estudantes e professores em estúdio de edição de vídeo

CTR | Departamento de Cinema, Rádio e Televisão

Corpo Docente - Profa. Dra. Esther Império Hamburger

Foto de Perfil - Profa. Dra. Esther Império Hamburger

 

Esther Império Hamburger

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 História, teoria e crítica do Audiovisual e Projeto. 

 E-mail: ehamb@usp.br     

 

Esther Hamburger é Professora Titular de História do Cinema e do Audiovisual e de Projeto do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Possui doutorado em Antropologia pela Universidade de Chicago, com a tese "Politics and Intimacy in Brazilian Telenovelas", publicada em português como " O Brasil Antenado, a sociedade da novela". Atua na confluência da Crítica e dos Estudos de Cinema e Televisão e Antropologia, na abordagem de temas como desigualdades sociais, relações de gênero e raça no cinema, na televisão e nas mídias digitais contemporâneas e na história recente. Seu trabalho investiga imagens em movimento e sons como relações que em formas específicas mediam interlocuções e constituem a vida. Foi Tinker Visiting Professor na School of the Arts / ILAS Columbia University, Visiting Scholar no Center for Latin American Studies da University de Harvard, Visiting Professor no Center for Latin American Studies da Universidade de Michigan e fez pós doutoramento na Universidade do Texas, Austin. Fez graduação e mestrado em sociologia na FFLCH da USP. Foi também pesquisadora do CEBRAP. Publica regularmente capítulos em coletâneas brasileiras e estrangeiras, artigos em revistas especializadas, e jornais da imprensa diária. Foi Chefe do Departamento de Cinema Radio e TV da ECA e diretora do CINUSP Paulo Emílio. É coordenadora do Laboratório de Investigação e Crítica Audiovisual (LAICA) e atual presidente da Associação Kinoforum.

 

Disciplinas

História do Audiovisual II, História do Audiovisual III e História do Audiovisual IV.

 

Projetos de Pesquisa

Audiovisual, memória, desigualdades e a ampliação da democracia brasileira

Esse projeto revisita repertórios audiovisuais que abordaram desigualdades a partir dos anos 1980 com o intuito de discutir a coincidência entre processos de inclusão social e a diversificação dos mecanismos de produção e circulação de imagens em movimento que ocorre com a transformação digital, um processo global. A questão é que no Brasil, a diversificação de meios estimula a articulação e a diversificação de vozes anteriormente inaudíveis no espaço público. Rastreio objetos audiovisuais que estenderam a amplitude da democracia brasileira ao introduzir questões éticas e estéticas sobre como filmar a desigualdade e a discriminação de classe, cor e gênero sem contribuir para reforçar a discriminação. Esse debate mobiliza a crítica, mas se dá na forma fílmica, articula memórias pessoais, coletivas, e/ou ancestrais, e envolve a imaginação de futuros inclusivos. Resgatar essas contribuições é uma forma de contribuir para reforça-las como alternativa a discursos de ódio e desconstrução que ocupam espaços privativos abertos nas redes sociais e desses bunkers virtuais que ameaçam as possibilidades de viver junto (Barthes, 1977).

Em um mundo de telas

Esse projeto se desenvolve em torno de duas vertentes, documental e ficção, ambas recortadas por questões transnacionais e de gênero e ambas abarcando a história da segunda metade do século XX e a realização contemporânea. Em ambas as vertentes o projeto pretende elaborar conceitualmente os dados empíricos coletados em projetos anteriores. A primeira aborda o documentário, especialmente as relações entre encenação e documentário e inclui a finalização da pesquisa sobre o cinema de Arne Sucksdorff no Brasil. O documentário encenado produzido pelo Sueco em plena era do cinema direto estimula o entendimento do filme brasileiro do diretor como resultante de relações inusitadas entre o cineasta europeu e seus jovens estudantes brasileiros. A publicação da comparação entre Fábula e Mitt hem ar Copacabana e aborda a serie documental que o diretor realizou no Mato Grosso para a televisão sueca. A reflexão sobre o trabalho de Sucksdorff motivou a abordagem da história do cinema direto e de suas relações com o cinema brasileiro. Reflexão sobre o cinema de Eduardo Coutinho e Helena Solberg, além de Adirley Queirós se beneficiam da problematização das relações da encenação com o documentário em diversos momentos históricos. A elaboração conceitual no projeto presente também explorar as dimensões transmidiáticas que potencializam a reflexão sobre interlocuções fílmicas e apropriações dos mecanismos de produção e circulação das imagens em movimento. A reflexão sobre o documentário contemporâneo, o filme de arquivo e o filme ensaio inclui o trabalho de alunos e o trabalho em torno do acervo digital da TV TUPI. A segunda vertente do projeto dá continuidade à vertente mais antiga em meu trabalho, de reflexão sobre a forma seriada. Nessa vertente o estudo de adaptações literárias para o cinema e a televisão e o estudo de séries norte-americanas recoloca a questão do tempo diegético e extra-diegético levando ao retomar da reflexão sobre o Folhetim e o melodrama. O projeto de digitalização do acervo Tupi alimenta também essa segunda vertente da pesquisa.

Global Humanities Institute 2019: Crises of Democracy through the Prism of Cultural Trauma

Global Humanities Institute 2019: Crises da democracia através do prisma do trauma cultural

O que há no mundo de hoje que está tornando as abordagens populistas e autoritárias do governo mais atraentes do que as democráticas? As crises da democracia não surgem do nada. Os países que atualmente encontram seus sistemas políticos em crise podem, na maioria dos casos, encontrar causas olhando para trás em tempos, eventos e experiências específicas na vida coletiva da cultura. Voltando-se para o passado, eles podem determinar condições e padrões de respostas e influências que contribuíram para as crises atuais.

