CMU | Departamento de Música



Docentes dos EUA participam de residência no Departamento de Música

Série de atividades promoveu troca de conhecimentos e abre perspectivas de novas parcerias entre a ECA e a Ohio State University

Vida acadêmica

Nos dias  11 e 13 de outubro, o Departamento de Música (CMU) recebeu docentes da Ohio State University (OSU), dos Estados Unidos, para a realização de masterclasses, uma palestra e um recital. Sob a coordenação do professor Fábio Cury, os eventos foram gratuitos e abertos ao público. 

O que é uma Masterclass?
 

A palavra masterclass surgiu a partir da união de duas expressões em inglês: master (mestre) e class (aula). Dessa forma, se tratam de aulas especiais, ministradas por especialistas em determinadas áreas, tanto aqueles com conhecimento acadêmico quanto aqueles que são consagrados pela experiência. Esses eventos são importantes para que novos profissionais ou estudantes obtenham conselhos, dicas, reflexões e ensinamentos daqueles que já são autoridades no assunto.

O primeiro dia de atividades (11 de outubro) começou às 10h e foi finalizado às 16h, contando com uma masterclass de percussão ministrada pela professora Susan Powell e uma masterclass de  composição e improvisação com o professor Michael Torres. Ao final do dia, o público também pôde participar da  palestra Educação em Artes no Brasil e nos EUA: problemas e possibilidades, apresentada pelo professor David Hedgecoth.

A residência dos docentes foi finalizada no dia 13 de outubro, com um recital de saxofone e percussão feito por Susan Powell e  Michael Torres, no Anfiteatro Camargo Guarnieri. A apresentação contou com  composições autorais dos docentes, além de obras de Kopetzki, Siskind, Telemann e Tower. 

Os eventos são fruto de uma parceria entre a ECA, por meio do CMU, e a Ohio State, que foi adiada pela pandemia de covid-19 mas oficializada com a ida dos professores Fábio Cury e Luiz Guilherme Pozzi, do CMU, para os Estados Unidos, à convite do professor David Hedgecoth. A vinda dos professores estrangeiros para a ECA é uma forma de troca de conhecimento e experiências entre as universidades, que “abre perspectivas muito positivas para termos um projeto permanente de intercâmbio. A Ohio State já tem um convênio grande com a USP, mas um convênio particular entre a Escola de Música da Ohio State e a ECA certamente fomenta e ajuda os intercâmbios que podem ser feitos, com acesso a bolsas de estudo”, afirma o professor Fábio Cury. 

 

 

Além das atividades realizadas no CMU, a delegação da OSU também participou de encontros e reuniões junto à Comissão de Relações Internacionais da ECA e a Agência Usp de Cooperação Nacional e Internacional (Aucani). Acompanhados do diretor do Centro de Estudos Latino-americanos, Scott Schwenter, a comissão discutiu a expansão da parceria já existente entre as universidades e a possibilidade de formalização de um convênio, como mencionado pelo professor Fábio Cury.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

Para o professor Hedgecoth, esse momento inicial é relevante para aumentar o diálogo entre as instituições: “eu acho que o principal objetivo para mim e meus colegas nesse intercâmbio inicial é apreender o que um tem para oferecer ao outro e que, combinando, pode se transformar em algo inovador, tanto artisticamente, pedagogicamente ou academicamente.”

 

“É a primeira vez que fazemos isso, então é uma experiência de muito reconhecimento. Assim que terminarmos nossa visita aqui, estaremos prontos para firmar planos a longo prazo como levar estudantes e docentes para Columbus, Ohio, e trazer estudantes da Ohio State para São Paulo”

 

David Hedgecoth, professor da Ohio State University 

 

Sobre a vinda ao Brasil e a importância do intercâmbio de culturas, o professor Michael Ibrahim, diretor da Escola de Música da OSU, conta ser sua primeira vez no país e caracteriza essa como uma oportunidade de firmar parcerias e obter novos conhecimentos. “Por um lado, a música é a mesma ao redor do mundo, um acorde maior é um acorde maior em qualquer lugar, mas há algo diferente em termos de cultura, história, herança e tradição, então ter essas experiências pessoalmente é a melhor forma de vivê-las. Quando nossos estudantes têm aulas com seu corpo docente ou vice-versa, eles trazem ideias sobre lugares e histórias que nós não temos, que nós queremos conhecer e descobrir mais sobre.”

 

 

Imagem de capa: Amanda Ferreira