Institucional



Pessoas pretas da ECA: excelência, diversidade e luta

Confira uma retrospectiva de matérias do último ano que mostram que a Consciência Negra deve ser celebrada a cada dia

Comunidade

Para este Dia da Consciência Negra, a ECA apresenta uma seleção de matérias publicadas desde 20 de novembro de 2022 que destacam a pluralidade de contribuições das pessoas negras de nossa comunidade para os campos das Comunicações, Artes e Informação, dentro e fora da academia. Confira: 

 

Foto redonda de um homem sorrindo de leve. Ele é negro, tem cabelos curtos e escuros, olhos escuros e barba. Ele veste uma camisa estampada com quadrados azuis claro e escuro e laranja.
Daniel Lima. Foto: Victória Negreiros.

Estudante da ECA vence o Prêmio Jabuti 2022 na categoria Artes

O ecano Daniel Lima é o editor do livro Apontamentos da arte africana e afro-brasileira contemporânea: políticas e poéticas, de Célia Maria Antonacci, vencedor da categoria Artes, no eixo Não-Ficção, do 64º Prêmio Jabuti. Formado em Artes Visuais pela ECA, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais (PPGMPA) e membro do grupo de pesquisa  LabArteMídia, Daniel, além de editor do texto, assina o projeto gráfico da publicação. Saiba mais acessando a matéria publicada em dezembro de 2022, quando Daniel ainda era doutorando.  

 

Realizadores negros ainda são minoria no audiovisual brasileiro, segundo pesquisa

A tese Por uma política audiovisual preta no Brasil: estudo sobre a negritude dentro das políticas públicas audiovisuais brasileiras e as questões que envolvem ações afirmativas para produção audiovisual negra no Brasil foi tema de uma reportagem em maio deste ano. A pesquisa de Renato Candido de Lima  analisa a historicidade da presença de pretos na cinematografia do país e o papel das políticas públicas na promoção ou exclusão de realizadores audiovisuais negros. 

 

Docentes ecanos criam coletivo para fomentar ações contra o racismo

Criado no final de 2022, o Coletivo de Docentes Antirracistas da ECA tem como objetivo estimular ações de combate ao racismo na vivência acadêmica da Escola. O grupo tem como seu objetivo principal “conscientizar o conjunto do corpo docente da ECA para a importância deste tema [racismo], tanto para ser pautado nas relações internas na instituição, como também contaminar as discussões no âmbito do ensino, da produção do conhecimento, dos projetos extensionistas”. Confira a matéria. 

 

Foto de uma mulher negra de cabelo curto e escuro, olhos escuros e roupa amarela e preta. Ela inclina a cabeça e olha para o lado enquanto sorri.
Stela Nesrine. Foto: reprodução/Instagram.

Graduanda e pós-doutoranda da ECA são premiadas no USP Mães Pesquisadoras

Em 2023, as ecanas Priscila Leonel e Stela Nesrine foram premiadas na segunda edição do Prêmio USP Mães Pesquisadoras, no eixo Ciências Humanas, Sociais Aplicadas e Linguística, Letras e Artes. Priscila recebeu menção honrosa na categoria pós-doutoranda com uma pesquisa sobre práticas decoloniais no ensino da arte cerâmica, enquanto Stela foi premiada na categoria graduanda com um projeto que analisa como a mídia sonora pode impactar crianças através da ficção, em especial as crianças pretas. Ela toma como base seu podcast Calunguinha, o contador de histórias. Leia a matéria. Você também pode conhecer melhor o trabalho de Stela Nesrine no podcast Labidecom entrevista.  

 

Convênio com universidade inglesa amplia pesquisas da ECA sobre realidade virtual 

Almir Almas, docente do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão (CTR) da ECA, atua desde o início de outubro como professor visitante e pesquisador na Oxford Brookes University (OBU), no Reino Unido. O professor contou no site da ECA que, além de aulas e outras atividades acadêmicas, ele dará prosseguimento a seus projetos que envolvem realidade virtual e filmes em 360º. 

 

Com ex-alunos da ECA na equipe, Projeto Querino destaca protagonismo negro na história

Natália Silva, egressa do curso de Jornalismo, trabalha como  produtora da Rádio Novelo e é uma das integrantes do projeto Querino. Idealizado pelo jornalista e roteirista Tiago Rogero, o podcast reconta a história do Brasil sob uma perspectiva afrocentrada e foi anunciado vencedor do Prêmio Vladimir Herzog em 2023 na categoria Produção Jornalística em Áudio. Confira a reportagem.

