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Concurso internacional de piano abre portas para competidores e jurados

Eduardo Monteiro, professor do Departamento de Música, foi jurado do 25º Concurso Internacional de Piano Santa Cecília

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Foto do professor Eduardo Monteiro. Ele é um homem branco, de cabelos curtos e grisalhos. O professor usa óculos, veste terno preto, camisa branca com listras finas azuis e gravata em tom de vermelho escuro. Ele sorri e olha em direção à câmera. O fundo da imagem é acinzentado.
O professor Eduardo Monteiro, do CMU, foi o único representante brasileiro do júri. Imagem: divulgação / Concurso Internacional de Piano Santa Cecília

Eduardo Monteiro, professor de piano do Departamento de Música (CMU), representou a ECA e o Brasil  no júri do 25º Concurso Internacional de Piano Santa Cecília, competição que reuniu 85 jovens pianistas na cidade do Porto, em Portugal. Para o professor, a experiência de participar do júri de uma competição de alto nível é um importante reconhecimento do trabalho realizado pelo CMU: “Fazer parte desse júri é uma grande honra e um reconhecimento também ao nosso trabalho. É muito importante também esse contato, a gente vê como os jovens lá da Europa, Estados Unidos e da Ásia estão tocando. Os candidatos são muito bem preparados tanto em questões técnicas quanto artísticas”, afirma. 

Concurso Internacional de Piano Santa Cecília

Organizado pelo Curso de Música Silva Monteiro, o concurso é um dos mais renomados do mundo, reunindo todos os anos pianistas de diversos países. O concurso foi realizado entre os dias 24 e 30 de julho, com apresentações na Casa da Música, na Universidade do Porto e na Fundação Manuel António da Mota.

O concurso contou com pianistas entre 6 e 32 anos de idade, divididos em categorias e subcategorias condizentes com a maturidade técnica e artística de cada faixa etária. O primeiro lugar para a categoria principal (entre 18 e 32 anos) recebeu um prêmio em dinheiro no valor de 30 mil euros, a gravação de um CD e a apresentação em quatro recitais renomados em Portugal, França e Espanha. Para a categoria Júnior (entre 6 e 18 anos), a premiação aconteceu de acordo com as seis subdivisões por faixas etárias e incluiu bonificações de até 1500 euros, participação em um recital em Portugal, bolsa para masterclasses, diplomas, medalhas e materiais didáticos. 

Na foto, duas meninas chinesas (Muyan Xiao e Letícia Guo Lin) seguram certificados e medalhas penduradas no pescoço. As duas têm cabelos pretos e lisos. Elas usam vestidos em tons claros, estampados com flores, e estão sorrindo, olhando para a câmera. A menina da esquerda tem um laço rosa claro no ombro do vestido e a menina da esquerda usa um penteado com trança.
O concurso contou com participantes de todo o mundo, entre os 6 e 32 anos de idade. Imagem: Instagram @santaceciliapianocompetition

Além da premiação aos vencedores, os concursos na área de Música têm também uma função pedagógica, especialmente para os participantes mais jovens, avalia o pianista. Ele explica que a responsabilidade da apresentação, seja para um público amplo seja para um júri especializado, incentiva maior empenho dos estudantes, que passam a se preparar com mais afinco. “Uma apresentação é um compromisso, você estuda muito mais do que quando você não tem uma. Especialmente quando se trata de um concurso”, declara.

Outro aspecto importante do evento foi a diversidade do júri, que contou com membros de Portugal, Cuba, Alemanha, Itália, Espanha, Rússia, além do professor Eduardo. Perguntado sobre a importância dessa troca cultural, especialmente em um concurso que avalia talentos artísticos, ele afirma que se trata de uma questão significativa, uma vez que um júri mais diverso aproxima os candidatos da experiência de se apresentarem para um público amplo: “Essa diversidade do júri (...) se assemelha à vida real. Quando você faz um concerto, você toca para um público muito diversificado. Você vai ser exposto a diferentes opiniões, que variam numa certa medida de país para país, de pessoa para pessoa”. Ele ainda destaca que para os jurados, o trabalho com colegas de outros países também é engrandecedor, pois trata-se de uma oportunidade para a troca de conhecimentos e informações, além da abertura para possibilidades de futuras parcerias. 

Foto dos finalistas do concurso. Na imagem, 3 pessoas estão em um palco, segurando troféus. À esquerda, um homem que usa blazer, calça e sapatos pretos. Ele é branco, tem cabelo e barba escuros. Ao meio, sentado, um homem branco, que usa blazer, calça e sapatos pretos. Seu cabelo é castanho claro e tanto seu blazer quanto seu sapato possuem detalhes brilhantes. À direita, uma mulher branca com cabelos vermelhos. Ela usa camisa branca, colete e calças pretas. Os três olham em direção à câmera.
Os vencedores da edição de 2023 do do concurso. Da esquerda para direita: Robert Bily, Artem Kuznetsov e Mariamna Sherling. Imagem: Instagram @santaceciliapianocompetition

Sobre a importância da participação de brasileiros em concursos internacionais, Eduardo Monteiro afirma se tratar de uma abertura de portas para oportunidades diferenciadas de inserção no  mercado internacional. “São credenciais que vão te possibilitar se apresentar em muitos lugares. Você vai ter acesso a muitas apresentações em concertos e salas que você dificilmente teria se você não tivesse esse prêmio”. Ele relembra do ex-aluno do CMU, Lucas Thomazinho, que ganhou o Concurso Internacional de Piano Santa Cecília, em 2016. O professor destaca ainda que as possibilidades de carreiras para estudantes de piano vão além dos palcos: “Não é esse o único objetivo possível para um aluno de instrumento ou de piano, no Departamento de Música. A atuação de música profissional é extremamente diversificada e atuação como solista é apenas uma delas.”

 

 


Imagem de capa: Instagram @santaceciliapianocompetition