O trabalho na Seção de Compras da ECA é a sua primeira experiência em algo administrativo e ele acredita que é possível ter um bom desempenho: “pra mim está sendo tudo novidade. São funções que eu desconhecia, mas tendo um certo empenho, um treinamento, um direcionamento pelos colegas e pela chefia, dá para assimilar, conseguir aprender as funções e desempenhar um trabalho satisfatório”.
Também contratado como analista administrativo em setembro, Diogo só conhecia São Paulo pela televisão e por relatos de outras pessoas. Ele comenta que esperava que a cidade fosse mais caótica: “tenho a impressão de que é um caos organizado. As coisas funcionam e tem uma prestação de serviço público diferenciada em relação à Belo Horizonte”. Morador do Butantã, bairro próximo ao campus da Cidade Universitária, ele afirma que gosta do clima do bairro e do campus. “[O campus] é muito bonito, muito bacana. Eu gosto dessa área verde e de ter espaços mais amplos, maiores, sem obstrução de construções. Venho todo dia de bicicleta”.
Ligia Marques

Ligia Marques chegou na ECA em agosto, já tendo trabalhado em diversas unidades da USP: Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) - de 2005 a 2008 e de 2013 a 2017 -, Escola de Enfermagem (EE) - 2013 -, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) - 2017 a 2021 -, Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design (FAU) - de 2021 a 2023 - e Instituto de Matemática e Estatística (IME) - de 2023 a julho de 2024.
A funcionária entrou para a área de concursos da ECA e comenta que sua carga de trabalho pode variar de acordo com o andamento de cada concurso: alguns dias são mais tranquilos e outros, mais agitados. “Tem concurso praticamente toda semana; o calendário de hoje foi a banca [de um concurso] aparecer aqui e falar com os candidatos e já era. Mas amanhã vai ter coisas o dia inteiro, e aí alguém sempre quer alguma coisa de você”.
Ligia mora na Zona Leste, fez curso técnico em Nutrição e tem dois diplomas de graduação: bacharelado em Processos de Produção e licenciatura em Química. Ela já atuou como professora, mas o setor público sempre foi protagonista em sua trajetória profissional. Agora, como analista administrativa, Ligia completa a passagem pelos três níveis em que os funcionários são divididos na USP: básico, técnico e superior.
Para ela, a convivência no ambiente de trabalho é muito importante e sua adaptação na ECA é sinônimo de acolhimento. “Eu estou gostando [do trabalho]. Pode não ser o trabalho mais legal do mundo, mas para mim o que importa mais são as pessoas. Me senti acolhida. Até falo para a minha chefe ‘parece que você tá me enganando. Você tá querendo me comprar, né?’”, comenta. Suas expectativas giram em torno da permanência na Escola: “Tá cedo para falar isso, mas eu acho que eu vou ficar aqui”.
Valesca Pinheiro Zampieri
A mais nova funcionária da Pós-Graduação, Valesca Pinheiro Zampieri, já conhecia a USP de outros carnavais. Ela ingressou em Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) em 2009 e se formou em 2014. Nesse meio tempo, fez um intercâmbio e viajou por diversos países, como Portugal, Itália, Austrália e Tailândia. Em 2018, fez uma especialização em Advocacy e Políticas Públicas, pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV), e mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento Humano pela Universidade de Maastricht, na Holanda.

Antes de começar como técnica para assuntos administrativos na ECA, no dia 19 de setembro, Valesca já trabalhou com relacionamento de empresas, no terceiro setor, e também com campanhas eleitorais. “Faço consultoria, principalmente em planejamento de estratégia de relacionamentos, desenvolvimento institucional e captação de recursos”, comenta. Ela é coordenadora de formação da Executiva Municipal de São Paulo da Rede Sustentabilidade e, em 2022, coordenou a campanha de Ricardo Galvão, presidente do CNPq, para deputado federal.
A cientista social também trabalha na Organização Não Governamental (ONG) TETO desde 2011 e acredita que seu trabalho contribuiu fortemente para ela entender o seu papel no mundo. “Eu posso ter feito uma faculdade que tá num ranking muito alto, posso ter ido para o exterior fazer mestrado… Eu poderia ter ido para a melhor faculdade do mundo, mas eu não sei as respostas que a ‘dona Meire’ sabe, a melhor solução para pensar a comunidade onde ela vive todos os dias, onde ela cresceu e eu sou só uma visitante”, afirma.
Valesca é mãe solo. Sua filha, Aurora, de 3 anos, foi o principal motivador para seguir uma carreira no setor público, dadas as incertezas da economia e de sua área de atuação. “É muito importante para mim tirar essa incerteza, que me causava uma ansiedade muito grande”, comenta.
Atualmente, a funcionária atua no Serviço de Pós-graduação da ECA, mas pretende ocupar a função de secretária do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais (PPGAV). O cargo é mais interessante do que ela imaginava. “É todo mundo muito gentil comigo. Eu ainda não tenho nenhuma interação com os alunos, mas acho que a ideia é que exista essa relação também e isso me deixa contente, porque eu gosto de pessoas. E tem datas, prazos, processos; eu gosto disso também”, afirma. Valesca ainda diz que gostaria de prestar futuros concursos para o cargo de analista, uma vez que assumiu um cargo no nível técnico.