CMU | Departamento de Música



VI Oficina de Piano reúne 200 participantes no Departamento de Música

Pianistas amadores e profissionais de diferentes idades tiveram aulas, recitais e palestras com professores e egressos do curso 

 

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O Departamento de Música (CMU) recebeu, entre os dias 17 e 21 de fevereiro, a Oficina de Piano. Essa foi a sexta edição do evento, que acontece a cada dois anos e é organizado pelo Laboratório de Piano USP, criado em 2012 com o objetivo de fornecer apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pelos corpos docente e discente do CMU vinculados à área de piano.

Os participantes da oficina puderam assistir a uma série de palestras e masterclasses, além de terem recebido aulas individuais com o objetivo de aprimorar sua prática, tudo de forma gratuita

Desde a primeira edição da oficina, em 2014, essa foi a maior, contando com mais de 200 inscritos de todo o Brasil e se consolidando como o principal evento de formação de pianistas do país. A oficina é coordenada pelo professor Eduardo Monteiro e pela professora Luciana Sayure e teve como colaboradores alguns egressos do curso de Música: Cristian Budu, Ester Yoshimoto, Gabriella Affonso, Gabriel Brandão, Helder Capuzzo, Leandro Isaac, Lucas Gonçalves, Lucas Thomazinho, Luiz Guilherme Pozzi, Milena Lopes, Pedro Brack, Pedro Sperandio e Richard Kogima. 

Para o professor Eduardo Monteiro, a atuação de professores convidados formados pela ECA é um dos pontos de destaque da oficina: “isso mostra uma capacidade de formação muito singular do nosso curso, do nosso departamento. Mostra a importância que a nossa formação pianística tem no cenário brasileiro”.

Nos quatro dias de oficina, as atividades aconteceram das 14h às 20h. Em um primeiro momento, até as 18h, foram oferecidas masterclasses no auditório Olivier Toni, e, simultaneamente, aulas individuais em nove salas do departamento. Foram ministradas cerca de 50 aulas individuais por dia.

 

Foto de dois homens brancos e um piano de cauda preto. Um deles, de cabelos curtos e cacheados e barba castanhos e camiseta cinza, está sentado à frente do piano e o outro, de cabelos longos, cacheados e castanhos, camiseta azul e calça jeans, está de pé ao lado dele. Em cima do piano há um tecido vermelho. No fundo, paredes brancas com uma lousa e um espelho pendurados.
As aulas individuais têm como objetivo que o professor consiga oferecer a ajuda personalizada que cada pianista precisa. Foto: Victoria Scudeller/Oficina de Piano.

 

A programação noturna da oficina, que começava às 18h30, contou com palestras, mesas redondas e recitais. Alguns dos temas debatidos foram o contato com instrumentos históricos, os caminhos após a graduação e a prática de atividade física. Para esse último assunto, a oficina recebeu a fisioterapeuta Alê Arkie, que explicou como a prática de exercícios pode contribuir para a performance e concentração do pianista, bem como prevenir lesões e promover o aumento da resistência física e mental. Ela ensinou alguns exercícios voltados para o fortalecimento e alongamento específico de pianistas

A oficina também recebeu a terceira edição do Concurso de Piano Gilberto Tinetti, prêmio que tem como objetivo incentivar o desenvolvimento artístico e profissional de jovens pianistas. O concurso homenageia Gilberto Tinetti, pianista que foi professor do CMU entre 1980 e 2002. Os vencedores desse ano foram: Luís Henrique Leite de Andrade Araújo,  Inácio Wildt, Daniel Fernandes Carvalho Rocha e Victor Ribeiro Canto.

 

Foto de três pessoas brancas sorrindo. Da esquerda para a direita: um homem branco de cabelos lisos, curtos e grisalhos, óculos, com camisa verde e calça bege; um homem mais jovem, de cabelos e barba curtos, lisos e loiros, com camiseta e calça pretas, que segura nas mãos um certificado; uma mulher de cabelos loiros e ondulados na altura dos ombros, com blusa de alcinha preta e saia verde. O chão e a parede são de madeira e, atrás deles, um piano de cauda preto.
Luís Henrique Leite de Andrade Araújo (no centro), ganhador do concurso nas categorias Prêmio do Público e Prêmio da Orquestra de Música de Câmara da USP, com o professor Eduardo Monteiro e a professora convidada Milena Lopes. Foto: Victoria Scudeller/Oficina de Piano.

 

Os participantes da Oficina de Piano vieram de 11 estados do país, com idades entre sete e 72 anos e perfis variados no piano: jovens em processo de profissionalização, estudantes em diferentes níveis, docentes de universidades públicas e privadas, professores de música, pianistas profissionais e amadores. Apesar das diferenças, a professora Luciana explica que “todos tinham em comum a paixão pelo piano e por seu repertório. O evento foi uma verdadeira celebração”.

Para o estudante de piano Mateus Floriano, que participou pela primeira vez da oficina, o contato com professores e colegas com tamanho repertório e qualidade elevou o nível do evento e o motivou. Ele conta que um dos pontos altos foi o recital do professor convidado Richard Kojima: “foi uma experiência única, nunca consegui ouvir um recital tão bom quanto o dele”

Já para Roberta Braz, que acompanhou seu filho Pedro, de 12 anos, a oficina “foi um momento mágico, uma semana cheia de emoções, com tanta gente amorosa com os mesmos objetivos”. Tanto Roberta quanto os professores mencionam a participação de Pedro como um momento marcante da oficina, já que, segundo a mãe, seu filho costumava ser uma criança com dificuldade para se expressar e socializar até encontrar o piano. 

A VI Oficina de Piano teve apoio do Programa de Pós-Graduação em Música (PPGMUS), da Diretoria da ECA e da Orquestra de Câmara (Ocam) da ECA-USP. Além dos coordenadores e professores convidados, a oficina também contou com a participação dos monitores Cesar Carrero, Dersu Soares, Henrique Scrocco, Pedro Henrique Pires e Victoria Scudeller.

 

 

 


Imagem de capa: Victoria Scudeller/Oficina de Piano.