Notas
"Nota de solidariedade ao professor Juarez Xavier" - 2019
"A Comissão de Direitos Humanos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo manifesta indignação e repúdio perante o episódio de violência racista cometido no Dia da Consciência Negra, no último 20 de novembro de 2019, contra o professor Juarez Xavier, docente do curso de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. O episódio indica a perpetuação cotidiana do racismo na sociedade brasileira e acentua a necessidade de mais esforços pela vida e integridade de todos os seres humanos, além da convivência social com respeito de oportunidades e de direitos, compromissos fundamentais daqueles que atuam pelos direitos humanos.
Solidarizamo-nos com o professor Juarez Xavier e nos posicionamos ao seu lado na luta antirracista. Luta essa baseada na valorização das raízes histórico-culturais e identitárias afro-brasileiras, assim como de reconhecimento dos prejuízos contra as pessoas negras no passado e na atualidade".
Nota de repúdio "Até quando?" - 2020
"Na véspera do Dia da Consciência Negra somos atravessados pela notícia da morte por espancamento de João Alberto Silveira Freitas, em dependências da rede Carrefour em Porto Alegre (RS).
Esta não é uma morte isolada. É mais uma das mortes de pessoas negras perpetrada por 'seguranças', 'policiais', supostas autoridades, por um único motivo: racismo. Racismo que assola a sociedade brasileira, que tem a maioria de sua população negra.
Morte que é fortemente simbólica, ao ocorrer às vésperas de dia 20 de novembro, e que nos obriga a perguntar: até quando vamos, enquanto sociedade, tolerar esse estado de iniquidade, violência e barbárie?
Justiça para João Alberto. Prisão imediata de seus assassinos e responsabilização da rede Carrefour que, mais uma vez, é palco odioso de atos de racismo.
Comissão de Direitos Humanos da ECA/USP
Diversidade na ECA"
Nota de repúdio aos atos de terrorismo - 2022
A Comissão de Direitos Humanos da Escola de Comunicação e Artes vem por meio desta nota repudiar veementemente os ataques nazistas e racistas pichados nos espaços estudantis da Universidade de São Paulo, assim como os ocorridos Brasil afora no último período. Entendemos que estes ataques devem ser denunciados amplamente à sociedade e às autoridades como o que são: atos de terrorismo, e registrados devidamente na tipificação da lei vigente, em Boletim de Ocorrência, o que já foi realizado pela USP.
O pensamento livre e crítico, condição fundamental para o trabalho desta instituição, não será silenciado, nem os avanços conquistados por gerações de lutadores de dentro e fora da Universidade serão interrompidos.
Reafirmamos nosso compromisso com a promoção e defesa dos Direitos Humanos, assim como saudamos quem, com suas possibilidades, saberes e práticas, nos acompanha nessa missão. Que estes fatos graves e tristes nos sirvam de alerta e combustível.