 

Retrato de Luiz de Godoy. Luiz é um homem negro, de cabelos crespos, escuros e curtos. Ele veste semi-fraque preto, camisa social branca e gravata borboleta branca. Suas mãos estão cruzadas e ele sorri para a câmera.
Luiz de Godoy. Foto: arquivo pessoal/ Luiz de Godoy

Da ECA à Hochschule de Hamburgo: ex-aluno é agora professor de regência

Aos 35 anos, Luiz de Godoy acaba de ser nomeado professor de regência orquestral do Departamento de Música Sacra da Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo, uma das maiores universidades da Alemanha. O ex-aluno do Departamento de Música (CMU) da ECA fala de sua trajetória acadêmica e profissional e de suas expectativas para o novo cargo em matéria recém-publicada. 

 

Eventos refletiram sobre significados em torno da  presença e ausência de pessoas negras dentro e fora da USP

Em março, Jasmine Mitchell,  pesquisadora da State University of New York (Universidade do Estado de Nova Iorque), proferiu palestra sobre a representação de mulheres afrodescendentes nas telenovelas. Suas reflexões apresentam  uma análise interdisciplinar e interseccional da branquitude como um componente central das hierarquias raciais do Brasil.

Já em maio, o professor Dennis de Oliveira, do Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE), e Esdras Soares, estudante de mestrado da USP, se encontraram para falar sobre O Reflexo do Apagamento de Narrativas Negras na USP. O evento organizado pelo Diversidade na ECA teve mediação de Rosa Baptista, graduanda em Educomunicação. 

 

 

Ecanas, ecanes e ecanos negros também se destacaram em outras mídias

Além do site e das redes sociais da ECA, ex-discentes, discentes, professores e pesquisadores negros marcaram presença em outros veículos, trazendo reflexões sobre temas atuais e promovendo sua arte

 

Todo termo pode ser impreciso quando se fala em diversidade, diz professor Ricardo Alexino 

Em entrevista ao Jornal da USP, Ricardo Alexino Ferreira, do CJE, afirma que a melhor maneira de abraçar a diversidade na comunicação é deixar que os grupos falem.  

 

Sayô Pereira e sua trajetória na Dança e nas Artes Cênicas

Sayonara Pereira, docente do Departamento de Artes Cênicas (CAC) fala sobre sua trajetória pessoal e profissional na segunda edição da Mostra Projeto Memória: Profissionais da Comunicação, Letras e Artes, projeto realizado por estudantes da Faculdade Paulus de Comunicação (Fapcom).   

 

Livro reflete sobre papel da publicidade no debate de questões LGTQIAPN+

O  anúncio publicitário pode servir como ponto de partida para conversas em família sobre temas relevantes da atualidade. É o que mostra o livro Afetividades LGBTQIA+ anunciadas: olhares de famílias brasileiras, de autoria do pesquisador Francisco Leite. A obra é  resultado de sua pesquisa de pós-doutorado. Confira na matéria do Jornal da USP.

 

foto de uma mulher negra de cabelos escuros e com tranças na altura do ombro. Ela usa óculos de armação redonda, blazer preto, camiseta branca e um colar com um pequeno pingente. Ela sorri olhando para a câmera. Ao fundo, painéis de madeira e de vidro.
Rosane Borges. Foto: arquivo pessoal.

‘Precisamos imaginar pessoas negras em espaços emancipados’

Em conversa com o Porvir, a jornalista, escritora e professora Rosane Borges reforça a importância da representatividade de pessoas pretas na literatura e a possibilidade de criação de outros horizontes a partir de novas narrativas literárias. Pesquisadora nas áreas de comunicação, política contemporânea e relações raciais e de gênero, Rosane é doutora em Ciências da Comunicação e professora colaboradora do Centro Multidisciplinar de Pesquisas em Criações Colaborativas e Linguagens Digitais (Colabor), da ECA. 
 

 

Tenor Jean William apresenta o espetáculo Cantos Brasileiros: Origens 

No início de novembro, o ex-aluno da ECA apresentou no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, o espetáculo Cantos Brasileiros: Origens, que reúne peças brasileiras eruditas e populares, passando por cantos em tupi e iorubá, bossa nova e ritmos europeus, entre outros. Em entrevista a Rádio CBN, Jean William falou sobre o espetáculo, sua biografia lançada em 2022 e a luta contra o racismo ao longo da sua trajetória profissional. 

 

Cultura afro-brasileira também é tema de pesquisas

Desde o final de 2022, foram publicadas reportagens e notas sobre artigos, dissertações, teses, eventos e obras artísticas que tiveram como foco diferentes manifestações da cultura afro-brasileira. Mereceu destaque também um estudo sobre branquitude realizado no Brasil, Moçambique e África do Sul.

