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Filmes de alunos e ex-alunos da ECA são premiados em importantes festivais do país

Curtas e longa-metragens realizados por estudantes e egressos de Audiovisual e Educomunicação se destacaram nos principais eventos da temporada 2021

Comunidade

O encerramento da temporada 2021 de festivais de audiovisual trouxe diversas premiações para curtas e longa-metragens realizados por alunos e ex-alunos da ECA. Saiba mais a seguir: 

 

Curta gravado em projeto de intercâmbio é eleito melhor filme em festival mineiro

 

Entre mais de 100 produções selecionadas, o curta-metragem Adeus Che Bei, dirigido por três estudantes do Curso Superior do Audiovisual – Vinícius Cerqueira, Beatriz Sampaio e André Zamith – foi eleito melhor filme da Mostra Internacional pelo Júri Popular na 14ª edição da MOSCA - Mostra Audiovisual de Cambuquira. O filme foi realizado no âmbito do projeto Looking China, em intercâmbio na Universidade Normal de Pequim. Trata-se de um retrato do último dia de um estrangeiro em Che Bei, bairro em Guangzhou, cidade no sul do país, enquanto ele se despede dos locais e pessoas que conheceu em sua viagem.
Acesse a lista completa dos curtas premiados na MOSCA - Mostra Audiovisual de Cambuquira.

 

Trabalho da disciplina de Documentário do Curso Superior do Audiovisual conquista prêmio de melhor som no Festival do Audiovisual Universitário

 

O documentário Anhangabaú, realizado pelos estudantes de Audiovisual Giovanna Rubio Rotter, Filipe Travanca e Otavio Vidal, foi premiado no dia 14 de dezembro na 20ª edição do Noia – Festival do Audiovisual Universitário, tradicional mostra competitiva realizada em Fortaleza, Ceará. O trabalho conquistou o prêmio de Melhor Som – a cargo de Filipe Travanca.

Realizado como exercício curricular para a disciplina Documentário II, ministrada pelo professor Henri Arraes Gervaiseau, Anhangabaú já foi selecionado também para participar de mostras competitivas nos festivais First Time Filmmaker Online Session, Curta Libras, Festival Desver e III Jornada de Estudos de Documentário.

Acesse a lista completa dos premiados no Noia – Festival do Audiovisual Universitário 2021.

 

Curta-metragem de formandos do Audiovisual conquista dois prêmios no 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 

 

Selecionado para a Mostra Competitiva Nacional de Curtas-metragens, Como Respirar Fora d’Água, dirigido por Júlia Fávero e Victoria Negreiros e produzido por Ricardo Santos, todos formandos do Curso Superior do Audiovisual, conquistou o Candango de Melhor Som, entregue à aluna Bia Hong.

O filme também ganhou o Troféu Canal Brasil, concedido ao melhor curta-metragem da competição segundo o júri técnico da emissora. Além de conferir aos realizadores uma premiação em dinheiro, o Canal Brasil adquire os direitos para exibição do curta em sua grade de programação.

Conheça no site do festival a lista completa dos vencedores do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

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Cena de Como Respirar Fora d'Água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros. Foto: Divulgação / CTR ECA USP. 

As duas honrarias com as quais foi agraciado em Brasília vêm se somar à longa lista de prêmios já recebidos pelo filme: em agosto, foi escolhido um dos dez favoritos do público na última edição do Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo; em outubro, ganhou o prestigiado Prêmio ABC na categoria Melhor Direção de Fotografia para Filme Estudantil, conferido à aluna Giuliana Lanzoni Tambellini pela Associação Brasileira de Cinematografia (ABC), e também foi agraciado com o troféu de Melhor Direção do Premio Cinema Anima Latina; em novembro, foi contemplado no Festival Mix Brasil 2021 com os prêmios de Melhor Direção e Melhor Interpretação (para a atriz Raphaella Rosa), além de ter garantido à aluna Giuliana Lanzoni Tambellini a Bolsa Ateliê Bucareste pela Direção de Fotografia do curta.

Fruto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Como Respirar Fora d'Água foi o último projeto prático do departamento a ser orientado pela professora Vânia Debs, falecida em julho. Concluído sob orientação da professora Cecília Mello, o trabalho foi selecionado para participar da próxima edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de Clermont-Ferrand, na França, o maior e mais prestigiado evento dedicado ao formato em todo o mundo. 

 

Primeiro longa de ex-aluna do Audiovisual conquista prêmios na Mostra de Cinema de Gostoso, no Panorama Internacional Coisa de Cinema e no Fest Aruanda

 

No dia 30 de novembro, A Felicidade das Coisas ganhou o Prêmio Imprensa de Melhor Longa-Metragem da 8ª Mostra de Cinema de Gostoso, que promove sessões ao ar livre na Praia de Maceió, na cidade de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. O filme é o primeiro longa de Thais Fujinaga, graduada pelo Curso Superior do Audiovisual em 2008. 

