CTR | Departamento de Cinema, Rádio e Televisão



Artigo de docente celebra os 90 anos de Limite, clássico da cinematografia brasileira

Publicado no caderno Ilustríssima, da Folha de S. Paulo, texto é de autoria do professor Carlos Augusto Calil, do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão

Comunidade

Em matéria de primeira página do caderno Ilustríssima do jornal Folha de São Paulo, publicada no dia 16 de maio, o professor Carlos Augusto Calil, do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão (CTR) da ECA, rememora a trajetória e a importância de Limite, primeiro e único longa-metragem de Mário Peixoto (1908-1992), exibido pela primeira vez há noventa anos.

Como diz Calil em seu texto, "o mais ambicioso dos filmes silenciosos brasileiros” se torna nonagenário resistindo impavidamente ao teste do tempo, um filme ainda muito relevante e discutido, que “não se parece com obra anterior, não é tributário de nenhuma corrente estilística e nem deixou sucessores, pois não foi exibido publicamente.”

Nunca lançado comercialmente, Limite passou décadas sendo exibido apenas em sessões particulares, sempre controladas por Mário Peixoto, ou em cineclubes. Por iniciativa de Saulo Pereira de Mello (falecido em abril de 2020, aos 87 anos, vítima da covid-19), que devotou sua vida a salvar o filme da decomposição química, Limite foi restaurado pela primeira vez em 1971, mas mesmo assim um trecho do longa se perdeu definitivamente. O filme só passou a circular de maneira ampla depois de 1981, quando a Embrafilme adquiriu os direitos de exibição não comercial da obra como forma de celebrar os 50 anos de sua realização.

 

Close de mulher com expressão de medo

Cena de Limite, de Mário Peixoto.  Em um barco à deriva, duas mulheres e um homem se conformam com a morte e relembram seu passado. 

 

Limite foi restaurado definitivamente em 2007 pela Cinemateca Brasileira em parceria com a Cineteca di Bologna (Itália), em uma iniciativa encabeçada pelo cineasta Walter Salles Júnior com financiamento da World Cinema Foundation, entidade sem fins lucrativos dirigida por Martin Scorsese. Hoje, a obra de Mário Peixoto é internacionalmente reconhecida como um marco do cinema silencioso, e o professor Calil lhe presta justo e oportuno tributo. 

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