CRP | Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo



Grupo de estudos da ECA apresenta nova revista: Interfaces da Comunicação

Periódico do Grupo de Estudos de Novas Narrativas está com chamada aberta para artigos

Vida acadêmica
print de tela do Google Meet, com vários quadrados, cada um com a imagens de um pesquisador do grupo
Encontro do Grupo de Estudos de Novas Narrativas

O GENN – Grupo de Estudos de Novas Narrativas acaba de lançar uma nova publicação: a Revista Interfaces da Comunicação. O grupo se reúne desde 2007, sob a coordenação do professor Paulo Nassar, do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo (CRP), para agrupar, organizar e difundir pesquisas sobre as narrativas na contemporaneidade, em diferentes campos do conhecimento.

O projeto foi apresentado pelo professor Luiz Alberto de Farias, também docente do CRP e vice-coordenador do grupo. “No momento em que passamos por uma pressão fortíssima contra a ciência, contra a educação, contra o ensino superior, quando temos uma redução significativa de investimentos, publicar uma revista é abrir um espaço para que as pessoas possam dialogar e apresentar as suas pesquisas com benefícios para toda a sociedade”, disse o docente.

Em suas edições, serão aceitos trabalhos de pesquisadores especialistas, mestres e doutores/as interessados/as no tema e que tenham por objetivo ampliar a discussão sobre as novas formas de narrativa no lugar de fala comunicacional. Os textos devem seguir as seguintes categorias: artigos científicos, resenhas e entrevistas.

“É uma revista múltipla, interdisciplinar, que se presta exatamente a buscar contribuições que talvez não se encontrem necessariamente em uma publicação ou outra, mas que possam ter uma amplitude dialogal com áreas como Antropologia, Sociologia, Ciência Políticas, Economia, Psicologia, Administração, Museologia, Arquitetura & Design, Turismo, Direitos Humanos, Comunicação, entre outras”, complementou Farias.

Interfaces da Comunicação está com chamada de trabalhos aberta para artigos do Brasil e de outros países até o dia 15 de abril, que irão compor seu primeiro número. As contribuições podem ser enviadas para o e-mail revistainterface@usp.br, de acordo com a sua política editorial, disponível no site da publicação.

 

Narrativas, história e urbanismo da cidade de São Paulo

O professor Fernando Atique, da Unifesp, que vem trabalhando nas interfaces entre Arquitetura, Urbanismo e História, também participou do encontro e apresentou algumas considerações que dizem respeito à maneira como se conta a história sobre São Paulo. “A narrativa da história da constituição desta metrópole tem me intrigado desde quando era mestrando em São Carlos, a partir das grandes movimentações que vinham de um estruturalismo, mas que não me ligavam efetivamente algumas compreensões do que seria esta cidade que se fez metrópole ainda no final dos anos 1930, mas que deixava várias pontas soltas no que diz respeito a quem foram as pessoas que sumiram dessa cidade que virou metrópole e quais as edificações que desapareceram. O que vou mostrar pra vocês é fruto de uma reflexão iniciada num grupo de pesquisa em 2015 sobre a cidade que se foi”, disse.

Atique apontou as demolições como um dos problemas para a história urbana – que ajudam a revelar as transformações ocorridas entre 1908 e 1945, quando um intenso processo de urbanização converte a cidade com cara de vila em uma grande metrópole. “Estudar esse período de formação da metrópole paulistana é trabalhar com elementos de engenharias de poder e de arquiteturas políticas. Isto é fundamental”, contou o pesquisador.

Para o professor Paulo Nassar, a exposição do pesquisador revela a importância do estudo das interfaces na área de comunicação. “A narrativa organiza a experiência no tempo e no espaço. A tua exposição mostra que estamos no caminho certo de trabalharmos realmente comunicação jamais desvinculada de interfaces poderosas”, concluiu o docente.

 

Com informações da Aberje.