Em seguida, selecionado para a mostra Competitiva Nacional do XVII Panorama Internacional Coisa de Cinema, tradicional festival baiano que ocupou o Cine Metha Glauber Rocha de 1º a 8 de dezembro, o filme de Thaís Fujinaga deixou Salvador com mais dois troféus na bagagem, ambos concedidos por associações de profissionais do cinema: o Prêmio Brada Coletivo de Melhor Direção de Arte (para Dicezar Leandro) e o Prêmio APC-BA de Melhor Longa-metragem Nacional. 

Para a Associação de Produtores e Cineastas da Bahia (APC-BA), que elegeu A Felicidade das Coisas como melhor filme do XVII Panorama, a obra mereceu a honraria “por fazer da resistência cotidiana e anônima das mulheres brasileiras um ato político ao narrar a história de uma mulher, mãe de família, a enfrentar problemas financeiros, familiares, sociais nessa anônima guerra da sobrevivência numa sociedade patriarcal em que, ironicamente, o pai é grande ausente.”

A Felicidade das Coisas foi exibido ainda em João Pessoa, capital da Paraíba, no 16º Festival de Cinema Aruanda do Audiovisual Brasileiro, conhecido como Fest Aruanda, e saiu de lá com mais três prêmios: os de Melhor Atriz (para Patricia Saravy), Melhor Atriz Coadjuvante (para Magali Biff) e Melhor Roteiro, de autoria da própria diretora. As recentes premiações somam-se ao Prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, realizada em outubro.  

Confira o trailer de A Felicidade das Coisas.

 

Documentário de ex-aluno do Audiovisual é premiado no Cine PE

 

Ainda Estou Vivo, documentário dirigido pelo graduado em Audiovisual André Bomfim, ganhou dois troféus Calunga na última edição do tradicional Cine PE, o Festival de Cinema de Pernambuco. O longa foi premiado nas categorias Melhor Direção e Melhor Montagem, realizada pela também ex-aluna de Audiovisual Bruna Carvalho Almeida. 

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Cena de Ainda Estou Vivo, de André Bomfim. Foto: Mira Filmes. 

Ambientado em um presídio de Rondônia, o filme acompanha diversos detentos em seu cotidiano na penitenciária e em diferentes iniciativas de ressocialização, que incluem sessões de meditação, reiki, constelação familiar e outras terapias alternativas, nas quais eles reencontram suas vítimas. O tema e o elenco do documentário levaram a comissão julgadora do festival a oferecer uma Menção Especial ao filme, “pela importante iniciativa de ressocialização e principalmente pela disponibilidade e entrega do elenco”. 

O documentário foi agraciado também com um prêmio de serviços de distribuição cinematográfica no valor de 30 mil reais. 

Confira o trailer e saiba mais sobre o documentário Ainda Estou Vivo.

 

Animação de ex-aluna de Educomunicação é premiada no Cine PE

 

Aurora - A rua que queria ser um rio, animação da diretora e roteirista Radhi Meron, formada em Educomunicação, levou o prêmio de Melhor Direção de Arte (assinada por Erick Souza) e o Prêmio Canal Brasil no Cine PE. 

O curta promove um debate sobre urbanismo e opressão ao contar a história de uma rua do centro de São Paulo a partir de seu ponto de vista, apresentando as mudanças ocorridas com o passar dos anos. A ideia de transformar a rua no personagem principal veio da intenção de ajudar o espectador a deslocar suas perspectivas, a fim de se colocar no lugar da cidade e perceber que esse espaço também tem memória. 

Cartaz horizontal oficial de Aurora - A rua que queria ser um rio. A ilustração retrata um dia chuvoso no local e mostra peixes da época da "juventude" de Aurora.
Cartaz de Aurora - A Rua que Queria Ser um Rio, de Radhi Meron. Imagem: Divulgação. 

“A gente queria contar a história de São Paulo de um jeito lúdico, que pudesse pincelar os processos violentos de urbanização, inclusive de apagamento histórico dos povos indígenas escravizados”, explica Radhi. A inspiração para o curta partiu de um conto escrito por ela, além da vontade de mostrar o centro de São Paulo fora do clichê. 

Mesclando diferentes técnicas de ilustração e animação, como stop motion, grafite e animação digital, o filme contou com o trabalho de 36 membros, sendo a maioria mulheres animadoras e artistas. Felipe Salles, formado em Biblioteconomia, é outro ex-aluno da ECA que compôs a equipe.  

“A minha formação da ECA foi importante para pensar essas interseccionalidades. É um pouco de cinema, de educação, vários tipos de animação. Existe um impacto da minha formação em Educomunicação nesse filme e na minha trajetória como roteirista. Vale dizer que muito do curta foi pensado na biblioteca da ECA, o lugar que eu mais frequentei na minha graduação”, conta Radhi.

Desde seu lançamento, Aurora - A rua que queria ser um rio contabiliza participações em 40 festivais espalhados pelo mundo e conta com 13 prêmios ou menções honrosas recebidos em diversos eventos, como o Urban Films Festival (França), Cinefantasy (Brasil), Festival de Cine de la Cuenca del Salado (Argentina), Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis (Brasil), International Professional Short Animation (Grécia) e Istanbul International Architecture and Urban Films Festival (Turquia).

Confira o trailer de Aurora - A rua que queria ser um rio no YouTube.