CCA | Departamento de Comunicações e Artes



Educom.Saúde inicia nova fase e amplia ações de combate à covid-19

Com nova edição em 2020, projeto do curso de Educomunicação oferece formação para profissionais da saúde

Comunidade
Foto de senhor fazendo uma apresentação ao vivo. O homem é branco, usa barba, veste uma camisa azul e branca e calças pretas. O telão para o qual o palestrante aponta mostra nomes de predecessores da área.
Edição do projeto Educom.Saúde 2019, com aula do professor Ismar de Oliveira Soares. Foto: reprodução/ You Tube. 

Em 2019, o Projeto Educom.Saúde SP teve sua primeira fase concluída, quando capacitou cerca de duzentos profissionais da saúde de oitenta municípios com mais de 100 mil habitantes do estado de São Paulo. A iniciativa teve atividades presenciais (encontros e práticas laboratoriais) e ações à distância, mediadas por uma plataforma digital. Os inscritos foram atendidos em três grupos regionais, reunidos em encontros de trabalho nas cidades de São Paulo, Campinas e Bauru. Ao final, em dezembro de 2019, os cursistas participaram de um grande encontro presencial em Águas de Lindoia, onde apresentaram propostas de trabalho baseadas nos parâmetros educomunicativos. 

Educom.Saúde tem o objetivo de fortalecer as práticas de ações e vigilância no controle de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Neste ano, devido à pandemia do novo coronavírus, o curso também será direcionado à covid-19. O estado de São Paulo vem apresentando altos índices de transmissão e mortalidade da doença, além de sofrer com altas taxas de dengue e outras enfermidades infecciosas, em especial as arboviroses (doenças causadas por vírus e transmitidas por insetos e aracnídeos).

Segundo Irma Neves, da Superintendência de Controle de Endemias, o cursista aprenderá a aplicar os mesmos princípios e conceitos de vigilância e controle do Aedes aegypti para as doenças em geral. “Quando os profissionais estiverem no curso irão perceber as aplicações práticas da Educomunicação nas questões gerais de saúde”. 

Em 2020 o projeto vai se expandir, atendendo mais municípios de diferentes faixas populacionais, com predomínio de cidades a partir de 50 mil habitantes. “Isso trará um novo perfil de profissionais e territórios, o que enriquecerá ainda mais o nosso percurso. Outra observação é que, para este ano, estamos prevendo o encerramento do curso – que possui 72 horas – em modalidade presencial em dezembro, durante três dias, naturalmente se isso for possível. Caso não seja possível – saberemos apenas no final de setembro – traremos um módulo final também à distância, ou teremos o encerramento em uma data após dezembro com encontro presencial. Essas questões serão definidas junto aos cursistas dessa edição de 2020”, comenta Claudemir Viana, professor do Departamento de Comunicações e Artes (CCA) e um dos coordenadores do curso. 

 

Um projeto que impacta profissionais da saúde e seu entorno

Com foco no oferecimento da formação inicial em práticas educomunicativas aos profissionais da saúde, o curso conta com o apoio de docentes do curso de Educomunicação da ECA, como Ismar de Oliveira Soares e Claudemir Viana. 

O impacto positivo na sociedade é uma das premissas, segundo o professor Ismar de Oliveira: “o projeto busca fornecer subsídios e metodologias para que os agentes de saúde, principalmente os que trabalham na base, nos municípios, possam adquirir metodologias de como articular as informações com a comunidade, especialmente com crianças, adolescentes e com os adultos, que trabalham reunidos em grupos como associações de moradores, associações de cultura, igrejas e escolas, para que se alinhem na política do estado, no sentido da defesa da saúde pública como interesse comum”, comenta.

 

A estrutura do curso

Com início previsto para agosto e fim em novembro, o programa do Educom.Saúde 2020 divide-se em três unidades temáticas. A primeira apresenta os referenciais da Educomunicacão aplicados aos contextos de epidemias e pandemias (tema das atividades de agosto). A segunda unidade, prevista para setembro e outubro, trabalha com as linguagens da Educomunicação. Finalmente, a terceira parte propõe o desenho de uma proposta educomunicativa a ser aplicada no município, com a missão de mobilizar a população na defesa da saúde.

O conteúdo do curso foi pensado a partir do êxito obtido na primeira fase, realizada em 2019. Já em termos metodológicos, o uso de uma plataforma on-line privilegiará uma pedagogia de respeito ao tempo do inscrito, com diálogo permanente, de forma a permitir que todo os agentes de saúde avancem com segurança e motivação, sempre apoiados pelos respectivos tutores.

Outro ponto importante é que o Educom.Saúde SP 2020 manterá o vínculo estabelecido com os participantes da edição de 2019. Para isso, uma especialista diplomada pela Licenciatura em Educomunicação já iniciou um trabalho de articulação junto aos formados na primeira edição do curso, com objetivo de acompanhar os projetos em andamento em seus respectivos territórios.

A assessora contará com o apoio da equipe de educação e comunicação em saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e de seus interlocutores regionais capacitados em 2019. Com esta medida, fica garantido um reforço aos municípios que tiverem interesse em produzir uma ação educomunicativa voltada ao diálogo com a população e à mobilização para uma ação efetiva de vigilância e controle das arboviroses no Estado de São Paulo.


Imagem de capa: Reprodução/ABPEducom,