O Índio Transnacional

Auxílio para Prof. Visitante no âmbito do projeto O Índio Transnacional. Prof. Robert Stam.O professor compartilhou seu trabalho em andamento sobre a construção transnacional da figura do índio. Esse projeto vem de encontro à uma problemática geral com a qual diversos professores ligados ao laica trabalham. No que diz respeito ao meu trabalho especificamente, a partir do estágio de pesquisa realizado no segundo semestre de 2015, tenho avançado na formulação de uma problemática que envolve o mapeamento de relações transmidiáticas: entre diversos meios, como o cinema, a televisão e meios digitais; transnacionais; que leve em conta o documentário e a ficção; e que dê conta da construção de relações de alteridade de classe, gênero e cor. No Brasil, muitas vezes essa confluência de problemas se confunde com os Estudos Culturais, uma matriz teórica que em certas vertentes despreza as formas estéticas em favor de determinações extra campo. O trabalho do professor Robert Stam se situa em uma matriz de estética russa, especificamente ligada ao teórico Mikhail Bakhtin, e a partir dessa ótica, se aventura em estudos que procuram entender ocorrências acima mencionadas. Seu último livro, publicado no ano passado se aventura no terreno da análise estética de vídeos postados na internet. Ao dedicar sua atenção crítica a materiais digitais de natureza diversificada, distante dos cânones das galerias ou das cinematecas, o professor reconhece a emergência de uma arena de debate audiovisual, onde circulam intervenções artísticas ou não, que comentam, que arquivam, que descartam. O professor também discutiu os projetos de alunos de mestrado e doutorado.

Encenação no Cinema e na Televisão

O presente projeto pretende consolidar a reflexão teórica sobre os diversos materiais empíricos levantados no período. A reflexão proposta pretende problematizar as relações entre forma audiovisual e as relações sociais e políticas que as constituem, sobre o lugar das imagens como elementos constitutivos da vida cotidiana, mediadores que carregam significados pressupostos, como veículos de reprodução, mas também de reinterpretação e transformação social. O projeto pretende estabelecer essa discussão na história recente do país em duas direções: a primeira dá continuidade e pretende terminar a reflexão sobre o filme Fábula ou Mitt hen är Copacabana (1965) de Arne Sucksdorff, iniciada no âmbito do projeto anterior. A segunda vertente dá continuidade ao estudo da teleficção iniciado na minha pesquisa de doutoramento e continuado desde então no projeto de digitalização do acervo da TV TUPI. Dando sequencia à elaboração em em torno da telenovela Beto Rockfeller (1968) a relação entre essas obras de ficção seriada, que seguem o processo de feitura do folhetim, bem como a teleficção contemporânea, ambos ricos em referências extra diegéticas, pretendo elaborar sobre as relações temporais entre personagens, entre personagens e espectadores, entre personagens, espectadores e realizadores. Cruzamentos entre teleficção e telejornalismo se tornam relevantes aqui. As relações entre tempo e presença em cena, entre encenação e improviso, entre drama e documentário são relevantes nesse projeto. Os alunos de graduação e de pós-graduação vinculados ao projeto desenvolvem suas próprias pesquisas com corpus específicos.

Publicações e Produções Científicas

HAMBURGER, E. I.. A expansão do 'feminino' no espaço público brasileiro: novelas de televisão nas décadas de 1970 e 80. ESTUDOS FEMINISTAS, v. 15, p. 153-175, 2007.

 

HAMBURGER, E. I.. Da janela do meu quarto. Significação-Revista de Cultura Audiovisual, v. 35, p. 167, 2008.
 

HAMBURGER, E. I.. Wired Up to the World: Performance and Media in Contemporary Brazil. In: Peter Birle, Sérgio Costa, Horst Nitschack. (Org.). Brazil and the Americas. 1ed.Frankfurt: Vervuert, 2008, v. , p. 199-222.
 

HAMBURGER, E. I.. Representações sobre Reprodução nas Telenovelas Brasileiras. In: Maria Coleta Oliveira; Maria Isabel Baltar da Rocha. (Org.). Saúde Reprodutiva na Esfera Pública e Política.. Campinas: Editora da UNICAMP/ NEPO, 2001, v. , p. 279-302.

 

HAMBURGER, E. I.. The Strangest of Theaters: On the Poetics and Politics of Brazilian contemporary audiovisual expression. 2011. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).

Produções Artísticas ou Técnicas

Entrevista TV SENADO: Como fica o setor do audiovisual pós-pandemia? - 2022

HAMBURGER, E. I.; NEIVA, H. . Entrevista TV SENADO: Como fica o setor do audiovisual pós-pandemia?. 2022. (Programa de rádio ou TV/Entrevista).

https://www.youtube.com/watch?v=A2xBvNAtd0U

A TV ainda impera como principal veículo de massa em casas sem ??

HAMBURGER, E. I.; MORALES, T. . A TV ainda impera como principal veículo de massa em casas sem. 2020. (Programa de rádio ou TV/Entrevista).

https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/316065/tv-ainda-impera-como-principal-veiculo-de-massa-em.htm

Por que 'Pantanal' foi tão importante em 1990 - e o que esperar do remake

Hamburger, Esther; MANIR, M. ; GOMES, L. G. . Por que 'Pantanal' foi tão importante em 1990 -- e o que esperar do remake. 2020. (Programa de rádio ou TV/Entrevista). 

https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/09/14/por-que-pantanal-foi-tao-importante-em-1990----e-o-que-esperar-do-remake.amp.htm

Revista E-Compós

HAMBURGER, E. I.. Revista E-Compós. 2018.

Camara ligada

HAMBURGER, E. I.. Camara ligada. 2008.