 

Subvertendo imagens racistas: a costura da memória de Rosana Paulino 

Maíra Vieira de Paula, doutoranda na ECA pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV), falou sobre o desenvolvimento de sua tese de  doutorado, intitulada Pesquisar, selecionar, manipular, arranjar e exibir: a estratégia de apropriação fotográfica na produção artística de Rosana Paulino. Leia a reportagem. 

 

Foto de seis bastidores, armações circulares utilizadas para fazer bordados em tecidos.  Cada um deles traz a reprodução de uma fotografia em preto e branco de diferentes mulheres negras, e em cada bastidor a mulher retratada tem uma parte diferente do rosto ou pescoço coberta por um bordado grosseiro feito com linha preta.
Sem Título, obra de 1997 integrante da exposição Costura da Memória, realizada na Pinacoteca de São Paulo de dezembro de 2018 a março de 2019. Imagem: Reprodução/Museu de Arte Moderna (MAM).

 

Saberes de artistas populares ocupam seu espaço na ECA

Um dos encontros do  projeto Cantar-Dançar-Batucar: Encontro com Mestres(as), coordenado pela  professora Andréia Nhur, do Departamento de Artes Cênicas (CAC) foi narrado em matéria de 2022. O evento trouxe para a ECA Sebastião Pereira de Lima, mais conhecido como Mestre Martelo, um importante representante do Cavalo-Marinho, folguedo tradicional nos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. 

 

A mineiridade em Milton Nascimento e no Clube da Esquina

Milton Nascimento  é conhecido por trazer referências regionais que influenciaram a ideia de identidade brasileira na arte e foi pensando nesse aspecto que o pesquisador Matheus Barros escreveu sua dissertação de mestrado “Sou do mundo sou Minas Geraes”: A identidade regional mineira nas produções fonográficas do Clube da Esquina. A pesquisa investiga  a relação da obra de Bituca  com a chamada “mineiridade”, ou, melhor dizendo, “mineiridades”. Confira a matéria.

 

“Meu Nome é Jesus da Gente”: política e críticas sociais nos desfiles das escolas de samba

A verdade vos fará livre.  Esse foi o tema do samba-enredo e da apresentação da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, no Carnaval carioca de 2020. Trazendo elementos da religiosidade cristã e de questões sociais contemporâneas, o desfile da escola na Marquês de Sapucaí foi alvo de críticas conservadoras, que são analisadas pelos pesquisadores Rafael Otávio Dias Rezende e Marco Aurélio Reis. Leia a matéria. 

 
Folia, ritual, performance: o traje do afoxé Filhos de Gandhy

No artigo A Performatividade do Traje — um Ensaio a Partir do Afoxé Filhos de Gandhy, o professor do Departamento de Artes Cênicas (CAC) Fausto Viana  reflete sobre diversos aspectos relacionados ao  figurino de um dos mais tradicionais blocos do Carnaval baiano.  Em fevereiro deste ano, o artigo foi tema de matéria publicada no site da ECA. 

 

Estreia nos cinemas documentário de professor da ECA sobre Jair Rodrigues 

Pôster do filme.Sobre um fundo preto, uma silhueta de Jair Rodrigues em tons de azul e verde se destaca. Ele canta de olhos fechados. À esquerda, os dizeres Jair Rodrigues. Deixa que Digam, em letras grandes nas cores amarelo e laranja. Na porção inferior da imagem, os créditos do diretor, em letras menores, e da equipe, em letras menores ainda. No rodapé, os logos de realizadores e apoiadores.
Imagem: reprodução/ Confeitaria de Cinema.

Em abril, chegou aos cinemas Jair Rodrigues: Deixa que Digam, documentário dirigido por Rubens Rewald, professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão (CTR) e que conta com outros ecanos na equipe. O longa retrata a trajetória de Jair Rodrigues (1939-2014), seus sucessos como cantor, sua participação emblemática como apresentador no programa de TV O Fino da Bossa, ao lado de Elis Regina, sua relação com a ditadura militar e com a cultura afro-brasileira e sua vida familiar. Saiba mais em matéria publicada na estreia do filme. 

 

Tese sobre a branquitude brasileira e africana recebe menção honrosa em prêmio da Capes

A tese Conexão atlândica: branquitude, decolonialitude e educomunicação em discursos de docentes de Joanesburgo, de Maputo e de São Paulo, de Paola Diniz Prandini, teve como principal objetivo identificar de que maneira a branquitude e as colonialidades estavam e estão presentes nas realidades da educação pública protagonizada por educadores e educadoras dessas cidades. A pesquisa recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2023.  Confira a reportagem.

 

 


Imagem de capa: Montagem com fotos, em sentido horário, de Lucas Moura e Stela Nesrine,  Sayonara Pereira, Daniel Lima, Rosane Borges, a obra Sem Título, de Rosana Paulino, e Jean William. Imagens: reprodução.